Pelo menos dois mortos e mais de 30 feridos em dois ataques russos à província de Kharkiv

por Lusa

Pelo menos duas pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas hoje em dois ataques das forças russas à província de Kharkiv, um dos quais atingiu uma zona residencial e o outro uma zona industrial.

O presidente da câmara da capital provincial homónima, Igor Terekhov, indicou que cerca de 15 edifícios residenciais do distrito de Kiev foram visados, tendo sido aí que se registaram as duas vítimas mortais e pelo menos sete dos feridos.

Mais cedo, uma zona industrial da mesma província foi atingida por projéteis das Forças Armadas russas que feriram pelo menos 28 pessoas, entre as quais menores, declarou o governador, Oleg Sinegubov, nas redes sociais.

No dia anterior, outro ataque do Exército russo fez 22 feridos na cidade de Tavrisk, em Kherson.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

Nas últimas semanas, as tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguiram o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

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