Em direto
Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Moreira Santos - RTP

Alexander Ermochenko - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

23h07 - Alemanha convida Índia, África do Sul, Indonésia e Senegal para reunião do G7

O chanceler alemão, Olaf Scholz, planeia convidar a Índia, África do Sul, Indonésia e Senegal para a próxima reunião do G7, em junho, para fortalecer a coligação internacional contra a Rússia, noticiou hoje a Bloomberg.

De acordo com esta agência de informação financeira, que cita fontes conhecedoras da decisão, o líder alemão pretende convidar os homólogos da África do Sul, Indonésia e Senegal para o encontro nos Alpes da Baviera, de 26 a 28 de junho, devendo a decisão ser anunciada quando Scholz receber Narendra Modi em Berlim.

Nas últimas semanas, o chanceler alemão hesitou em convidar Modi devido à relutância da Índia em condenar de forma clara a invasão da Ucrânia pela Rússia e ao aumento da venda de crude da Rússia à Índia, mas Scholz decidiu-se pelo convite devido ao aumento da população indiana, à sua longa tradição democrática e ao valor de garantir um parceiro com influência para isolar a Rússia, escreve a Bloomberg, citando fontes conhecedoras do processo de decisão, que acrescentam a importância da Índia nas questões do clima e de defesa.

Apesar de não serem esperados quaisquer acordos resultantes das reuniões bilaterais de segunda-feira entre os líderes alemão e indiano, as discussões vão centrar-se na facilitação da emigração de trabalhadores indianos qualificados para a Alemanha e na maneira de acelerar a transferência de tecnologia alemã para a Índia, que possa reduzir as nocivas emissões de carbono.

No seguimento da invasão da Ucrânia pela Rússia, Scholz pretende fortalecer os laços económicos e políticos da Alemanha com os países democraticamente eleitos no mundo, e foi por isso que o primeiro destino asiático do sucessor da histórica Angela Merkel foi o Japão, ao passo que os seus antecessores escolheram a China, levando grandes delegações empresariais.

A Índia foi uma das mais de 50 nações que se abstiveram na votação que decidiu a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, e está a aumentar as importações energéticas da Rússia, sendo também um importante cliente de armas, argumentando que são necessárias como medida de dissuasão face à China e ao Paquistão.

(Agência Lusa)

22h20 - Alemanha poderá deixar de importar petróleo russo até ao final do verão
A Alemanha poderá deixar de importar petróleo russo até ao final do verão, afirmou o ministro da Economia e da Energia.

Em comunicado, citado pela Associated Press, Robert Habeck revelou que, em matéria de importação de recursos energéticos provenientes da Rússia, a Alemanha conseguiu reduzir a quota de petróleo para 12%, a de carvão para 8% e a de gás natural para 35%.

"Todos os passos que temos dado exigem um enorme esforço coletivo de todos os intervenientes e também representam custos para a economia e para os consumidores. Mas são necessários para que não voltemos a ser chantageados pela Rússia", disse o ministro.

Com a Alemanha a procurar alternativas de fornecimento de energia junto de outros países, Robert Habeck considerou "realista" apontar o fim das importações de petróleo russo até ao final do verão.

A Alemanha tem estado a ser fortemente pressionada para deixar de importar recursos energéticos da Rússia, como boicote em resposta à invasão militar da Ucrânia pelo regime de Vladimir Putin.

No início de abril, a União Europeia (UE) anunciou que irá proibir a importação de carvão russo a partir de agosto, o que representa apenas uma pequena parte de um negócio de energia dominado por petróleo e gás natural, mais lucrativo para o Kremlin e difícil para a UE de sancionar.

Segundo a AP, os Estados-membros da União Europeia pagam à Rússia, em conjunto, 805 milhões de euros diários para terem petróleo e gás natural, sendo a Alemanha um dos principais consumidores.

21h15 - Rússia nunca parou de trabalhar para evitar guerra nuclear

A Rússia está empenhada em evitar o início de uma guerra nuclear, disse o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, em entrevista à televisão italiana.

"Os meios de comunicação ocidentais deturpam as ameaças russas", disse Sergei Lavrov, que falou em russo através de um intérprete italiano.

"A Rússia nunca interrompeu os esforços para chegar a acordos que garantam que uma guerra nuclear nunca aconteça", sublinhou.

Sergei Lavrov afirmou ainda que o próximo aniversário da libertação da Rússia no final da Segunda Guerra Mundial não terá influência nas operações militares de Moscovo na Ucrânia.

"Os nossos soldados não vão atuar com base numa data específica", declarou Lavrov, ao ser questionado sobre se o aniversário de 9 de maio marcaria um ponto de viragem no conflito.

"Comemoraremos a nossa vitória de maneira solene, mas o momento e a velocidade do que está a acontecer na Ucrânia dependerá da necessidade de minimizar os riscos para civis e soldados russos", acrescentou.

21h10 - Esta segunda-feira assinalam-se oito anos sobre o massacre de Odessa
Odessa tem estado debaixo de forte pressão nos últimos dias. A população tenta manter uma vida normal apesar dos bombardeamentos. 

Esta segunda feira assinalam-se oito anos do massacre de Odessa, que terminou com 46 mortos, entre os apoiantes e os opositores pró-russos da revolução de Maidan.

Os enviados especiais da RTP a Odessa notaram que um drone foi abatido pela defesa anti-aérea. As sirenes também tocaram ao início da tarde, mas não foram registadas explosões ou ataques.

Já em Mykolaiv, foram registados ataques durante este domingo, que provocaram pânico entre a população.

Esta segunda-feira, cumprem-se oito anos sobre o massacre de Odessa, em que morreram 46 pessoas. A efeméride poderá levar a confrontos.

21h05 - Pagar a ucranianos para passar postos de controlo russos é um dos "negócios da guerra"

Há ucranianos que estão a explorar concidadãos no sul do país. Cobram dinheiro para que os retirem em segurança de cidades ocupadas pelas tropas russas.

Os enviados da RTP Hélder Silva e André Mateus Pinto foram descobrir em que consiste este "negócio de guerra".

Os enviados especiais da RTP a Zaporizhya apuraram que os ucranianos que estão a explorar outros ucranianos são motoristas com contactos nos postos de controlo russos. A reportagem da RTP apurou ainda que os militares russos são subornados com bebidas, dinheiro ou outros bens.
20h45 - Operação de civis de Mariupol em curso

A retirada de civis da fábrica de aço é uma operação com a mediação das Nações Unidas e da Cruz Vermelha. O presidente ucraniano garante que 100 pessoas que estavam nos bunkers da Azovstal já seguiram para áreas controladas pelos ucranianos.

Ao mesmo tempo, estão também a ser retirados outros moradores de Mariupol com destino a Zaporizhzhia.
20h15 - Situação de Setúbal será analisada pela Comissão Nacional de Proteção de Dados e pelo Ministério da Coesão Territorial

O primeiro-ministro anunciou que o pedido de inquérito feito pela Câmara de Setúbal sobre o acolhimento de refugiados ucranianos vai ser remetido para a Comissão Nacional de Proteção de Dados e para o Ministério da Coesão Territorial.

"A Câmara de Setúbal não nos pediu qualquer esclarecimento nem sobre a associação nem sobre o senhor referido na notícia do semanário Expresso. A carta o que contém são, essencialmente, vários protestos por declarações da senhora embaixadora da Ucrânia em Portugal, e nós remetemos para o Ministério dos Negócios Estrangeiros para os fins tidos por convenientes", começou por explicar o primeiro-ministro.

António Costa acrescentou que "a Câmara de Setúbal pediu agora um inquérito".

"Pediu ao Ministério da Administração Interna, também não sei porquê. O senhor ministro vai remeter para as duas entidades que têm competência pata fazer algum inquérito nesta matéria: por um lado, a Comissão Nacional de Proteção de Dados para saber se houve ou não violação das regras de proteção de dados", adiantou.

Em segundo lugar, acrescentou, para a ministra da Coesão territorial, "que é quem tem a tutela sobre autarquias locais", para que a inspeção faça um inquérito "para ver se houve algum comportamento ilegal da Câmara de Setúbal".

No entanto, o primeiro-ministro pede que, até à conclusão destes procedimentos, "haja serenidade".

"Não vale a pena estarmos a alimentar suspeições e dúvidas, se houver algum comportamento ilegal as instituições atuarão, se não houver toda a ajuda é bem-vindo e não podemos estar sempre a levantar suspeições sobre tudo", defendeu António Costa.

(Agência Lusa)

19h45 -  Quatro civis mortos em ataque no Leste do país

Quatro civis foram mortos e sete ficaram feridos num ataque em Lyman, uma cidade no leste da Ucrânia perto da linha de frente e sob ameaça russa.

"Bombardeio russo na região de Donetsk: quatro civis mortos, todos de Lyman", referiu o governador regional Pavlo Kyrylenko no Telegram. Perante o avaço das tropas russas, o exército ucraniano teve recentemente de recuar de Lyman para se reposicionar na periferia.

18h50 - Líder dos democratas quer tornar mais fácil confiscação de ativos russos

O líder democrata no Senado dos Estados Unidos anunciou que vai tomar medidas, no âmbito do pacote de ajuda de 33 mil milhões de dólares à Ucrânia, para que os ativos dos oligarcas russos sejam confiscados e o dinheiro enviado para a Ucrânia.

"A Ucrânia precisa de toda a ajuda que puder e, ao mesmo tempo, precisamos de todos os recursos que pudermos reunir para dar à Ucrânia a ajuda de que precisa", disse Chuck Schumer.

17h05 - Adiada retirada de pessoas de outras áreas de Mariupol 

O projeto de retirar civis de zonas da cidade ucraniana de Mariupol, para além da siderúrgica Azovstal, foi adiado para as 05h00 GMT de segunda-feira, refere o conselho da cidade de Mariupol.

16h50 - UE prepara embargo progressivo a petróleo russo mas Ucrânia que embargo total de imediato

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros disse que fez saber ao responsável pela diplomacia da União Europeia que a próxima ronda de sanções deveria incluir o embargo total às importações de petróleo russo.

"Também sublinhei que não pode haver alternativa a conceder estatuto de país candidato à Ucrânia. Estamos atentos a novas retiradas de pessoas da cidade sitiada de Mariupol", escreveiu Dmytro Kuleba na rede social Twitter.

Contudo, dois diplomatas do bloco garantem que a proibição das importações de petróleo russo deve acontecer até ao final do ano.

A União Europeia está a preparar um sexto pacote de sanções contra a Rússia em resposta à invasão da Ucrânia e espera-se que o novo conjunto de medidas tenha como alvo o petróleo, bancos russos e bielorrussos, bem como outros cidadãos e empresas da Rússia.

A Comissão Europeia, que está a coordenar a resposta do bloco, teve conversas este fim de semana com pequenos grupos de países membros. O objetivo é decidir o novo plano de sanções a tempo da reunião de embaixadores de quarta-feira.

Os ministros de energia dos Estados-membros também devem reunir-se em Bruxelas na segunda-feira para discutir a questão.

“Existe a vontade política de parar de comprar petróleo à Rússia e teremos medidas e uma decisão sobre a retirada por fases na próxima semana”, disse um funcionário europeu que participa nas discussões.

A Comissão Europeia deverá apresentar uma proposta de embargo "com um período de transição até ao final do ano", indicou outro diplomata europeu.

16h40 - Rússia confirma retirada de 80 pessoas

O Ministério da Defesa russo confirmou que 80 civis foram retirados da fábrica Azovstal na cidade ucraniana de Mariupol.

"Oitenta civis, incluindo mulheres e crianças (...) foram resgatados", refere o ministério em comunicado. "Aqueles que queriam partir para áreas controladas pelo regime de Kiev foram entregues a representantes das Nações Unidas" e do Comité Internacional da Cruz Vermelha, acrescenta o ministério.

15h55 - Primeiro grupo de retirados da fábrica Azovstal deve chegar segunda-feira a Zaporizhzhia

Uma centena de civis ucranianos, que estão a ser retirados da fábrica de aço Azovstal, em Mariupol, deve chegar à cidade de Zaporizhzhia, controlada pela Ucrânia, na segunda-feira. O anúncio é do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

"Grato à nossa equipa! Agora eles, juntamente com as Nações Unidas, estão a trabalhar para a retirada de outros civis da fábrica", escreveu na rede social Twitter.

15h11 - ONU confirma evacuação de Mariupol este domingo

A Organização das Nações Unidas (ONU) está a conduzir uma "operação de passagem segura" para civis da siderúrgica Azovstal, na cidade ucraniana de Mariupol, disse um porta-voz da ONU.

Esta operação começou a 29 de abril e está a ser coordenada com o Comité Internacional da Cruz Vermelha, o governo da Rússia e o da Ucrânia, disse à Reuters o porta-voz, Saviano Abreu.

15h04 - Scholz mostra solidariedade e promete enviar armas

O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu hoje a necessidade de enviar armas para a Ucrânia num discurso do 1.º de Maio, onde começou por ser fortemente vaiado por um grupo de manifestantes. O chanceler social-democrata criticou hoje quem "olha para os livros de história, olha para onde estavam as fronteiras e tenta mover as fronteiras pela força”.

“Isso é imperialismo e nós não queremos isso na Europa", afirmou, num evento organizado pela Confederação dos Sindicatos Alemães (DGB),em Düsseldorf.

Scholz disse que a Alemanha continuaria a apoiar a Ucrânia "com dinheiro e ajuda humanitária, mas também, para que ela se possa defender, com carregamentos de armas, como muitos outros países fazem, porque é necessário neste momento".

14h43 - Avião russo detetado a violar espaço aéreo na Dinamarca

Um avião russo de reconhecimento foi detedado hoje a violar o espaço aéreo da Dinamarca e o país vai convocar o embaixador da Rússia para explicar o incidente, anunciou hoje o chefe da diplomacia dinamarquesa.

"O embaixador russo foi convocado para se deslocar ao Ministério das Relações Exteriores esta segunda-feira. Uma nova violação russa do espaço aéreo dinamarquês. Isso é completamente inaceitável e particularmente preocupante na situação atual", escreveu Jeppe Kofod, na rede social Twitter.



O incidente ocorreu na noite de sexta-feira, altura em que um avião de reconhecimento russo se introduziu no espaço aéreo dinamarquês a leste de Bornholm (ilha báltica dinamarquesa) antes de entrar no espaço aéreo sueco, esta última parte do episódio foi divulgada pela defesa sueca no sábado transato.

"É um avião de reconhecimento que esteve em nosso espaço aéreo por um tempo muito curto. Dois F-16 dinamarqueses intervieram imediatamente", disse à agência de noticias AFP Henrique Mortensen, assessor de imprensa da Defesa dinamarquesa.

O avião russo deixou depois o espaço aéreo dinamarquês. Esse tipo de incidente "raramente acontece", acrescentou Mortensen.

Ao contrário da Suécia, onde um debate sobre o assunto está em andamento, a Dinamarca é membro da NATO.

(Agência Lusa)

14h25 - Rússia relata incêndio em instalação militar perto da fronteira com a Ucrânia

Uma instalação do Ministério da Defesa russo, na região sul de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, incendiou-se, segundo informou o governador da região de Belgorod, este domingo.

Não há informações, para já, de danos ou vítimas.

14h00 - Recolher obrigatório em Odessa

A medida entra em vigor das 22h00 deste domingo e as 5h00 de terça-feira. Isto porque o dia 2 de maio de 2014 deu-se o "massacre de Odessa" com 46 mortos e por isso mesmo foi decretado o recolher obrigatório nesta data.


13h22 - Retirada de civis de Azovstal decorre em "operação sigilosa"

A evacuação de Azovstal continua este domingo, mas como explica Hélder Silva, "há um enorme secretismo" em torno desta operação. Contactada pela RTP, a equipa das Nações Unidas que está no terreno não confirma nem desmente este processo de retirada de civis.

A retirada de civis da região, para os transporta até Zaporizhya, está a ser tutelado pela ONU e pelo comité Internacional da Cruz Vermelha. Até agora foram retiradas apenas algumas dezenas de pessoas e o processo será "muito demorado", explica o jornalista da RTP.

12h53 - Visita de Angelina Jolie a Lviv interrompida por toque das sirenes

A visita de Angelina Jolie à cidade ucraniana de Lviv para se encontrar pessoas deslocadas pela guerra com a Rússia foi interrompida e encurtada pelo toque das sirenes que alertam os cidadãos para a iminência de um ataque.

Durante uma visita a um centro de acolhimento, Jolie conheceu voluntários que trabalham com refugiados, muitos dos quais são crianças dos dois aos dez anos. Quando as sirenes tocaram, a actriz foi obrigada a sair rapidamente do edifício e a entrar num carro que já a esperava.

12h15 - Ucrânia diz que evacuação de Mariupol é possível este domingo

A evacuação da cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, agora controlada principalmente pela Rússia, pode ser possível este domingo, disseram autoridades locais.

O conselho da cidade de Mariupol e o governador local disseram aos residentes que desejam partir para a cidade ucraniana de Zaporizhzhia para se reunirem num ponto de encontro.

12h06 - Papa considera que guerra na Ucrânia é "macabro retrocesso da humanidade"

Um "macabro retrocesso da humanidade": foi assim que o Papa Francisco classificou, este domingo de manhã, a guerra na Ucrânia.

Da varanda do Vaticano, o Papa pediu a abertura urgente de corredores humanitários para retirar milhares de civis que estão sitiados em Mariupol.

11h30 - Governo alemão a favor de embargo europeu ao petróleo russo

O Governo alemão manifestou-se favorável a um embargo europeu às importações de petróleo russo, tendo ultrapassado a anterior relutância, segundo diplomatas europeus citados pelo canal público de comunicação social alemão ZDF.

Segundo as mesmas fontes, Berlim manifestou-se “claramente” a favor do embargo ao petróleo nas últimas negociações em Bruxelas, para a preparação de um sexto pacote de sanções contra Moscovo, devido à invasão russa da Ucrânia.

No entanto, o Governo alemão quer que o pacote de sanções inclua uma fase de transição para instituir o embargo petrolífero, cuja duração ainda não foi especificada, segundo a ZDF.

(Agência Lusa)

11h03 - Rússia atacar aeródromo perto de Odessa para destruir armas fornecidas pelo Ocidente

O Ministério da Defesa da Rússia disse, este domingo, que atacou armas fornecidas à Ucrânia pelos Estados Unidos e países europeus e destruiu uma pista num aeródromo militar perto da cidade ucraniana de Odessa.

10h44 - Autoridades de Kharkiv pedem aos civis que não saiam dos abrigos devido aos bombardeamentos

O governador de Kharkiv pediu, este domingo, aos civis que não saiam dos abrigos durante o dia de hoje devido aos bombardeamentos na região.

Numa mensagem transmitida no Telegram, citada pelo The Guardian, Oleh Synyehubov pediu aos residentes de Kharkiv, sobretudo no norte e leste da cidade - em particular Saltivka - que "não deixem os abrigos durante o dia, a não ser em casos urgentes”.

10h25 - Rússia diz que foram retirados 46 civis da fábrica de Azovstal no sábado

Dois grupos de civis deixaram a área residencial perto da siderúrgica Azovstal, na cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, no sábado, disse o Ministério da Defesa russo. Segundo o Kremlin, um total de 46 civis deixaram a região e receberam comida e abrigo.

10h00 - Duma propõe confiscar ativos empresariais a países "não amigos"

O presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin, propôs a confiscação de bens comerciais aos países "não amigos" da Rússia, em resposta a medidas semelhantes tomadas pelo Ocidente.

"É correto em relação a uma empresa localizada no território da Federação Russa, cujos proprietários são de países 'hostis', responder com medidas semelhantes: confiscar estes bens", disse na sua conta Telegram, citado pela agência de notícias EFE. "E o produto da venda [dos bens confiscados] será para o desenvolvimento do nosso país".

Volodin escreveu ainda que a Câmara dos Representantes norte-americana aprovou uma lei que permite a transferência de bens congelados de empresas e cidadãos russos para a Ucrânia: "Foi criado um perigoso precedente, que deve ser um bumerangue sobre os próprios estados".

(Agência Lusa)

9h30 - Rússia quer exercer influência em Kherson, diz Reino Unido

O Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD) afirmou, este domingo, que a Rússia pretende exercer "forte influência política e económica" em Kherson. A cidade do sul da Ucrânia foi tomada pelas forças russas no início de março e o objetivo é reforçar o controlo russo sobre a Crimeia.

A partir de hoje, num esforço para fortalecer o controlo da região, a Rússia está a dar início à transição monetária da hryvnia ucraniana para o rublo russo.

09h15 – Continuam os trabalhos de evacuação em Azovstal

Continuam os esforços a retirada segura de mais pessoas presas na extensa fábrica siderúrgica de Azovstal, na cidade portuária ucraniana de Mariupol. Sviatoslav Palamar, vice-comandante do regimento Azov na fábrica, disse num vídeo no Telegram que um grupo de cerca de 20 mulheres e crianças conseguiu sair em meio a um cessar-fogo local e que as ações de evacuação vão continuar.

“Estamos a tirar civis dos escombros [dentro da fábrica] com cordas – são os idosos, mulheres e crianças”, disse, acrescentando que se prevê que as pessoas sejam levadas para a cidade de Zaporizhzhia, onde um centro de evacuação foi montado para os civis que fogem dos combates.

As negociações apoiadas pela ONU tem decorrido nos últimos dias, após várias tentativas fracassadas de criar corredores humanitários.

08h44 – Kiev e Washington voltam a discutir “sanções à Rússia” e apoio militar e financeiro à Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia falou esta manhã com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, sobre a situação no território em contexto da ofensiva russa. Dmytro Kuleba agradeceu, numa mensagem através do Twitter, aos Estados Unidos por manterem a “promessa de apoiar a Ucrânia de forma resoluta”.

“Discutimos mais sanções à Rússia, a entrega de armas e o apoio financeiro à Ucrânia”, escreveu o chefe da diplomacia ucraniano, acrescentando que exortou Washington a garantir a “máxima liberalização das exportações ucranianas”.

8h25 - Nancy Pelosi fez visita a Kiev

A visita foi revelada pelo presidente ucraniano, na conta do Twitter.


8h15 - Presidente ucraniano apela aos soldados russos que não combatam

O Presidente ucraniano diz que mais vale sobreviver na Rússia de que ir morrer à Ucrânia. Zelenski realça que a Rússia está a acumular mais tropas na zona do Donbass.

08h02 – Militares russos avançam de novo sobre Odessa

Depois de vários dias sem bombardeamentos, a cidade de Odessa voltou a ser atacada pelas forças russas e, esta manhã, já se ouviram novas explosões. Contrariamente a ontem, não houve alertas nem toque de sirene na altura, conta o correspondente da RTP.


Também em Mykolaiv, a cerca de 100 quilómetros de Odessa, já se fizeram sentir novas explosões às primeiras horas deste domingo e, em consequência, foi atingido um armazém de fertilizantes.

Durante os ataques desta madrugada, as forças ucranianas voltaram a tomar a ilha de Zmiinyi, que tinham atacado no início da invasão, a 24 de fevereiro. A informação foi revelada pelas autoridades de Kiev, que confirmaram ainda a morte de mais 40 soldados russos.

Ponto de situação
• Moscovo acusou Kiev de bombardear os civis ucranianos. Segundo fontes russas, um bombardeamento ucraniano matou e feriu vários civis na região de Kherson. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que as tropas ucranianas atingiram uma escola, um infantário e um cemitério nas aldeias de Kyselivka e Shyroka Balka, na região de Kherson, avançou a agência russa RIA.

• Vinte e cinco civis conseguiram sair da zona de Azovstal, na cidade portuária de Mariupol, na Ucrânia, anunciaram as agências oficiais russas de notícias Tass e Ria Novosti. Entre os que conseguiram abandonar a fábrica metalúrgica estão 19 adultos e seis crianças com menos de 14 anos.

Na fábrica de Azovstal, recorde-se, há cerca de mil civis refugiados, juntamente com cerca de 2.000 soldados ucranianos que ainda resistem aos bombardeamentos russos, havendo ainda a registar cerca de 500 feridos entre as pessoas que ali estão refugiadas. O presidente da Câmara de Mariupol disse, no sábado, que os militares russos já mataram duas vezes mais pessoas nesta cidade do que a Alemanha nazi, durante os dois anos de ocupação na segunda Grande Guerra Mundial.

• Volodymyr Zelensky pediu, na madrugada deste domingo, aos soldados da Rússia que se recusem a lutar na Ucrânia, recordando que até os generais de Moscovo esperam que milhares de tropas russas morram nas próximas semanas. O líder ucraniano disse que a Rússia está a recrutar novas tropas, “com pouca motivação e pouca experiência de combate”, para reforçar as unidades que sofreram perdas durante as primeiras semanas da invasão. Segundo Zelensky, os líderes militares russos estão cientes que milhares de tropas poderão morrer e outros milhares poderão ser feridos nas próximas semanas.

• Na sexta-feira, um avião russo de reconhecimento foi detetado a violar o espaço aéreo da Suécia, revelou na noite passada o Estado-Maior sueco, numa altura em que o país escandinavo pondera uma adesão à NATO. De acordo com o departamento de Defesa sueco, um aparelho russo AN-30 "violou o espaço aéreo sueco na noite de sexta-feira" e que o aparelho foi acompanhado e fotografado pelas autoridades.

• Nas últimas horas, Odessa voltou a ser alvo de ataques russos. A pista do aeroporto da cidade foi atingida por um míssil e ficou parcialmente destruída, deixando de estar operacional. Contudo, não há vítimas a registar deste ataque.