A Ucrânia afirmou este sábado ter bombardeado durante a noite uma instalação petrolífera na região russa de Oryol, no oeste do país, provocando um incêndio, com as autoridades locais a confirmarem um "ataque maciço" por drones.
“Este é um dos maiores terminais petrolíferos nos arredores de (a cidade de) Oryol”, que faz parte do ‘complexo militar-industrial’ que abastece o exército russo, acrescentou o Estado-Maior ucraniano.
Segundo a Força Aérea ucraniana, Kiev abateu, este sábado, 58 dos 132 drones russos lançados num ataque noturno. As alegadas imagens do ataque, publicadas pelos meios de comunicação social russos, mostram o fumo a sair de um incêndio durante a noite.
No Telegram, o governador russo da região, Andrey Klychkov, confirmou este sábado que o combustível se tinha incendiado numa “infraestrutura” após um “ataque maciço de drones”.
Segundo Klychkov, 11 drones inimigos foram abatidos pela defesa antiaérea e, às 5h00 locais (2h00 GMT), o incêndio estava sob controlo, mas ainda não tinha sido extinto. O ataque não causou vítimas, acrescentou.
Na região russa de Belgorod, uma criança de nove anos foi morta em um ataque de dronesucranianos, revelou o governador regional, Vyacheslav Gladkov.
Duas outras pessoas, incluindo outra criança, ficaram feridas no ataque, acrescentou Gladkov no Telegram.
Em resposta aos bombardeamentos russos, que estão a destruir as suas infraestruturas e a causar muitas vítimas civis, Kiev efetua regularmente ataques a instalações militares e energéticas russas, por vezes muito longe da sua fronteira.
Na habitual mensagem diária, Volodymyr Zelensky acusou Vladimir Putin de usar mísseis em vez de procurar uma forma de acabar com a guerra.
"De cada vez que há novos ataques russos contra o nosso país (...) há que tomar medidas que mostrem a Putin que o seu terror não funciona. Ele usa mísseis em vez de procurar formas de terminar com a guerra", afirmou o Presidente ucraniano.
Para Volodymyr Zelensky, "a guerra da intimidação é aquilo que mantém o trono russo debaixo daquele indivíduo".
"Mas os parceiros deviam preocupar-se não com a garantia de estabilidade desses indivíduos de Moscovo, mas com a garantia de estabilidade e segurança para si próprios e para o mundo. A estabilidade e segurança são apenas possíveis com a paz. Estou grato a todos aqueles que no ajudam a tornar a paz mais próxima", acrescentou.