O presidente russo, Vladimir Putin, qualificou como um "total absurdo" as declarações do Ocidente de que a Rússia, depois da Ucrânia, se prepara para atacar a Europa, numa reunião com pilotos militares na região de Tver, norte do país.
"O que dizem sobre irmos atacar a Europa depois da Ucrânia é um disparate total, é intimidação da sua população", disse Vladimir Putin citado hoje por agências russas.
Putin afirmou que "os satélites dos EUA temem uma Rússia grande e forte", mas garantiu que não têm razão para esse receio.
"Não temos nenhuma intenção agressiva em relação a esses países", sublinhou.
Putin disse ser um "total absurdo" falar sobre a possibilidade de "um ataque a outros países, como à Polónia e aos países bálticos".
O presidente acrescentou que as declarações sobre a ameaça russa são "simples delírios".
Putin lembrou que em 2022, a despesa militar dos Estados Unidos, líder da NATO, foi de 811 mil milhões de dólares (cerca de 749 mil milhões de euros), enquanto a da Rússia foi de 72 mil milhões.
"Com essa correlação vamos lutar com a NATO? É um disparate", disse.
Ao mesmo tempo, alertou que os caças F-16 que serão fornecidos à Ucrânia serão considerados "alvos legítimos", independentemente de onde operem.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética.