Moscovo acusa Londres de incentivar a Ucrânia a atacar alvos em território russo
O ministro da Defesa do Reino Unido disse que "não será necessariamente um problema" para a Ucrânia usar armas fornecidas pelo Reino Unido contra alvos militares na Rússia. Do lado russo chega a resposta usando a mesma narrativa de que "não será necessariamente um problema quando a Rússia decidir tomar uma ação de retaliação" contra centros de comando em Kiev, onde estão conselheiros de países ocidentais.
Em resposta, Moscovo acusou o Reino Unido de "provocar" a Ucrânia a atacar o território russo.
"Gostaríamos de enfatizar que a provocação direta por parte de Londres do regime de Kiev a tais atividades (atacar o território russo), caso haja uma tentativa de realizá-las, levará imediatamente à nossa resposta proporcional."
O Ministério também disse que as forças armadas russas estão prontas para "realizar ataques de retaliação usando armas de longo alcance e alta precisão" contra "centros que tomam decisões relevantes" na capital ucraniana, Kiev.
Retórica ameaçadora da Rússia
Dominc Raab, vice-primeiro-ministro do Reino Unido responde que a ameaça russa de "resposta proporcional" ao Reino Unido é "ilegal".
"If Russia starts threatening other countries it only adds further to their pariah status and will only further the solidarity of the international community that they must be stopped," says Justice Secretary @DominicRaab.
— Sky News (@SkyNews) April 27, 2022
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Em entrevista à Sky News, Raab afirmou que a declaração russa é "ilegal e o que estamos a fazer é lícito. O direito internacional é muito claro sobre isso. Os Estados têm o direito de fornecer apoio militar a qualquer Estado que exerça o direito de defesa legal contra uma invasão agressiva".
"E, francamente, se a Rússia começar a ameaçar outros países, isso aumentará ainda mais o seu status de pária e provocará o aumento da solidariedade e o consenso entre a comunidade internacional de que eles devem ser detidos", observou.