Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
Esta noite o presidente ucraniano disse que a escalada dos bombardeamentos é a forma encontrada pela Rússia para compensar o que diz serem os falhanços da ofensiva no sul do país.
Os Estados Unidos criaram um “observatório”, dotado inicialmente com seis milhões de dólares, para “recolher, analisar e partilhar amplamente as provas de crimes de guerra” cometidos pela Rússia na Ucrânia, divulgou esta terça-feira o Departamento de Estado norte-americano. Esta iniciativa pretende em particular “preservar informação” pública ou dados de satélites comerciais segundo “padrões internacionais”, para que possam alimentar qualquer procedimento que vise responsabilizar os responsáveis por “atrocidades”, explicou o Departamento de Estado em comunicado.
“Uma plataforma ‘online’ compartilhará a documentação do 'observatório de conflitos' com o público, para ajudar a refutar os esforços de desinformação da Rússia”, salientou o governo liderado por Joe Biden.
(Agência Lusa)
Os Estados Unidos estão a considerar uma medida para bloquear a capacidade da Rússia de pagar aos detentores de títulos dos EUA após um prazo expirar na próxima semana, disse uma autoridade do governo norte-americano na terça-feira.
A Bloomberg News disse que a Administração Biden está pronta para tomar a decisão e que isso pode aproximar Moscovo da beira do default.
"Está a ser considerado, mas não tenho uma decisão para fazer uma previsão neste momento", disse o funcionário à Reuters. "Estamos a analisar todas as opções para aumentar a pressão sobre Putin".
Ataques russos mataram sete civis na região de Donetsk esta terça-feira, disse o governador regional Pavlo Kyrylenkosa, no Telegram.
França vai intensificar a entrega de armas à Ucrânia “nos próximos dias e semanas”, prometeu hoje o Presidente francês, Emmanuel Macron, ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmando os compromissos anunciados no final de abril.
Emmanuel Macron “confirmou que as entregas de armas por França vão continuar e aumentar de intensidade nos próximos dias e semanas, assim como a entrega de equipamento humanitário”, indicou o Palácio do Eliseu.
França entregou mais de 800 toneladas de ajuda humanitária à Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, incluindo 13 viaturas de apoio adicionais no passado fim de semana.
A guerra entre a Ucrânia e a Rússia está a entrar numa “fase prolongada”, com Moscovo à procura do controlo total da região do Donbass e da ocupação do sul, realçou esta terça-feira o ministro da Defesa ucraniano.
“A Rússia está a preparar-se para uma operação militar de longo prazo. A guerra está a entrar numa fase prolongada”, salientou Oleksiy Reznikov, numa declaração aos ministros da Defesa da União Europeia (UE) e ao secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
Oleksiy Reznikov referiu que as forças russas estão atualmente a fortalecer as suas posições nos territórios que ocupam nas regiões de Zaporizhia e Kherson, para “entrarem em modo defensivo, se necessário”.
"Atualmente, os principais esforços do Kremlin [presidência russa] estão focados em tentativas de cercar e destruir a consolidação das forças armadas ucranianas nas regiões de Donetsk e Lugansk", no leste do país, em parte nas mãos de separatistas pró-Rússia, analisou ainda.
O ministro da Defesa ucraniano também apontou como objetivo de Moscovo a "criação de um corredor terrestre que ligue a Rússia à Crimeia", península anexada pela Rússia em 2014, bem como a ocupação de "todo o sul da Ucrânia".
A economia russa vai contrair-se 7,8% em 2022, previu hoje o Ministério da Economia, em resultado das sanções internacionais aplicadas à Federação Russa devido à invasão da Ucrânia pelas tropas do Kremlin. As previsões ministeriais são melhores do que as avançadas pelo banco central russo, que apontou um intervalo entre oito e dez por cento para a contração económica no ano em curso.
Segundo as previsões económicas do Ministério para os próximos quatro anos, a economia deve contrair outros 0,7% em 2023, enquanto o banco espera uma descida mais forte, de 0,7%. Estas previsões coincidem com a maior contração da economia russa – 7,8% em 2009 -, desde que Vladimir Putin chegou ao poder, em 2000.
(Agência Lusa)
A Organização Mundial da Saúde registou 226 ataques contra instalações de saúde na Ucrânia desde o início da guerra, que causaram pelo menos 75 mortos e 59 feridos, anunciou hoje o diretor regional da OMS para a Europa.
"São quase três ataques, em média, por dia", afirmou Hans Kluge numa conferência de imprensa em Kiev, salientando que dois terços das agressões a profissionais do setor da saúde registadas globalmente em 2022 ocorreram na Ucrânia.
Neste momento, a OMS pode confirmar que estes ataques causaram pelo menos 75 mortos e 59 feridos, refere o gabinete da região europeia da OMS, que também abrange a Rússia e várias antigas repúblicas soviéticas, sem avançar mais detalhes sobre as vítimas por razões de segurança.
(agência Lusa)
A organização Amnistia Internacional (AI) manifestou hoje "sérias preocupações" sobre o destino dos militares ucranianos que foram retirados do complexo siderúrgico Azovstal, na cidade ucraniana de Mariupol, após um cerco prolongado.
"Os soldados do batalhão Azov foram desumanizados pelos meios de comunicação russos e retratados na propaganda do [Presidente russo, Vladimir] Putin como `neo-nazis` durante a guerra agressiva da Rússia contra a Ucrânia. Esta caracterização levanta sérias preocupações sobre o seu destino como prisioneiros de guerra", disse a Amnistia, numa declaração hoje divulgada.
A AI salienta que documentou "execuções sumárias" de prisioneiros pelas milícias pró-russas no Donbass, bem como "execuções extrajudiciais" de civis ucranianos pelas forças russas nas últimas semanas.
"Os soldados do batalhão Azov que hoje se renderam não devem sofrer o mesmo destino", acrescentou a organização de defesa dos direitos humanos.
A Amnistia ressalvou que "os prisioneiros de guerra não devem ser sujeitos a qualquer forma de tortura ou maus-tratos e devem ter acesso imediato ao Comité Internacional da Cruz Vermelha".
"As autoridades competentes devem respeitar plenamente os direitos dos prisioneiros de guerra, em conformidade com as convenções de Genebra", sublinhou.
(agência Lusa)
O alto representante da União Europeia para a Política Externa defende que é necessário aumentar as reservas de material militar, reforçar a capacidade existente e modernizar.
"Vamos continuar a lutar, não temos outra escolha (...) Estou convencido de que `o ditador` vai perder", declarou Zelensky perante a `nata` do cinema mundial, referindo-se ao Presidente russo, Vladimir Putin, e ao filme homónimo de Charlie Chaplin, que mencionou várias vezes.
A sua aparição, via vídeo, na sessão inaugural do certame, causou surpresa na sala e uma ovação do público, após a qual o Presidente ucraniano denunciou as atrocidades da guerra da Rússia na Ucrânia e apelou ao mundo do cinema para não se remeter ao silêncio.
"O cinema vai calar-se ou falar dela (da guerra)?", perguntou.
"Precisamos de um novo Chaplin para nos provar hoje que o cinema não é mudo (...) O ódio acabará por desaparecer, os ditadores morrerão", acrescentou, em tom grave.
(agência Lusa)
O destino dos militares e milicianos que resistiram na fábrica de aço Azovstal e que ontem e hoje foram levados pelos russos preocupa as autoridades e cidadãos ucranianos.
A jornalista Cândida Pinto refere que os resistentes devem ficar detidos na cidade de Donetsk e nota a incerteza em torno da negociação para a troca de prisioneiros. A Ucrânia perdeu Mariupol, cidade estratégica pelo acesso ao Mar Azov.
Sete civis foram mortos na consequência de ataques russos na região de Donetsk esta terça-feira, anunciou o governador regional, Pavlo Kyrylenkosa, noTelegram.
Kyrylenko acrescentou que seis pessoas ficaram feridas.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, irá reunir-se com os embaixadores da Finlândia e da Suécia na quarta-feira, de acordo com um comunicado de Oana Lungescu, porta-voz da NATO, no Twitter.
#NATO SG @jensstoltenberg will meet the ambassador of #Finland to NATO, @korhonen_klaus 🇫🇮 & the ambassador of #Sweden to NATO, Axel Wernhoff 🇸🇪 on Wednesday 18 May at 08:00.
— Oana Lungescu (@NATOpress) May 17, 2022
Info for media: https://t.co/bs3kLpYg9r pic.twitter.com/vfNcx4bgDO
A reunião ocorre depois de os dois países terem anunciado as suas intenções de se candidatarem à NATO.
A Finlândia e a Suécia entregarão a sua candidatura de adesão à aliança na quarta-feira, segundo anunciou a primeira-ministra sueca Magdalena Andersson esta terça-feira.
Os dois líderes devem ainda reunir-se com o presidente dos EUA, Joe Biden, na quinta-feira.
Devlet Bahceli, líder de um partido nacionalista turco aliado do Presidente Recep Tayyip Erdogan, manifestou hoje preocupação com o alargamento da NATO, alertando que a adesão da Suécia e Finlândia pode provocar a Rússia e expandir a guerra.
Bahceli, líder do Partido de Ação Nacionalista, defendeu hoje, perante os deputados do seu partido, que a opção mais "lógica" seria manter os dois países nórdicos na "sala de espera da NATO".
O líder do Partido de Ação Nacionalista alertou que "a entrada da Suécia e da Finlândia na NATO significará o prolongamento da guerra na Ucrânia e até a sua expansão geográfica".
As declarações de Devlet Bahceli ocorrem um dia depois do chefe de Estado turco ter-se manifestado contra a entrada da Suécia e Finlândia na Aliança Atlântica.
Todos os 30 países que pertencem atualmente à organização de defesa devem estar de acordo para permitir novas entradas.
(agência Lusa)
A Comissão Europeia alerta para o risco de uma "grave rutura de abastecimento" de gás no próximo inverno na União Europeia, devido aos problemas no fornecimento russo, propondo mais armazenamento e admitindo o recurso ao mecanismo de compras conjuntas.
"A Europa deve estar pronta e preparada para uma grave rutura de abastecimento. Embora o risco de procura de gás não atendida para este verão seja limitado, poderá haver o risco de, sem novas ações nos próximos meses, o armazenamento não estar suficientemente cheio para o próximo inverno", avisa o executivo comunitário.
O alerta é feito no rascunho da comunicação sobre o pacote energético REpowerEU, que deverá ser divulgado na quarta-feira e ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, pedindo Bruxelas uma "rápida adoção do regulamento sobre armazenamento", numa alusão à proposta que fez aos Estados-membros para assegurarem pelo menos 80% de armazenagem subterrânea até novembro próximo e 90% nos próximos anos.
(agência Lusa)
A União Europeia (UE) terá de investir entre 1,5 e dois mil milhões de euros para garantir a segurança do aprovisionamento de petróleo após um embargo à Rússia, estima a Comissão Europeia, defendendo rotas de abastecimento alternativas.
"A dependência dos combustíveis fósseis russos estende-se também ao petróleo bruto e aos produtos petrolíferos. Enquanto na maioria dos casos o mercado mundial permite uma substituição rápida e eficaz, alguns Estados-membros dependem mais do petróleo russo", admite o executivo comunitário no rascunho da comunicação sobre o pacote energético REpowerEU, que deverá ser divulgado na quarta-feira e ao qual a agência Lusa teve hoje acesso.
Dias depois de ter proposto um embargo a todo o tipo de petróleo russo, na sequência da invasão militar da Ucrânia, Bruxelas aponta que "o investimento total necessário para garantir a segurança do aprovisionamento de petróleo deverá ascender a entre 1,5 e dois mil milhões de euros".
O executivo comunitário admite que "a paragem do abastecimento a partir do oleoduto de Druzhba, que entrega petróleo bruto à Europa diretamente da Rússia central, aumentará a pressão em rotas de abastecimento alternativas", nomeadamente nos portos de Gdansk, Rostock, Trieste ou Omisalj e nas infraestruturas alternativas de oleodutos, que "atualmente não preparadas para lidar com essa pressão adicional".
(agência Lusa)
A Comissão Europeia vai propor um pacote energético que implica um investimento adicional de 210 mil milhões de euros até 2027 para a União Europeia (UE) se tornar independente da energia russa e cumprir metas ambientais.
No rascunho da comunicação que deverá ser divulgada na quarta-feira, ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, lê-se que "a análise da Comissão indica que o [novo pacote energético] REPowerEU implica um investimento adicional de 210 mil milhões de euros até 2027, para além do que é necessário para atingir os objetivos do pacote Objetivo 55", que prevê uma transição ecológica com redução de 55% das emissões poluentes até 2030.
De acordo com Bruxelas, "tal investimento será compensador", já que ambos os pacotes -- o energético e o ambiental -- permitirão à UE "poupar 80 mil milhões de euros em despesas de importação de gás, 12 mil milhões de euros em despesas de importação de petróleo e 1,7 mil milhões de euros em despesas de importação de carvão por ano".
(agência Lusa)
De acordo com uma testemunha da Reuters, os sete autocarros que transportavam militares ucranianos que resistiram durante semanas às forças russas na fábrica de Azovstal, na cidade portuária de Mariupol, chegaram esta terça-feira a Olenivka, uma cidade controlada pela Rússia próxima de Donetsk.
A agência de notícias TASS avança que o Comité de Investigação da Rússia planeia interrogar os militares ucranianos, muitos deles membros do regimento Azov, como parte de uma investigação sobre o que Moscovo apelida de "crimes do regime ucraniano".
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, descreveu hoje como "suicídio económico" a política da União Europeia (UE) em matéria energética, referindo-se ao possível embargo ao gás e petróleo russos como sanção pelo ataque militar à Ucrânia.
"Este auto de fé económico, este suicídio, é uma questão interna dos países europeus. Nós devemos agir de forma pragmática e olhando aos nossos interesses económicos", disse durante uma reunião dedicada à indústria petrolífera.
Analisando a possibilidade do veto europeu ao crude russo, Putin referiu que "com base em razões políticas, para satisfazer as suas próprias ambições e sob as pressões dos Estados Unidos, os países europeus impõem cada vez mais sanções", algo que leva a um aumento da inflação.
"Temos a impressão de que colegas ocidentais, políticos e economistas, simplesmente esqueceram as leis económicas básicas elementares ou que preferem ignorá-las conscientemente em seu detrimento", disse.
"Em vez de reconhecerem os seus erros, procuram outros culpados", acrescentou o Presidente russo, afirmando que ao vetar as fontes de energia russas a Europa se "transformará na região com os preços mais elevados em todo o mundo, a longo prazo".
Putin advertiu que, "de acordo com alguns especialistas, isso poderia comprometer seriamente e irreversivelmente a competitividade de grande parte da indústria europeia".
"Os europeus reconhecem abertamente que ainda não conseguem dispensar completamente as fontes de energia russas", referiu ainda Putin, lembrando que em alguns desses países a maior parte do petróleo consumido é russo, pelo que "não conseguirão fazer isto, ficar sem o petróleo russo, durante muito tempo".
(agência Lusa)
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta terça-feira que teve uma conversa telefónica "longa e construtiva" com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, sobre a guerra na Ucrânia.
"Falamos sobre o curso das hostilidades, a operação de resgate dos militares da Azovstal e a visão das perspetivas do processo de negociação”, disse Zelensky no Twitter, acrescentando que Macron falou ainda sobre “a questão do fornecimento de combustível à Ucrânia".
Finished a long and meaningful phone conversation with @EmmanuelMacron. Told about the course of hostilities, the operation to rescue the military from Azovstal and the vision of the prospects of the negotiation process. Raised the issue of fuel supply to Ukraine. (1/2)
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 17, 2022
"Também discutimos o apoio de defesa da França, a preparação do sexto pacote de sanções [da União Europeia contra a Rússia], possíveis formas de exportar produtos agrícolas ucranianos", disse o presidente ucraniano, afirmando que discutiram ainda o pedido da Ucrânia para o estatuto de candidato à adesão à UE.
Macron também disse ao seu homólogo ucraniano que a França irá reforçar nos próximos dias o envio de armas a Kiev e sublinhou que Paris está pronta para responder a pedidos adicionais de ajuda.
O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, disse esta terça-feira que, se os números e relatórios forem verdadeiros, o exército russo sofreu "perdas impressionantes" ao invadir a Ucrânia.
"Eu não ousaria fazer uma suposição sobre quanto tempo a Rússia pode resistir... Se é verdade que a Rússia perdeu 15% das suas tropas desde o início da guerra, este é um recorde mundial de perdas de um exército que invadiu um país", disse Borrell a jornalistas em Bruxelas após uma reunião dos ministros da Defesa do bloco.
Borrell acrescentou que a UE “não deixará” a Ucrânia ficar sem equipamento militar.
O gabinete da procuradoria-geral da Rússia pediu à Suprema Corte que reconheça o regimento Azov da Ucrânia como uma "organização terrorista", informou a agência de notícias Interfax esta terça-feira, citando o site do Ministério da Justiça.
A Suprema Corte da Rússia deverá ouvir o caso a 26 de maio, informa a Interfax.
A Suécia está pronta para conversar com a Turquia sobre o seu pedido de adesão à NATO, disse a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, esta terça-feira.
"Estamos a tentar entrar em contacto com a Turquia e estamos preparados para viajar para a Turquia para discutir e esclarecer quaisquer dúvidas que possam existir", disse Andersson durante uma conferência de imprensa com o presidente finlandês, Sauli Niinisto, na capital sueca.
Helena Carreiras participou esta terça-feira no Conselho de Negócios Estrangeiros, em Bruxelas. A ministra portuguesa elencou a ajuda portuguesa aos ucranianos e às forças armadas daquele país em 170 toneladas de material. Serão enviadas mais 160 toneladas, acrescentou, para lembrar ainda apoio médico e sanitário e a disponibilidade para receber feridos e refugiados ucranianos.
Pelo menos sete autocarros que transportam soldados ucranianos que se renderam saíram esta terça-feira da siderúrgica Azovstal escoltados por forças armadas pró-Rússia, revelou uma testemunha à agência Reuters.
Segundo a testemunha, alguns dos soldados transportados não pareciam estar feridos.
Na segunda-feira, mais de 260 militares ucranianos deixaram a siderúrgica da cidade de Mariupol e foram levados para território controlado pela Rússia, onde foram feitos prisioneiros.
Esta terça-feira, o governo ucraniano disse que estava a trabalhar “nos próximos passos” da retirada de soldados da siderurgia de Azovstal.
O enviado da RTP à Ucrânia, David Araújo, testemunha a destruição em Kramatorsk, na Ucrânia. Alvo de fortes ataques russos, a capital ucraniana da província de Donetsk é agora uma cidade quase deserta.
A Suécia e a Finlândia irão entregar na quarta-feira os respetivos pedidos à NATO para ingressar na organização, disse a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, esta terça-feira.
"Na Suécia e na Finlândia, também concordamos em andar de mãos dadas durante todo este processo e amanhã, juntos, entregamos o pedido", disse Andersson durante uma conferência de imprensa com o presidente finlandês, Sauli Niinisto, na capital sueca.
A gigante italiana de energia Eni anunciou esta terça-feira que irá abrir uma conta em euros e outra em rublos no banco russo Gazprombank para realizar os seus pagamentos pelo fornecimento de gás russo "nos próximos dias", cumprindo assim as exigências de Moscovo.
"A obrigação de pagamento pode ser cumprida pela transferência de euros" e o novo procedimento "não deve ser incompatível com as sanções existentes" contra Moscovo impostas pela Comissão Europeia, assegura a Eni em comunicado de imprensa.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que, ao abandonar o fornecimento de energia russo, a Europa arrisca pagar os preços mais caros do mundo por energia.
“Obviamente que alguns estados da UE cuja dependência de hidrocarbonetos russos é especialmente elevada não poderão abandonar o nosso petróleo durante muito tempo”, disse o líder, citado pela agência Reuters.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai receber os líderes da Suécia e da Finlândia na Casa Branca na quinta-feira para discutir as suas candidaturas à NATO, informou a Casa Branca em comunicado.
Biden, a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, e o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, vão também debater a "segurança europeia, assim como o fortalecimento das parcerias relativas a uma série de questões globais, entre as quais o apoio à Ucrânia", avançou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse hoje ser impossível a alguns países europeus, extremamente dependentes da energia russa, largarem o petróleo vindo dessa nação.
Putin frisou ainda que as sanções ocidentais e um possível embargo ao petróleo russo resultaram no aumento global dos valores dessa matéria-prima.
O Parlamento finlandês aprovou esta terça-feira a proposta de adesão à NATO, com 188 votos a favor e apenas oito contra, anunciou o presidente do Parlamento, Matti Vanhamen.
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, acusou hoje o Ocidente de considerar a Ucrânia como "material descartável na guerra híbrida" que está a travar contra a Rússia.
"Ninguém precisa da Ucrânia. A Ucrânia é material descartável na guerra híbrida total contra a Federação Russa", disse o chefe da diplomacia russa numa conferência educacional com o tema "Novos Horizontes", citado pela agência espanhola EFE.
Lavrov disse que esta circunstância "não levanta quaisquer dúvidas na mente de ninguém e foi declarada publicamente".
"Josep Borrell, o diplomata de topo da União Europeia, diz que `nesta guerra, a vitória deve ser alcançada no campo de batalha`", referiu.
Segundo Lavrov, as autoridades norte-americanas e britânicas argumentam que não se pode permitir que a Rússia vença, que deve ser derrotada.
"Por outras palavras, a guerra que declararam não é entre a Ucrânia e a Rússia, mas entre o Ocidente e a Rússia (...). Tornou-se uma expressão comum que o Ocidente está pronto a lutar até ao último ucraniano. É muito correto", acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros.
(Agência Lusa)
O porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitri Peskov, considerou hoje que a Rússia está a atravessar uma “tempestade perfeita” em que enfrenta “Estados hostis”, mas de que sairá “mais estável e mais segura”.
“Vivemos em condições semelhantes às de uma tempestade perfeita, um momento de verdade, e essa mesma tempestade deve garantir e proteger os nossos interesses, tornar a nossa vida mais fácil, mais confortável, mais estável e mais segura”, disse Peskov, citado pelas agências espanholas EFE e Europa Press.
Numa intervenção perante estudantes no âmbito de uma conferência educacional sobre “Novos Horizontes”, Peskov exortou os russos a considerar como hostis os países que disse travarem uma “guerra híbrida” contra a Rússia.
“Não se limita aos conselheiros norte-americanos e britânicos, que dizem aos nacionalistas ucranianos armados [soldados] o que fazer e lhes fornecem informações. Não, é uma guerra diplomática e uma guerra política. Há tentativas de nos isolar no mundo. É uma guerra económica”, disse.
Neste contexto, considerou que já não é apropriado chamar-lhes “países pouco amistosos”, mas que devem ser descritos como “Estados hostis, porque estão a travar uma guerra”.
(Agência Lusa)
Oito pessoas morreram e 12 ficaram feridas num ataque aéreo russo na vila de Desna, na região de Chernihiv, a norte da Ucrânia, informaram os serviços regionais de emergência.
O governador da região de Chernihiv, Viacheslav Chaus, disse hoje que “já não há ocupantes na região de Chernihiv, mas é fácil chegarem até nós”.
“Não ignorem os avisos de ataque aéreo!”, apelou à população.
- As forças militares ucranianas estão a trabalhar “nos próximos passos” da retirada de soldados da siderurgia de Azovstal, em Mariupol, cedendo finalmente o controlo dessa cidade às forças russas após meses de bombardeamentos.
- Moscovo diz ter retirado da fábrica de aço 256 militares ucranianos, dos quais 51 estão feridos, fazendo-os prisioneiros e transportando os que precisam de assistência médica para um hospital na região separatista do Donbass.
- O Ministério russo da Defesa avançou que o país atingiu com mísseis carregamentos de armas dos Estados Unidos e União Europeia na região de Lviv.
- Moscovo garante que Kiev “praticamente se retirou” das negociações de paz, que neste momento estão suspensas.
- O ministro russo dos Negócios Estrangeiros considera que a eventual adesão da Finlândia e Suécia à NATO “não fará grande diferença”, uma vez que os dois países já participam há muito em exercícios militares da aliança.
Um parlamentar russo que participa nas negociações de paz com Kiev diz que Moscovo deve ponderar a pena de morte para aqueles que considera “combatentes nacionalistas” do Batalhão de Azov.
Num debate na câmara baixa do Parlamento russo após a rendição dos combatentes ucranianos em Azovstal, na Ucrânia, o parlamentar Leonid Slutsky defendeu que, embora a Rússia tenha uma moratória sobre a pena de morte, deve agora "pensar com cuidado" sobre a punição capital para os combatentes Azov.
"Eles não merecem viver depois dos monstruosos crimes contra a humanidade que cometeram e que são cometidos continuamente contra os nossos prisioneiros", afirmou.
O presidente finlandês disse hoje acreditar que Finlândia e Suécia podem chegar a um acordo com a Turquia, eliminando as objeções desse país aos planos dos nórdicos de ingressarem na NATO.
"As declarações da Turquia mudaram muito rapidamente e tornaram-se mais duras nos últimos dias", disse o presidente Sauli Niinisto durante um discurso no parlamento da Suécia.
"Mas estou certo de que, com discussões construtivas, resolveremos esta situação", acrescentou.
O Kremlin considerou hoje que, se o G7 permitir que a Ucrânia use reservas russos na guerra, tal constituiria um “roubo completo” e exigiria uma “resposta apropriada”.
As declarações surgem depois de o ministro alemão das Finanças, Christian Lindner, ter dito a quatro jornais europeus que está aberto à ideia de confiscar bens estatais russos para financiar a reconstrução da Ucrânia e que propostas desse género estão já a ser discutidas pelo G7 e pela UE.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse há momentos que o presidente russo, Vladimir Putin, assegurou que os combatentes ucranianos retirados de Azovstal serão tratados "de acordo com os padrões internacionais".
O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros anunciou esta terça-feira que vai expulsar dois diplomatas da embaixada finlandesa em Moscovo, retaliando assim a decisão de Helsínquia de expulsar dois diplomatas russos.
Em comunicado, o ministério disse ainda ter protestado contra "a postura de confronto da Finlândia em relação à Rússia", numa aparente referência à tentativa da Finlândia de se juntar à NATO.
O Ministério da Defesa da Rússia disse hoje que os seus mísseis destruíram carregamentos de armas dos Estados Unidos e da Europa na região de Lviv, no oeste da Ucrânia.
Moscovo confirmou também as afirmações de separatistas apoiados pela Rússia sobre a rendição de 250 combatentes ucranianos escondidos na siderurgia de Azovstal, dos quais 51 ficaram feridos.
A Ucrânia está neste momento a trabalhar em "etapas posteriores" da retirada de combatentes da fábrica de aço de Azovstal, na cidade de Mariupol, disse hoje a vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk.
"Se deus quiser, tudo ficará bem", escreveu a responsável na rede social Telegram.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje ter falado com o chanceler alemão, Olaf Scholz, para discutir a situação na linha de frente da guerra e a possibilidade de aumentar as sanções a Moscovo.
"Mantive conversas produtivas com o Bundeskanzler [chanceler]. Discuti a situação na linha de frente, a pressão sobre a Rússia, o aumento das sanções e as perspetivas de paz", escreveu Zelensky no Twitter.
O líder ucraniano disse ainda contar com mais ajuda alemã no caminho da Ucrânia para a adesão à União Europeia.
Held productive talks with @Bundeskanzler. Discussed the situation on the frontline, further pressure on Russia, sanctions increase, the prospects of peace. Appreciate 🇩🇪 support, including defensive one. We count on further 🇩🇪 assistance on 🇺🇦 path to full membership in the #EU
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 17, 2022
10h18 – Rússia diz que Ucrânia “praticamente se retirou” do processo de negociação
A Rússia e a Ucrânia não estão a realizar negociações "de forma alguma", avançou há momentos a agência de notícias Interfax, citando o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Andrey Rudenko.
"Não, as negociações não estão a realizar-se. A Ucrânia praticamente retirou-se do processo de negociação", garantiu Rudenko.
Os cerca de 265 combatentes ucranianos que estavam na siderurgia de Azovstal, em Mariupol, ter-se-ão rendido às forças pró-Rússia e foram feitos prisioneiros, informou o Ministério russo da Defesa esta terça-feira.
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, afirmou esta terça-feira que a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO provavelmente "não fará grande diferença", já que os dois países participam há muito tempo nos exercícios militares da Aliança.
"A Finlândia e a Suécia, assim como outros países neutros, participam em exercícios militares da NATO há muitos anos", justificou Lavrov.
"A NATO tem em consideração o seu território quando planeia avanços militares no Leste. Portanto, provavelmente não fará grande diferença. Vamos ver como este território é usado na prática pela Aliança do Atlântico Norte", acrescentou.
O governador da região russa de Kursk, Roman Starovoit, avançou no Telegram que as forças de Moscovo travaram um ataque da Ucrânia na vila de Alekseevka, junto à região fronteiriça de Sumy.
Starovoit afirmou que três casas ficaram danificadas, assim como um carro estacionado perto de uma delas e um edifício escolar.
O governador assegurou que será fornecida a assistência necessária aos moradores da vila bombardeada.
Separatistas apoiados pela Rússia disseram esta terça-feira que 256 militares ucranianos que estavam escondidos na siderurgia de Azovstal, em Mariupol, "se renderam", e que 51 ficaram feridos.
Os militares ucranianos estão neste momento a retirar todas as tropas que ainda se encontravam em Mariupol, cedendo o controlo da cidade à Rússia após meses de bombardeamentos.
O presidente da Câmara de Lviv, Andriy Sadovyi, partilhou no Telegram mais informações sobre o ataque à ferrovia no oeste da Ucrânia.
“Numa das aldeias do distrito de Yavoriv, os destroços do míssil danificaram parcialmente a infraestrutura ferroviária. As janelas das casas em redor estilhaçaram-se. E tudo isto numa zona a 20 quilómetros da fronteira com a União Europeia”, escreveu.
Segundo o autarca, “este foi um dos maiores ataques na região de Lviv em termos de número de mísseis. É difícil prever o que acontecerá a seguir. Portanto, vão para os abrigos!”.
“Não filmem os ataques de mísseis nem as operações de defesa aérea. Esses vídeos são necessários para Moscovo. Não sejam como os russos, por favor”, apelou ainda Sadovyi.
Oleksandr Danylyuk, antigo ministro ucraniano das Finanças e ex-chefe de segurança nacional, afirma à BBC Radio 4 que a retirada de soldados da Azovstal, em Mariupol, "é um alívio, mas não é o fim".
"A Rússia controla Mariupol, mas não controla a fábrica de aço, embora a importância estratégica desta fábrica seja mínima neste fase", acrescenta Danylyuk.
7h40 - Desagrado entre bloggers pró-Rússia
O Instituto para o Estado da Guerra - centro de reflexão norte-americano - estima que há um número crescente de "bloggers militares" pró-Moscovo descontentes e céticos face ao esforço de guerra da Rússia.
Igor Strelkov, um dos bloggers mais destacados, escreveu já que as operações militares russas no Donbass, no leste da Ucrânia, "falharam".
7h24 - Ponto de situação
- O Ministério da Defesa da Ucrânia adianta que foram já retirados da Azovstal, o complexo siderúrgico de Mariupol, pelo menos 264 soldados ucranianos, dos quais 53 estão feridos com gravidade. Estes combatentes estão a ser transportados para o Donbass, região do leste do país onde as forças russas concentram nesta altura as suas operações.
- O comando militar ucraniano afirma que está a tentar retirar da Azovstal os derradeiros soldados que alí se encontra. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, diz que o país precisa dos seus "heróis vivos".
- Fontes militares ocidentais, citadas na edição online da BBC, indicam que o presidente russo, Vladimir Putin, estará agora envolvido na gestão direta e quotidiana da ofensiva contra a Ucrânia. Acompanhado pelo chefe do Estado-Maior, Putin estará a tomar decisões habitualmente confiadas a patentes.
- Uma das fontes ouvidas pela estação pública britânica sublinha que o envolvimento direto de Vladimir Putin em decisões operacionais vem, uma vez mais, deixar patente que a invasão da Ucrânia não está a decorrer como foi planeada.
- O Governo português exprime "inequívoco apoio a um célere proceso de adesão" da Suécia e da Finlândia à NATO. Em nota enviada à comunicação social, o Executivo considera que a entrada destes dois países vai representar um reforço significativo da Aliança Atlântica.
- Lisboa sublinha que a decisão da Finlândia e da Suécia no sentido de formalizarem o pedido de adesão à NATO foi "democrática e soberana" e decorre de um novo contexto de segurança.
- A primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, fala em receio de represálias russas durante o periodo de adesão à NATO. Por isso, quer desde já apoio militar da Aliança Atlântica. Por sua vez, a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, sustenta que a adesão do país à NATO é um ato de paz.
- Por seu turno, Vladimir Putin considera que Finlândia e Suécia, enquanto membros da NATO, não serão uma ameaça à Rússia. Todavia, promete retaliar se houver um aumento das estuturas militares da Aliança Atântica nas fronteiras russas.
- A Turquia já avisou, no entanto, que tenciona vetar a entrada da Finlândia e da Suécia na NATO. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusa os países nórdicos de terem uma política de "acolhimento de guerrilheiros curdos".