Ucrânia. Soldados europeus devem estar "prontos a combater" após a guerra, defende conselheiro de Zelensky
Um conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky defendeu esta quarta-feira que Kiev precisa de soldados europeus "prontos a combater" depois da guerra, em vez de uma força de manutenção de paz. As declarações chegam na véspera de uma cimeira de países interessados em apoiar a Ucrânia, realizada em Paris.
"É isso que os ucranianos estão a fazer há três anos ou mais. Se és um soldado, estás pronto para participar em combate", elaborou.
Na opinião de Igor Jovkva, não é apenas "a quantidade que conta", mas também "a sua vontade de lutar, de se defenderem, equiparem e compreenderem que a Ucrânia é uma parte essencial da segurança europeia".
"Não precisamos de missões de manutenção da paz", considerou ainda o conselheiro do presidente Zelensky, que foi um dos ucranianos a participar nas conversações com os norte-americanos na Arábia Saudita acerca de um cessar-fogo.
Igor Jovkva falou aos jornalistas esta tarde em Paris, onde se realiza na quinta-feira uma cimeira entre vários países que procuram dar garantias de segurança à Ucrânia.
Segundo uma fonte diplomática auscultada pela AFP, foram convidadas a participar mais de 20 nações da União Europeia e da NATO, incluindo o Reino Unido, Canadá, Noruega e Turquia.
Entretanto, esta quarta-feira o presidente ucraniano aterrou em Paris, onde irá encontrar-se com o homólogo francês, Emmanuel Macron, de modo a prepararem a cimeira de amanhã. Os dois líderes têm na agenda uma reunião bilateral e um jantar de trabalho.
A cimeira de quinta-feira terá como objetivo finalizar os trabalhos sobre o apoio militar de "curto prazo" à Ucrânia e sobre as garantias de segurança europeias, incluindo o possível envio de tropas, de acordo com o presidente francês.
c/ agências