Ucrânia. Soldados europeus devem estar "prontos a combater" após a guerra, defende conselheiro de Zelensky

por Joana Raposo Santos - RTP
Igor Jovkva falou aos jornalistas em Paris, onde se realiza na quinta-feira uma cimeira entre vários países que procuram dar garantias de segurança à Ucrânia. Foto: Iryna Rybakova via Reuters

Um conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky defendeu esta quarta-feira que Kiev precisa de soldados europeus "prontos a combater" depois da guerra, em vez de uma força de manutenção de paz. As declarações chegam na véspera de uma cimeira de países interessados em apoiar a Ucrânia, realizada em Paris.

Igor Jovkva, que está também envolvido nas negociações de cessar-fogo com a Rússia, transmitiu à agência France Presse que "todos os soldados devem estar preparados para participar num combate real".

"É isso que os ucranianos estão a fazer há três anos ou mais. Se és um soldado, estás pronto para participar em combate", elaborou.

Na opinião de Igor Jovkva, não é apenas "a quantidade que conta", mas também "a sua vontade de lutar, de se defenderem, equiparem e compreenderem que a Ucrânia é uma parte essencial da segurança europeia".

"Não precisamos de missões de manutenção da paz", considerou ainda o conselheiro do presidente Zelensky, que foi um dos ucranianos a participar nas conversações com os norte-americanos na Arábia Saudita acerca de um cessar-fogo.

Igor Jovkva falou aos jornalistas esta tarde em Paris, onde se realiza na quinta-feira uma cimeira entre vários países que procuram dar garantias de segurança à Ucrânia.

Segundo uma fonte diplomática auscultada pela AFP, foram convidadas a participar mais de 20 nações da União Europeia e da NATO, incluindo o Reino Unido, Canadá, Noruega e Turquia.

Entretanto, esta quarta-feira o presidente ucraniano aterrou em Paris, onde irá encontrar-se com o homólogo francês, Emmanuel Macron, de modo a prepararem a cimeira de amanhã. Os dois líderes têm na agenda uma reunião bilateral e um jantar de trabalho.

A cimeira de quinta-feira terá como objetivo finalizar os trabalhos sobre o apoio militar de "curto prazo" à Ucrânia e sobre as garantias de segurança europeias, incluindo o possível envio de tropas, de acordo com o presidente francês.

c/ agências
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