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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

PM do Japão condena anexação pela Rússia de quatro regiões ucranianas

por Lusa
Brendan McDermid - Reuters

O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida condenou "veementemente" como ilegal e uma violação da soberania da Ucrânia a anexação pela Rússia de quatro regiões ucraniana, anunciada pelo Presidente russo Vladimir Putin na sexta-feira.

"O processo que a Rússia chamou de referendo e a sua anexação de partes da Ucrânia nunca deverá ser aceite", disse Kishida, num telefonema com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, na sexta-feira.

Kishida disse que também garantiu a Zelensky, numa conversa de 30 minutos, que o Japão está comprometido em trabalhar com outras nações do G7 e com a comunidade internacional em geral para apoiar ainda mais a Ucrânia.

O primeiro-ministro japonês disse que prevê aplicar novas sanções contra o Kremlin e prometeu propor, durante uma reunião dos líderes do G7 a que irá presidir em 2023, tanto sanções duras como o início de uma discussão sobre a reconstrução da Ucrânia.

Putin assinou na sexta-feira, em Moscovo, os tratados de anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, apesar da condenação internacional e da Ucrânia.

As quatro regiões representam cerca de 15% do território da Ucrânia, ou cerca de 100 mil quilómetros quadrados, um pouco mais do que a dimensão de Portugal, segundo a agência espanhola Efe.

O Japão está a avaliar quando poderá reabrir a embaixada em Kiev, algo que Kishida descreveu como importante para a manutenção de contactos próximos entre o Japão e a Ucrânia.

O Japão fechou a embaixada em março, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia se intensificou, tendo transferido parte das suas operações diplomáticas para Lviv, no oeste da Ucrânia.

O Japão anunciou no passado dia 26 um outro pacote de sanções contra Moscovo que impede exportações de produtos que possam vir a ser usados em armamento químico, juntando-se às medidas restritivas aplicadas por outros países e que são destinadas a isolar financeiramente a Rússia e os ativos dos dirigentes de Moscovo.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

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