Jornalista ucraniana morre após mais de um ano em cativeiro na Rússia

por RTP
Alexander Ermochenko - Reuters

A jornalista ucraniana Victoria Rochtchina, que tinha sido detida pelas tropas russas nos territórios invadidos da Ucrânia, morreu em cativeiro na Rússia. O anúncio foi feito na quinta-feira por um dirigente ucraniano.

Segundo os meios de comunicação ucranianos, Rochtchina desapareceu em agosto de 2023, quando procurava chegar aos territórios ucranianos invadidos pela tropas russas na região de Zaporizhia, no sul do país.Nove meses após o desaparecimento, a União dos Jornalistas Ucranianos revelou que o pai da jornalista tinha recebido a confirmação de que Victoria Rochtchina estava “detida no território da Federação Russa”.

O porta-voz do centro ucraniano para os prisioneiros de guerra, Petro Iatsenko, confirmou a morte da jornalista independente e divulgou que as causas estão a ser investigadas e, por isso, ainda “é cedo para falar das circunstâncias da morte”.

De acordo com a informação divulgada pelo canal independente russo Mediazona, Victoria Rochtchina morreu durante uma transferência de uma prisão de Taganrog, no sudeste da Rússia, para Moscovo. Processo que significava uma etapa com vista à libertação, explicou o porta-voz.

A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) apelou, em comunicado, aos dirigentes russos para que esclareçam as circunstâncias da detenção e morte. Durante o cativeiro da jornalista, “as autoridades russas nunca deram informação sobre a sua detenção, apesar dos pedidos incessantes da família, das autoridades ucranianas e da RSF”.

Iatsenko afirmou que “cerca de 25 jornalistas ucranianas estão atualmente em cativeiro na Federação Russa”.
Segundo os dados divulgados pela RSF, desde o início deste ano, já foram assassinados 43 jornalistas e detidos 584.
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