Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
Em declaração conjunta, Paris, Londres e Washington, Estados aliados e dotados da arma nuclear, insistiram que “uma guerra nuclear não pode ser ganha e que nunca deve ser iniciada” e que “as armas nucleares devem, enquanto existirem, servir para fins de defesa, dissuasão e prevenção de guerra”.
Por ocasião da abertura da décima conferência de exame do Tratado sobre a não proliferação das armas nucleares (TNP), estas partes realçaram que “no contexto da guerra de agressão, ilegal e não provocada conduzida pela Federação Russa contra a Ucrânia, apelamos à Federação Russa para que acabe com a sua retórica nuclear e o seu comportamento irresponsável e perigoso”.
Em comunicado separado, o presidente dos EUA, Joe Biden, tinha apelado aos dirigentes russos e chineses a iniciarem negociações sobe o controlo das armas nucleares, afirmando que Moscovo em particular tinha o dever de demonstrar a sua responsabilidade depois da sua invasão da Ucrânia.
Biden reiterara que o seu governo estava pronto para “negociar rapidamente” uma substituição do New START, o tratado que limita as forças nucleares intercontinentais nos EUA e na Federação Russa, que deve expirar em 2026.
“A Federação Russa deve mostrar que está pronta a retomar o trabalho sobre o controlo dos armamentos nucleares”, declarou Biden.
“Mas a negociação necessita um parceiro voluntário e de boa-fé. E a agressão brutal e não provocada da Federação Russa à Ucrânia quebrou a paz na Europa e constitui um ataque aos princípios fundamentais da ordem internacional”.
Quanto à China, que reforçou o seu arsenal nuclear, que é mais limitado, Biden disse que Pequim tinha o dever, enquanto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, “de participar nas negociações para reduzir o risco de erro de cálculo e atacar as dinâmicas militares desestabilizadoras”.
(agência Lusa)
A Ucrânia recebeu quatro novos lança-foguetes HIMARS provenientes dos EUA, revelou o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikiv, que se juntam a um lote de MARS II alemães anunciados horas antes pelo mesmo governante.
Os dois sistemas de lançamento múltiplo de foguetes reforçam o arsenal de artilharia de longo alcance da Ucrânia, que Kiev diz estar a modificar a dinâmica do campo de batalha na guerra contra os invasores russos.
Em reação às últimas entregas de Washington, Reznikov disse estar “grato” ao presidente dos EUA, Joe Biden, e ao seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, por terem “fortalecido” o exército ucraniano.
“Provámos ser operadores inteligentes dessas armas. O som do lançamento dos HIMARS tornou-se no maior sucesso deste verão nas linhas da frente”, acrescentou o ministro ucraniano.
O MARS II, fornecido pela Alemanha, foi o terceiro sistema avançado de lança-foguetes fornecido à Ucrânia pelos seus aliados do Ocidente, juntamente com o HIMARS e o MLRS M270.
Até ao momento, os EUA entregaram cerca de 20 sistemas HIMARS à Ucrânia, como parte do seu programa de apoio ao exército daquele país para enfrentar a invasão russa.
(agência Lusa)
Na rede social Twitter, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já agradeceu ao seu homólogo norte-americano, Joe Biden, “a liderança, o apoio robusto à Ucrânia e o entendimento de que a Federação Russa é uma ameaça para todo o mundo civilizado”.
Entre as armas enviadas, estão munições para lança-foguetes.Thank you @POTUS for your leadership, robust support of 🇺🇦 and understanding that 🇷🇺 is a threat to entire civilized world. Together we are defending values of freedom common to both 🇺🇦 & 🇺🇸. New defense assistance package is bringing us closer to victory
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 1, 2022
Esta ajuda vai “incluir mais munições para os sistemas (…) Himars”, disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, à imprensa.
Esta ajuda eleva o total da assistência militar dos EUA à Ucrânia, desde que Joe Biden iniciou funções, a mais de oito mil milhões de dólares, adiantou Kirby.
Os Himars, muito móveis, disparam mísseis guiados por GPS e com um alcance de 80 quilómetros, o que permite aos militares ucranianos atingirem alvos que estavam fora de seu alcance.
(agência Lusa)
O primeiro navio carregado com cereais ucranianos, que partiu hoje de Odessa ao abrigo do acordo assinado em Istambul, chegará na quarta-feira à costa da Turquia, que está preparada para o inspecionar, informaram as autoridades turcas.
"Espera-se que o navio chegue a Istambul depois da meia-noite de terça-feira. Não entrará no porto, a inspeção será feita enquanto está ancorado no mar", refere um comunicado do Ministério da Defesa.
O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, tinha indicado terça-feira à tarde como uma provável chegada, mas a velocidade atual do cargueiro, de cerca de dez nós, aponta para uma chegada já na madrugada de quarta-feira.
"O navio Razoni deixou o porto de Odessa em direção ao porto de Tripoli no Líbano. A chegada a Turquia está prevista para 02 de agosto [terça-feira]. Continuará a sua viagem até ao seu destino após as inspeções realizadas em Istambul", anunciara esta manha o Ministério da Defesa turco.
A Rússia e a Ucrânia assinaram acordos separados com a Turquia e as Nações Unidas, abrindo caminho para a Ucrânia - um dos principais 'celeiros' mundiais - exportar 22 milhões de toneladas de cereais e outros produtos agrícolas que ficaram retidos nos portos do Mar Negro devido à invasão da Rússia.
Os acordos também permitem à Rússia exportar cereais e fertilizantes, enquanto prosseguem operações de desminagem nas águas dos três portos selecionados, com a supervisão da Turquia e de uma equipa de peritos de diversos países.
(agência Lusa)
"Desde o começo da guerra, não conseguimos cruzar ainda as frentes de batalha e levar suprimentos, ajuda humanitária, para a população que está do outro lado, nas áreas que não estão agora sob o controlo do governo ucraniano", explicou o porta-voz do gabinete humanitário das Nações Unidas na Ucrânia, Saviano Abreu.
Apesar disso, mais de 11 milhões de pessoas na Ucrânia já receberam ajuda humanitária nos últimos cinco meses, como comida, água potável, proteção, abrigo e educação para as crianças que tiveram que sair das escolas das suas regiões, apontou.
"Mais de 11 milhões de pessoas receberam a ajuda humanitária e ainda não é suficiente", frisou.
O trabalhador humanitário falava à agência Lusa sobre a retoma das exportações de cereais ucranianos, no quadro dos acordos assinados pela Ucrânia e Rússia, que levantaram o bloqueio russo no Mar Negro, e que foram mediados pela Turquia e ONU.
A saída do primeiro cargueiro com 26 mil toneladas de milho é um exemplo de que é possível fazer acordos quando há "vontade política".
Mas Saviano Abreu apontou que o mesmo não tem acontecido em relação à ajuda humanitária, onde estes governos não têm cumprido "nenhuma das obrigações de acordo com o direito internacional humanitário, de respeitar a população civil".
"Precisamos que [o acordo para exportações de cereais] vá mais adiante e que, por exemplo, a ajuda humanitária na Ucrânia possa ser também oferecida às pessoas que precisam dela desesperadamente, nas áreas que não estão sob o controlo do governo da Ucrânia", alertou.
Saviano Abreu, que está na Ucrânia desde março, assegurou que a ONU está a trabalhar "sem parar dia e noite" para garantir o acesso de ajuda a toda a população.
O porta-voz do gabinete humanitário da ONU explicou que há operações humanitárias que já se encontravam na região do Donbass, onde o conflito começou em 2014, mas que desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, esse processo de ajuda deixou de acontecer nas regiões separatistas pró-Rússia.
A retoma das exportações de cereais ucranianos representa "uma operação de risco", devido aos combates em curso na Ucrânia, inclusive perto do porto de Odessa, de onde saiu hoje o primeiro cargueiro, referiu à Lusa fonte da ONU.
"Nós estamos a operar numa zona de guerra, então a preocupação com a segurança está sempre em cima da mesa e é algo importante. Por isso é que também foi um processo tão demorado e difícil de acontecer", relatou Saviano Abreu, porta-voz do gabinete humanitário das Nações Unidas na Ucrânia.
Rússia e a Ucrânia assinaram acordos separados com a Turquia e as Nações Unidas, abrindo caminho para a Ucrânia - um dos principais celeiros mundiais - exportar 22 milhões de toneladas de cereais e outros produtos agrícolas que ficaram retidos nos portos do Mar Negro devido à invasão da Rússia.
O primeiro carregamento de cereais ucranianos deixou o porto de Odessa hoje de manhã.
Uma das preocupações é a presença de minas marítimas ao redor do porto, colocadas pelas forças ucranianas como forma de defesa dos ataques russos, sendo que a solução foi estabelecer um corredor para que toda a travessia seja realizada em segurança.
"A opção de tirar todas as minas era uma tarefa quase impossível de acontecer num período curto de tempo. Toda a travessia tem um corredor e foi estabelecida e vai ser monitorizada pelos nossos colegas que estão em Istambul, para garantir que decorra de forma segura", salientou.
Para Saviano Abreu, que se encontra na Ucrânia desde março, este processo representa "uma operação de risco", mas a ONU "acredita e espera" que as partes envolvidas respeitem os acordos para permitir a saída de mais navios que permitam mitigar a crise alimentar global.
"[Este acordo] Não é uma solução para a guerra, nem está perto disso, pois a guerra continua. Odessa foi mesmo atacada nos últimos dias. Hoje de manhã, quando estava no porto, escutamos algumas explosões", contou em entrevista telefónica à agência Lusa.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que ainda é "muito cedo para se tirar conclusões e fazer previsões" depois de as exportações de cereais do porto de Odessa terem sido retomadas esta segunda-feira.
“Neste momento, é muito cedo para se tirar conclusões e fazer previsões”, disse o presidente ucraniano no seu discurso diário publicado no Telegram.
"Vamos esperar para ver como o acordo funcionará e se a segurança será realmente garantida", acrescentou.
"O porto voltou a funcionar, as exportações foram retomadas, podemos dizer que este é um primeiro sinal positivo de que vamos conseguir travar a crise alimentar mundial", acrescentou o presidente ucraniano.
"É responsabilidade dos nossos parceiros, sobretudo das Nações Unidas e da Turquia", garantir a segurança dessas entregas, sublinhou Zelensky.
Kiev e Moscovo assinaram um acordo a 22 de julho em Istambul com a ONU e a Turquia para desbloquear as exportações de cereais. No dia seguinte à assinatura, mísseis russos atingiram o porto de Odessa.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, acusou hoje a Rússia de estar a utilizar a central nuclear ucraniana de Zaporijia, que controla desde março, como base militar para lançar ataques.
"A Rússia está a usar a central [de Zaporijia] como base militar para disparar sobre os ucranianos, sabendo que [os ucranianos] não podem e não vão responder porque poderiam atingir um reator nuclear e resíduos altamente radioativos armazenados", disse Blinken num discurso na sede das Nações Unidas.
"Isto eleva o conceito de usar um escudo humano a um nível totalmente distinto e horrendo", insistiu o chefe da diplomacia de Washington, que representou o seu país na abertura de uma conferência para a revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNPN).
Blinken considerou que a invasão russa da Ucrânia, para além de uma grave violação do direito internacional, é um ataque direto ao sistema de não-proliferação nuclear, ao contrariar as garantias de segurança que Moscovo forneceu a Kiev em 1994 para que renunciasse ao arsenal nuclear herdado do União Soviética.
Segundo assegurou, esta situação emite "a pior mensagem possível" para todos os países que estão a pensar se necessitam de armas nucleares para se protegerem.
(Agência Lusa)
O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) avisou hoje que a situação na central nuclear ucraniana de Zaporijia, sob controlo russo, é crescentemente perigosa, tornando necessário o acesso de peritos da agência para evitar uma tragédia.
"Necessitamos do apoio de todos para que [o acesso de peritos] aconteça. Estamos preparados", disse o argentino Rafael Grossi num discurso durante a sessão de abertura da conferência de revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNNP) que decorre na seda da ONU até 26 de agosto.
O chefe da AIEA recordou que desde há dois meses que uma equipa de peritos está disponível para se deslocar à Ucrânia e analisar a situação em Zaporijia, mas até ao momento sem obterem autorização.
"A inação é inconcebível e enquanto a guerra prossegue", sublinhou Grossi, para acrescentar ser possível que o conflito provoque "uma tragédia nuclear", pelo facto de a situação nesta central "ser dia após dia cada vez mais perigosa".
O presidente Emmanuel Macron disse, esta segunda-feira, que a França está determinada a garantir que os crimes de guerra cometidos pelas forças russas na Ucrânia não ficam impunes e, por isso, vai doar um laboratório de DNA móvel às autoridades de Kiev.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou hoje que o Programa Alimentar Mundial (PAM) vai fretar um navio para transportar 30.000 toneladas de trigo ucraniano que pretende adquirir para responder à crise alimentar global. A organização aproveitará o desbloqueio dos portos da Ucrânia na sequência do acordo entre Kiev e Moscovo impulsionado pelas Nações Unidas e apoiado pela Turquia, que hoje permitiu a saída da primeira embarcação com cereais em direção ao Líbano, um país muito dependente de importações cerealíferas.
Guterres definiu esta medida como um “enorme contributo coletivo” das quatro partes e sublinhou que “dá esperança a milhões de pessoas em todo o mundo que dependem de um bom funcionamento dos portos ucranianos para alimentar as suas famílias”.
Em declarações aos ‘media’, o chefe da ONU sublinhou que este será o primeiro de muitos navios prontos a sair dos portos ucranianos do Mar Negro e que deverão ajudar a estabilizar os mercados globais de alimentos.
(Agência Lusa)
A morte de cerca de meia centena de prisioneiros de guerra numa prisão de Olenivka, próximo de Donetsk, causou indignação na Ucrânia, com as famílias das vítimas a exigirem uma investigação ao que consideram ser uma “execução pública”.
Segundo noticia a agência noticiosa EFE, os familiares das vítimas criticaram a “inatividade” das Nações Unidas e da Cruz Vermelha e afirmaram não fazer sentido as alegações de Moscovo, que responsabilizaram Kiev pelo incidente.
A associação das famílias dos defensores do Azovstal (Mariupol, leste), onde, em fins de maio, cerca de 2.500 soldados ucranianos aceitaram depor as armas na esperança de serem, mais tarde, trocados como prisioneiros de guerra – apenas 95 foram devolvidos à Ucrânia –, pediu uma investigação completa ao sucedido e indicou não ter dúvidas da responsabilidade russa no que considera ser uma “execução pública”.
“Por que razão dispararia a Ucrânia contra os seus próprios soldados? Muitos analistas militares já disseram que, com base em fotografias e vídeos publicados pela própria Rússia, bem como o local onde os corpos foram encontrados, não é compatível com o uso do HIMAR [Sistema de Mísseis de Artilharia de Alta Mobilidade, armamento norte-americanos recebido pelo Exército ucraniano]”, disse Darija Tsykunova, da associação de familiares dos defensores de Azovstal.
A Rússia insiste que foi Kiev que atacou o quartel-prisão, utilizando o HIMAR para atacar depósitos de munições e postos de comando em partes da Ucrânia controladas por tropas russas.
(Agência Lusa)
Vladimir Putin defendeu, esta segunda-feira, que não se deve defender que tem de haver vencedores numa guerra nuclear e que "nunca deverá ser desencadeada".
"Como Estado membro do Tratado de Não-Proliferação [de Armas Nucleares] e um dos seus depositários, a Rússia cumpre consistentemente à letra com o espírito do Tratado", disse Vladimir Putin, citado numa carta dirigida aos participantes de uma conferência daquele tratado que está a decorrer em Nova Iorque.
"Partimos do facto de que não pode haver vencedores numa guerra nuclear e que nunca deve ser desencadeada, e defendemos a igualdade e indivisibilidade da segurança para todos os membros da comunidade mundial".
Numa declaração prévia à 10ª Conferência de Revisão do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, que hoje tem início, Joe Biden anunciou que a sua administração quer negociar rapidamente “uma nova estrutura de controlo de armas para substituir o Novo START, quando este expirar em 2026”.
O primeiro navio com milho já está em alto mar, após ter partido esta manhã, deixou o porto de Odessa e dirige-se à Turquia.
O Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, espera que seja apenas o primeiro navio de muitos a sair da Ucrânia com cereais.
Desde o início da invasão russa, em fevereiro, que não havia trânsito de navios do porto de Odessa para o exterior.
A Rússia anunciou esta segunda-feira sanções contra 39 políticos, autoridades, empresários e jornalistas britânicos, impedindo-os de entrar na Rússia por apoiar a "demonização" do país. Os alvos incluem o líder da oposição do Partido Trabalhista Keir Starmer, o ex-primeiro-ministro David Cameron e os proeminentes jornalistas de TV Piers Morgan, Robert Peston e Huw Edwards.
A França saudou a saída do primeiro navio carregado de cereais do porto ucraniano de Odessa e pediu a todas as partes que garantam exportações mais seguras para reduzir a insegurança alimentar global.
Na mesma declaração, o Ministério francês dos Negócios Estrangeiros condenou os ataques "indiscriminados" da Rússia contra a Ucrânia, incluindo no porto de Odessa.
Os deputados apresentaram, esta segunda-feira, um projeto de lei à câmara baixa do parlamento da Rússia para proibir a adoção de crianças russas por cidadãos de "países hostis".
A lista de países hostis da Rússia foi ampliada e inclui os Estados Unidos, o Reino Unido, todos os Estados-membros da União Europeia, assim como o Japão e a Coreia do Sul.
As forças ucranianas tomaram mais de 46 localidades na estratégica região sul de Kherson como parte de sua contraofensiva, anunciou o governador local esta segunda-feira.
"Até ao momento, 46 localidades ocupadas foram libertadas na região de Kherson", disse o governador da região de Kherson, Dmytro Boutry, à televisão estatal.
Segundo a mesma fonte, essas aldeias estão na parte norte da região, na fronteira com a de Dnipropetrovsk e na parte sul na fronteira com a região fortemente bombardeada de Mykolaiv. Algumas das aldeias recapturadas "foram 90 por cento destruídas e ainda estão sob fogo constante". A situação humanitária na região é “crítica”, disse o governador, reiterando o apelo das autoridades aos que ainda permanecem na região para que “evacuem para áreas mais seguras”.
Portugal atribuiu até hoje mais de 48.000 proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia, 27% das quais concedidas a menores, anunciou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Segundo a última atualização feita pelo SEF, foram concedidas 48.657 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam naquele país, 29.394 foram atribuídas a mulheres e 19.263 a homens.
(Agência Lusa)
Horas depois de ter confirmado a receção de sistemas alemães de mísseis, a Ucrânia recebeu um lote de mais quatro sistemas de artilharia de alta mobilidade (HIMARS) fabricados nos Estados Unidos, anunciou o ministro da Defesa.
4 additional HIMARS have arrived in🇺🇦. I’m grateful to @POTUS @SecDef Lloyd Austin III and 🇺🇸people for strengthening of #UAarmy
— Oleksii Reznikov (@oleksiireznikov) August 1, 2022
We have proven to be smart operators of this weapon. The sound of the #HIMARS volley has become a top hit 🎶 of this summer at the front lines!
🇺🇦🤝🇺🇸 pic.twitter.com/iOBoxfjV7e
Os primeiros edifícios em reconstrução na cidade ucraniana de Mariupol, devastada e ocupada pelas forças russas, vão ser inaugurados em setembro, disse hoje o vice-primeiro-ministro russo, Marat Khousnoulline.
"Os primeiros prédios vão estar prontos em setembro. Os primeiros hospitais vão ficar prontos", disse Khousnoulline numa entrevista ao canal de televisão russo RBK TV transmitida hoje.
Na sexta-feira, o vice-primeiro-ministro russo apresentou ao chefe de Estado, Vladimir Putin, o plano de reconstrução da cidade de Mariupol, que deve prolongar-se durante três anos.
(Agência Lusa)
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, considera que é uma “conquista” da ONU a saída do primeiro navio com cereais ucranianos do porto de Odessa.
The first commercial ship leaving the port of Odesa since February has sailed for Lebanon, carrying 26,527 tonnes of corn.
— António Guterres (@antonioguterres) August 1, 2022
This is an achievement of the Joint Coordination Centre under @UN auspices, comprised of representatives of Ukraine, the Russian Federation & Türkiye. pic.twitter.com/zQmR0lKmHK
These are the indicative estimates of Russia’s combat losses as of Aug. 1, according to the Armed Forces of Ukraine. pic.twitter.com/XoH5JC7v3w
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) August 1, 2022
O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Rezniko, disse que o sistema de lançamento múltiplo de foguetes MARS II doado pela Alemanha chegou ao país.
"O terceiro elemento da família Long Hand - MLRS MARS II da Alemanha - chegou à Ucrânia", escreveu Reznikov no Twitter na segunda-feira. "Obrigado à Alemanha e pessoalmente à ministra da Defesa Christine Lambrecht por esses sistemas. Os nossos artilheiros saúdam os nossos parceiros alemães!"
Third brother in the Long Hand family - MLRS MARS II from Germany - has arrived in Ukraine.
— Oleksii Reznikov (@oleksiireznikov) August 1, 2022
Thank you to Germany and personally to my colleague #DefenceMinister Christine Lambrecht for these systems.
Our artillerymen salute our German partners!
🇺🇦🤝🇩🇪#StandWithUkraine pic.twitter.com/oapPzNjRjf
O MARS II é uma atualização alemã do M270 MLRS também usado pelos militares dos Estados Unidos e tem um alcance semelhante ao do sistema HIMARS doado por Washington a Kiev.
A Comissão Europeia anunciou hoje a mobilização de mil milhões de euros em nova assistência à Ucrânia para ajudar o país a "fazer face às suas necessidades financeiras imediatas" devido à guerra, causada pela invasão russa.
"A Comissão Europeia, em nome da União Europeia (UE), desembolsou hoje a primeira metade - 500 milhões de euros - de uma nova operação de assistência macrofinanceira de mil milhões de euros para a Ucrânia, (sendo que) a segunda fração - mais 500 milhões de euros - será mobilizada amanhã", terça-feira, anuncia a instituição em comunicado.
Bruxelas explica que esta assistência macrofinanceira adicional de mil milhões de euros "faz parte do esforço extraordinário da UE, juntamente com a comunidade internacional, para ajudar a Ucrânia a fazer face às suas necessidades financeiras imediatas na sequência da agressão não provocada e injustificada da Rússia".
A tranche agora alocada é a primeira de um novo pacote excecional de até nove mil milhões de euros anunciado pelo executivo comunitário em meados de maio e aprovado pelos líderes da UE na cimeira de final de junho.
(Agência Lusa)
A União Europeia saudou hoje a saída do primeiro cargueiro com cereais ucranianos do porto de Odessa, comentando que é “um primeiro passo bem-vindo para mitigar a crise alimentar global” provocada pelo bloqueio russo no Mar Negro.
“A União Europeia congratula-se com a saída do primeiro navio comercial do porto de Odessa desde a assinatura do acordo de 22 de julho, após meses de bloqueio por parte da Rússia, e após a Rússia ter bombardeado este mesmo porto um dia após a assinatura”, reagiu o porta-voz da Comissão Europeia responsável pela política externa.
Segundo Peter Stano, porta-voz principal do Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, “este é um primeiro passo bem-vindo para mitigar a crise alimentar global, que foi agravada pela agressão ilegítima da Rússia contra a Ucrânia e o bloqueio russo dos portos ucranianos”.
Na mesma linha, o porta-voz lembrou que esta retoma das exportações dos cereais ucranianos ocorre depois de a Rússia, no quadro da invasão da Ucrânia lançada a 24 de fevereiro passado, ter “destruído os campos de cultivo, os silos, queimado os cereais, roubado e tentado vendê-los”.
“Portanto, este é um primeiro passo muito importante e muito bem-vindo e aguardamos com expectativa a implementação de todo o acordo e a retoma das exportações ucranianas para os clientes de todo o mundo”, porque “as consequências negativas da agressão da Rússia contra a Ucrânia e o bloqueio dos portos ucranianos estão a afetar as pessoas mais vulneráveis em África, na Ásia e no Médio Oriente”, concluiu.
Um ex-conselheiro do presidente russo – que abandonou o país após a invasão da Ucrânia – está internado num hospital europeu. Anatoly Chubais sofre de uma doença imunitária rara, revelaram fontes próximas o oligarca à Reuters.
Chubais, 67 anos, sofre de síndrome de Guillain-Barresy, uma doença causada pelo sistema imunitário que danifica o sistema nervoso periférico.
Uma agência de inteligência europeia está a investigar o caso mas ainda não revelou os resultados, acrescentou a fonte. Alguns ativistas já especularam sobre e possibilidade de Chubais poderia ter sido envenenado.
Moscovo considera que a partida do primeiro navio carregado com cereais ucranianos “muito positiva”, e em conformidade com o acordo alcançado em Istambul para permitir o reforço das exportações de Kiev.
A partida do navio do porto de Odessa é “muito positiva, uma boa oportunidade para testar a eficácia do acordo de Istambul”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas.
O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros considera que a partida de um navio carregado com trigo ucraniano do porto de Odessa é “um dia de alívio para o mundo”.
“O dia de alívio para o mundo, especialmente para os nossos parceiros do Médio Oriente, Ásia e África, pois o primeiro navio com cereais ucranianos saiu de Odessa após meses de bloqueio russo. A Ucrânia tem sido sempre um parceiro fiável e continuará a sê-lo se e Rússia cumprir a sua parte do acordo”, escreveu Dmytro Kuleba no Twitter.
The day of relief for the world, especially for our friends in the Middle East, Asia, and Africa, as the first Ukrainian grain leaves Odesa after months of Russian blockade. Ukraine has always been a reliable partner and will remain one should Russia respect its part of the deal.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) August 1, 2022
O secretário-geral das Nações Unidas “saudou calorosamente” a partida do primeiro navio com cereais ucranianos.
“O secretário-geral espera que este seja o primeiro de muitos navios comerciais ao abrigo do acordo assinado, e que traga a necessária estabilidade e assistência à segurança alimentar global, particularmente nos contextos humanitários mais frágeis”, lê-se num comunicado da ONU.
O ministro ucraniano das Infraestruturas, Oleksandr Kubrakov confirmou que a primeira embarcação, com mais de 26 toneladas de milho a bordo, partiu de Odessa rumo ao Líbano.
“Nos portos de Odessa estão mais 16 navios prontos para partir”, escreveu Oleksandr Kubrakov, no Twitter.
Segundo o governante, “o desbloqueamento dos portos vai proporcionar pelo menos mil milhões de dólares de receitas e é uma oportunidade para o setor agrícola planear a época sementeira do próximo ano”.
“Hoje, a Ucrânia, juntamente com os seus parceiros dão um passo para evitar a fome no mundo”, acrescentou Oleksandr Kubrakov.
Um navio carregado com cereais ucranianos para exportação partiu esta manhã do porto de Odessa, no sul da Ucrânia, confirmou o Ministério ucraniano das Infraestruturas. O destino é o Líbano.
A bordo do Razoni, com pavilhão da Serra Leoa, seguem mais de 26 mil toneladas de milho. O navio fará uma escala em Istambul, onde será inspecionado.
7h50 - Concentração de meios russos no sul da Ucrânia
A última síntese do Ministério britânico da Defesa sobre a evolução da guerra aponta para uma recolocação de forças russas no sul da Ucrânia.
"Nos últimos quatro dias, a Rússia continua a tentar fazer assaltos táticos no eixo de Bakhmut, a nordeste de Donetsk, conseguindo apenas progressos lentos", lê-se na conta do Ministério britânico no Twitter.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 1 August 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) August 1, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/WFgCHPs7yY
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/sU8IJmgiyF
"A Rússia está provavelmente a ajustar o desenho operacional da sua ofensiva no Donbass depois de ter falhado em obter um avança operacional decisivo sob o plano que vinha seguindo desde abril".
"Identificou provavelmente a sua frente de Zaporizhia como uma área vulnerável a precisar de reforço", estima Londres.
7h38 - Mísseis hipersónicos em navios de guerra russos
Vladimir Putin anunciou que a Rússia vai colocar mísseis hipersónicos em navios de guerra e aprovou uma nova doutrina naval que aponta os Estados Unidos e a NATO como as maiores ameaças. Declaração que marcou as comemorações do Dia da Marinha. Os festejos na Crimeia tiveram de ser cancelados depois de um ataque com um drone contra uma base naval de Sebastopol.
7h20 - Ponto de situação
- O primeiro navio carregado de cereais para exportação deve sair esta segunda-feira do sul da Ucrânia, ao abrigo do acordo mediado pela Turquia.
- O presidente ucraniano apelou aos civis de Donetsk para que abandonem esta região do leste do país. Segundo Volodymyr Zelensky, centenas de milhares de pessoas, incluindo dezenas de milhares de crianças, permanecem em zonas de combate. “Muitas pessoas recusam-se a sair, mas é mesmo preciso que o façam”, afirmou na mais recente mensagem em vídeo.
- A Rússia estará a reposicionar um número significativo de tropas no sul da Ucrânia, estima o Ministério britânico da Defesa. No relatório diário sobre a evolução da guerra, Londres assinala que, “nos últimos quatro dias, a Rússia continua a tentar fazer assaltos táticos no eixo de Bakhmut, a nordeste de Donetsk, conseguindo apenas progressos lentos”. “A Rússia está provavelmente a ajustar o desenho operacional da sua ofensiva no Donbass depois de falhado em fazer um progresso operacional decisivo sob o plano que segue desde abril”, acrescenta.
- Precisamente no sul da Ucrânia, o presidente da câmara de Mykolaiv adiantou que duas pessoas morreram e outras três ficaram feridas, na noite de domingo, depois de rockets russos terem atingido duas zonas residenciais da cidade. Oleksandr Senkevych afirmou mesmo que estes bombardeamentos foram “provavelmente os mais poderosos” desde o início da invasão russa.
- Pelo menos duas pessoas morreram já esta manhã em mais um ataque da artilharia russa contra a segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, no nordeste do país. O alvo foi a zona de Saltiv.
- Moscovo afirma que um ataque com um drone da Ucrânia contra a sua Frota do Mar Negro em Sebastopol, na Crimeia, feriu pelo menos cinco pessoas, o que levou ao cancelamento das celebrações do Dia da Marinha.
- De acordo com o Ministério da Defesa da Ucrânia, duas centenas de operacionais russos da 810ª Brigada de Infantaria Naval recusaram-se a regressar aos combates nas regiões do sul do país invadido.
- O Comité Internacional da Cruz Vermelha ainda não recebeu luz verde para se deslocar ao edifício de Olenivka onde foram abatidos 50 prisioneiros de guerra ucranianos. Isto depois de a Rússia ter tido que convidou peritos quer da Cruz Vermelha quer das Nações Unidas para ajudarem a uma “investigação objetiva” deste caso.