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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Vista grossa ao TPI. Mongólia estende passadeira vermelha a Putin

por Cristina Santos - RTP
Vladimir Putin e o presidente mongol Ukhnaagiin Khurelsukh. Reuters

Apesar de haver um mandado do Tribunal Penal Internacional para deter Vladimir Putin, a Mongólia recebeu com pompa e circunstância a visita do presidente russo, esta terça-feira, para uma visita de estado ao país.

A Ucrânia afirma que o facto de a Mongólia não ter detido Putin representa uma falha em agir e foi "um duro golpe para o Tribunal Penal Internacional e o sistema de direito penal". De acordo com o porta-voz do Ministério ucraniano das Relações Exteriores "a Mongólia permitiu que um criminoso acusado escapasse da justiça, partilhando assim a responsabilidade pelos crimes de guerra". Através do Telegram, o porta-voz do Ministério ucraniano defende que o país vai discutir com os aliados formas para garantir que a Mongólia sinta as consequências.

Quanto à chegada de Putin, ao sair da limusine, foi recebido pelo homólogo mongol e recebeu flores das mãos de uma criança. A seguir as palavras: "as relações com a Mongólia estão entre as prioridades da nossa política externa na Ásia e foram debatidas ao mais alto nível para reforçar a parceria estratégica".

O mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, emitido em 2023 contra Putin, obriga os 124 estados-membros do tribunal, incluindo a Mongólia, a prender o presidente russo e transferi-lo para Haia para julgamento. O TPI acusa Putin de deportar ilegalmente centenas de crianças da Ucrânia. O Kremlin rejeitou a acusação e apontou motivos políticos. O porta-voz do Kremlin desvalorizou quaisquer ações para cumprir o mandado do TPI.

A Mongólia espera que esta visita de Estado dê um fôlego ao comércio e à cooperação económica com a Rússia, até porque Moscovo quer construir um gasoduto, através da Mongólia, com capacidade para transportar muitos milhões de metros cúbicos de gás natural por ano da região de Yamal para a China.
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