EUA ameaçam "afastar-se" de negociações caso Rússia e Ucrânia não aceitem acordo de paz
Depois de o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ter cancelado a presença nas negociações para um cessar-fogo, que estavam marcadas para esta quarta-feira em Londres, o vice-presidente dos Estados Unidos defendeu que a Ucrânia tem de fazer cedências territoriais para que haja um acordo de paz com a Rússia. JD Vance apelou a ambos os lados para que aceitem uma proposta dos EUA, que visa suspender o conflito nas linhas da frente, e ameaçou que Washington se iria afastar caso Kiev e Moscovo a recusassem.
“Penso que será perto das atuais linhas [da frente] que serão traçadas as novas linhas do conflito”, disse Vance aos jornalistas após visitar o mausoléu Taj Mahal, em Agra, no âmbito da viagem que está a fazer à Índia.
Os Estados Unidos apresentaram “uma proposta muito explícita” de paz entre os dois países, segundo declarou Vance, que não pormenorizou.
“É altura de [ambas as partes] dizerem ‘sim’ ou de os Estados Unidos se afastarem deste processo”, reafirmou o vice-presidente, que já tinha assumido esta posição anteriormente.
Para Vance, Kiev e Moscovo deviam “depor as armas, encerrar a questão e dedicar-se à construção de uma melhor Rússia e de uma melhor Ucrânia”.
"Agora, é claro, isto significa que tanto ucranianos quanto russos terão que abrir mão de parte do território que atualmente possuem”.
Recorde-se que a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, e as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia em setembro de 2022, cerca de sete meses depois de ter invadido o país vizinho. A proposta norte-americana de congelar o conflito nas atuais linhas da frente seria um revés para a Ucrânia, cujas autoridades têm afirmado que pretendem recuperar a totalidade do território correspondente às fronteiras de 1991, o que inclui a Crimeia.
Trata-se um dos principais pontos de divergência, já que Washington estaria disposta a reconhecer o controlo russo sobre a Crimeia.
Propostas que, na terça-feira, Volodymyr Zelensky disse não corresponderem à posição oficial da presidência dos Estados Unidos. O presidente ucraniano recusou ainda entrar em discussões sobre o controlo da Crimeia e dos restantes territórios anexados, porque isso significaria “entrar no formato que a Rússia pretende”.
Já esta quarta-feira, Zelensky apelou a um cessar-fogo “imediato, completo e incondicional” na Ucrânia.
“Insistimos num cessar-fogo imediato, completo e incondicional”, disse o líder ucraniano na plataforma Telegram, reiterando a posição transmitida nas véspera de que as conversações de paz só podem começar após o anúncio de um cessar-fogo. “Preservar vidas deve ser uma prioridade máxima para todos os parceiros”.
Entretanto, Donald Trump acusou Volodymyr Zelensky de fazer comentários "incendiários" sobre a Crimeia anexada, que estão a dificultar as negociações para um cessar-fogo.
Na plataforma Truth Social, o presidente norte-americano sublinhou que o homólogo ucraniano "não tem as cartas na mão" e acusou-o de "prolongar as morte" ao recusar-se a reconhecer a soberania da Rússia sobre a península da Crimeia.
Os Estados Unidos apresentaram “uma proposta muito explícita” de paz entre os dois países, segundo declarou Vance, que não pormenorizou.
“É altura de [ambas as partes] dizerem ‘sim’ ou de os Estados Unidos se afastarem deste processo”, reafirmou o vice-presidente, que já tinha assumido esta posição anteriormente.
Para Vance, Kiev e Moscovo deviam “depor as armas, encerrar a questão e dedicar-se à construção de uma melhor Rússia e de uma melhor Ucrânia”.
"Agora, é claro, isto significa que tanto ucranianos quanto russos terão que abrir mão de parte do território que atualmente possuem”.
Recorde-se que a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, e as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia em setembro de 2022, cerca de sete meses depois de ter invadido o país vizinho. A proposta norte-americana de congelar o conflito nas atuais linhas da frente seria um revés para a Ucrânia, cujas autoridades têm afirmado que pretendem recuperar a totalidade do território correspondente às fronteiras de 1991, o que inclui a Crimeia.
Trata-se um dos principais pontos de divergência, já que Washington estaria disposta a reconhecer o controlo russo sobre a Crimeia.
Propostas que, na terça-feira, Volodymyr Zelensky disse não corresponderem à posição oficial da presidência dos Estados Unidos. O presidente ucraniano recusou ainda entrar em discussões sobre o controlo da Crimeia e dos restantes territórios anexados, porque isso significaria “entrar no formato que a Rússia pretende”.
Já esta quarta-feira, Zelensky apelou a um cessar-fogo “imediato, completo e incondicional” na Ucrânia.
“Insistimos num cessar-fogo imediato, completo e incondicional”, disse o líder ucraniano na plataforma Telegram, reiterando a posição transmitida nas véspera de que as conversações de paz só podem começar após o anúncio de um cessar-fogo. “Preservar vidas deve ser uma prioridade máxima para todos os parceiros”.
Entretanto, Donald Trump acusou Volodymyr Zelensky de fazer comentários "incendiários" sobre a Crimeia anexada, que estão a dificultar as negociações para um cessar-fogo.
Na plataforma Truth Social, o presidente norte-americano sublinhou que o homólogo ucraniano "não tem as cartas na mão" e acusou-o de "prolongar as morte" ao recusar-se a reconhecer a soberania da Rússia sobre a península da Crimeia.