O Ministério ucraniano da Energia acusou as forças armadas russas de lançarem, durante a madrugada deste sábado, um novo "ataque maciço" contra infraestruturas energéticas no oeste e no sul da Ucrânia.
A defesa aérea da Ucrânia intercetou 12 dos 16 mísseis e todos os 13 drones lançados pela Rússia no segundo grande ataque desta semana, disse a Força Aérea ucraniana. Os alertas aéreos nas regiões ucranianas duraram várias horas durante a noite.
"As instalações do Ukrenergo [operador ucraniano], nas regiões de Zaporijia [sul] e Lviv [oeste] ficaram danificadas", disse o ministério, referindo que dois funcionários se encontram hospitalizados em Zaporijia.
Este foi o oitavo ataque maciço a centrais elétricas ucranianas nos últimos três meses, ainda de acordo com o ministério.
Ivan Fedorov, governador de Zaporizhzhia, disse que o incêndio ocorreu numa instalação de infraestrutura energética na região e que estavam ainda a ser apurados os danos.
"Podemos dizer com certeza: o inimigo não vai parar. A Ucrânia precisa de sistemas de defesa aérea", disse Fedorov através do Telegram.
As autoridades ucranianas afirmaram na quinta-feira que as infraestruturas energéticas, incluindo uma central elétrica, ficaram danificadas após um forte ataque russo durante a noite, que deixou sete funcionários feridos.
De acordo com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Rússia destruiu metade da capacidade energética da Ucrânia ao intensificar os ataques.
Zelensky apelou na quinta-feira para a instalação de painéis solares e de unidades de armazenamento de energia "em todas as escolas e hospitais, o mais rapidamente possível".
O diretor executivo da operadora DTEK, Maxime Timtchenko, disse que a Ucrânia se arrisca a ser "confrontada com uma grave crise este inverno" se os parceiros ocidentais não ajudarem.
Kiev tem pedido aos aliados apoio para reconstruir a rede de eletricidade - um projeto que exige elevados investimentos - e fornecer mais equipamento de defesa aérea para combater bombardeamentos russos.
Neste contexto, Washington "tomou a decisão difícil mas necessária" de dar prioridade à Ucrânia em relação a outros aliados, no que diz respeito ao fornecimento de mísseis utilizados na defesa aérea.
C/agências