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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Lavrov em Nova Iorque durante presidência russa do Conselho de Segurança da ONU

por Lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, estará este mês em Nova Iorque para participar numa série de reuniões do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), órgão cuja presidência rotativa mensal foi segunda-feira assumida por Moscovo.

A informação foi avançada pelo embaixador russo junto da ONU, Vasily Nebenzya, que especificou que Lavrov presidirá pelo menos dois debates especiais convocados pela Rússia: um sobre "Cooperação multilateral no interesse de uma ordem mundial mais justa, democrática e sustentável", a 16 de julho, e outro, no dia seguinte, sobre "A situação no Médio oriente, incluindo a questão palestiniana" - este último de nível ministerial.

De acordo com Nebenzya, a guerra de Israel em Gaza continuará a estar em foco este mês, uma vez que "não há sinais de que o cessar-fogo esteja próximo", apesar dessa determinação pelo Conselho de Segurança.

Nesse sentido, o Conselho receberá na terça-feira um `briefing` da coordenadora Humanitária e de Reconstrução da ONU para Gaza, Sigrid Kaag. 

A Rússia convocou também um debate sobre a cooperação entre a ONU e organizações regionais, que se concentrará no papel da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, da Comunidade dos Estados Independentes e da Organização para Cooperação de Xangai.

"Estas três organizações estão a realizar um trabalho muito útil na região da Eurásia. No entanto, nem sempre é bem coberto na ONU. Acreditamos que é necessário dar aos membros do Conselho a oportunidade de receber informações em primeira mão sobre as atividades destas organizações regionais", defendeu Nebenzya.

Além da guerra em Gaza, várias outras questões relacionadas com o Médio Oriente estão na programação deste mês, como a situação política e humanitária na Síria, os recentes desenvolvimento no Iémen e no Líbano

Já as questões africanas no programa de trabalho de julho incluem um `briefing` do Escritório das Nações Unidas para a África Ocidental e o Sahel, a votação da renovação do regime de sanções da República Centro-Africana (RCA)  e um `briefing` sobre a Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo.

Espera-se que o Conselho realize ainda consultas sobre a Força de Manutenção da Paz da ONU no Chipre, sobre a Colômbia e sobre o Haiti, e que mantenha ainda consultas bianuais sobre o Centro Regional das Nações Unidas para Diplomacia Preventiva da Ásia Central.

Apesar de não estar marcada nenhuma reunião sobre a Ucrânia, Nebenzya não descartou que possa vir a ser agendada a pedido de qualquer Estado-membro do Conselho.

A Rússia, que está em guerra com a Ucrânia desde que invadiu o país vizinho em fevereiro de 2022, sucede à Coreia do Sul na liderança rotativa do Conselho de Segurança da ONU e será substituída em agosto pela Serra Leoa.

Segundo a Carta das Nações Unidas, o Conselho de Segurança é o principal responsável pela manutenção da paz e segurança internacionais.

O Conselho de Segurança tem 15 membros, dos quais cinco são permanentes e têm o direito de vetar qualquer decisão.

A Rússia tem usado esse direito para impedir a aprovação de resoluções sobre a guerra contra a Ucrânia.

Além da Rússia, são membros permanentes do Conselho de Segurança os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a República Popular da China.

Argélia, Coreia do Sul, Eslovénia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Serra Leoa e Suíça são os atuais membros não permanentes, eleitos pela Assembleia-Geral da ONU para mandatos de dois anos.

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