França dá vistos temporários a seis desertores russos

por Cristina Santos - RTP
Reuters

É a primeira vez que um país da União Europeia aceita "um grupo de desertores" russos sem "quaisquer documentos de viagem ou passaportes estrangeiros". De acordo com ativistas dos Direitos Humanos, estes seis soldados pedem a Paris asilo e, entretanto, receberam vistos temporários.

O grupo que tem ajudado russos a desertar da guerra contra a Ucrânia, Go By The Forest, garante que este é “o primeiro caso de um grupo de desertores” que é recebido por um Estado-membro da União Europeia. Os seis homens chegaram a Paris, nos últimos meses, depois de fugirem da Rússia para o Cazaquistão em 2022 e 2023.

Entrevistado pelo jornal britânico The Guardian, um dos antigos militares russos admite que, ao chegar a França, “foi a primeira vez que consegui respirar plenamente. Tive uma sensação de calma e liberdade… o pior já passou”.

O desabafo de Alexander, antigo soldado russo enviado para a Ucrânia e abandonado durante o verão de 2023, ao Guardian

Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, dezenas de milhares de soldados russos desertaram ou recusaram ordens para combater, afirmam ativistas de Direitos Humanos. No entanto, não tem sido pacífica a discussão sobre se o Ocidente deve aceitar russos que não querem combater na guerra contra a Ucrânia, se os deve tratar como heróis ou criminosos de guerra.

O debate na União Europeia tem sido feito, mas sem haver qualquer decisão o que tem sido um obstáculo para dar asilo nos países europeus.
Os combates

Na região nordeste de Kharkiv, as autoridades ucranianas ordenaram a retirada de pessoas da cidade de Kupiansk, à medida que as forças russas se aproximam e também porque está a ser cada vez mais difícil garantir o fornecimento de eletricidade e água. A ordem também se aplica à cidade de Borova, mais ao sul e perto da cidade de Izium.

Quanto a Zelensky, ele foi convidado a apresentar o “plano de vitória” para derrotar a Rússia, durante o Conselho Europeu que começa quinta-feira.O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, convidou o presidente ucraniano “para fazer um balanço dos últimos desenvolvimentos da guerra e apresentar o seu plano de vitória”.

No encontro dos líderes dos 27 países da União Europeia também vai ser debatido o apoio militar a Kiev e o reforço da rede energética da Ucrânia que está muito danificada.
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