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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Região de Kursk soma já 50 mil soldados russos, aventa Zelensky

por Joana Raposo Santos - RTP
A Rússia tinha 11 mil soldados em Kursk quando a Ucrânia iniciou a sua incursão, em agosto. Agora, serão 50 mil. Foto: Inna Varenytsia - Reuters

Moscovo terá já 50 mil soldados a combater na região russa de Kursk, denunciou esta terça-feira o presidente ucraniano. No seu discurso diário à nação, Volodymyr Zelensky afirmou ainda que essa operação russa está a reduzir a capacidade de ataque dentro da própria Ucrânia.

Zelensky tinha já alertado noutras ocasiões que seria este o objetivo da ofensiva russa. Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, centro de reflexão norte-americano, a Rússia tinha 11 mil soldados em Kursk quando a Ucrânia iniciou a sua incursão, em agosto.

No entanto, uma nova avaliação dos Estados Unidos conclui que a Rússia reuniu os 50 mil soldados “sem ter de retirar tropas do leste da Ucrânia - a sua principal prioridade no campo de batalha - permitindo a Moscovo exercer pressão em várias frentes em simultâneo”, refere o New York Times.

Além disso, estarão a ser destacados nessa região militares norte-coreanos para ajudarem na iminente contraofensiva russa. Segundo a Ucrânia e os Estados Unidos, já foram enviados para a Rússia mais de dez mil soldados da Coreia do Norte.

No seu discurso, Zelensky disse ter sido informado acerca das atividades russas pelo seu comandante-chefe, o general Oleksandr Syrsky, que na segunda-feira efetuou uma inspeção às unidades ucranianas destacadas em Kursk.

“Os nossos homens estão a reter 50 mil homens do exército do ocupante que, devido à operação em Kursk, não podem ser destacados para outras direções da ofensiva russa no nosso território”, declarou o presidente ucraniano.

O general Syrsky disse, por sua vez, que se não fossem as forças ucranianas dentro de Kursk, “dezenas de milhares de inimigos das melhores unidades de assalto russas teriam atacado” as posições ucranianas na região de Donetsk, um campo de batalha fundamental desde o início do conflito.
Guerra de drones
Na segunda-feira, Moscovo e Kiev acusaram-se mutuamente de danificar uma barragem em Donetsk, perto da cidade de Kurakhove, controlada pelos ucranianos.

Há vários meses que as tropas russas avançam lentamente nessa região em direção à cidade-chave de Pokrovsk, um importante centro de abastecimento para as forças ucranianas.

Entretanto, continua a troca de ataques com drones. Depois de, na segunda-feira, a Ucrânia ter lançado o maior ataque de drones contra a capital russa desde o início da guerra, na última madrugada a Rússia disse ter destruído na região fronteiriça mais 13 desses aparelhos lançados por Kiev.

O envio de drones por Moscovo motivou, por sua vez, a Moldávia a convocar o embaixador russo no país para se queixar acerca de dois drones que foram abatidos sobre o seu território.

c/ agências
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