Rússia reage com reforço militar. Finlândia torna-se na terça-feira o 31.º país-membro da NATO

por RTP
“Será um bom dia para a segurança da Finlândia, para a Europa e para a NATO como um todo” Olivier Matthys - EPA

A Finlândia vai tornar-se o 31.º membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte na terça-feira, anunciou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg. A Presidência finlandesa também já confirmou a data da adesão.

"Amanhã daremos as boas-vindas à Finlândia como 31.º membro", disse Stoltenberg em conferência de imprensa, frisando que a bandeira finlandesa será hasteada na terça-feira na sede da aliança militar em Bruxelas.

"É realmente um dia histórico", acrescentou, citado pela AFP.Para Stoltenberg, “será um bom dia para a segurança da Finlândia, para a Europa e para a NATO como um todo”.

Em relação à adesão da Suécia, que ainda não recebeu luz verde de Ancara, o secretário-geral da NATO afirmou estar “otimista”.

“Estou absolutamente confiante em que a Suécia também se tornará membro da Aliança Atlântica. É uma prioridade para a NATO e para mim, garantir que isso aconteça o mais rapidamente possível”, acrescentou.

A Suécia e a Finlândia já estão atualmente integradas na NATO com o estatuto de nações convidadas.
Pela voz do vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Alexander Grushko, Moscovo fez já saber que tenciona robustecer a sua capacidade bélica nas regiões do oeste e noroeste, em resposta à entrada dos finlandeses na Aliança Atlântica.A posição do Governo russo foi noticiada pela agência RIA.

Com a invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, os dois países nórdicos decidiram virar a página na postura de não-alinhamento militar que mantinham desde os anos de 1990, esta própria herdada de décadas de neutralidade forçada ou escolhida, solicitando a adesão à NATO em maio de 2022.
Andrea Neves, correspondente da Antena 1 em Bruxelas

No final de março, o embaixador russo em Estocolmo, Viktor Tatarintsev, escreveu, em texto publicado no site da representação diplomática, que o alargamento da organização à Suécia e à Finlândia tornaria estes países "alvos legítimos" para Moscovo.

"Depois da adesão da Finlândia e da Suécia, a extensão total das fronteiras entre a Rússia e a NATO vai quase duplicar", apontava então Tatarintsev, para acrescentar: "Se ainda parece a alguém que isso vai de algum modo melhorar a segurança da Europa, fiquem tranquilos que os novos membros do bloco hostil tornar-se-ão um alvo legítimo para medidas retaliatórias russas, incluindo de natureza militar".

c/ agências
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