Enviado de Putin a Washington vê dinâmica positiva nas relações com Estados Unidos
O enviado económico especial do presidente russo, Kirill Dmitriev, afirmou na quinta-feira que vê uma “dinâmica positiva” nas relações entre Moscovo e Washington, embora sejam necessárias mais reuniões para resolver as diferenças.
"Vemos uma dinâmica positiva nas nossas relações (...) O processo de diálogo e de resolução vai levar tempo. Mas, ao mesmo tempo, está a progredir de uma forma positiva e construtiva", comentou Dmitriev à imprensa russa e norte-americana na primeira visita de um alto funcionário russo a Washington desde o início do conflito da Ucrânia, há três anos.
O enviado do Kremlin considera que “ainda será necessária uma série de reuniões para resolvermos todas as nossas diferenças. Mas o mais importante é que vemos uma atitude positiva e criativa”.
Admitindo "desacordos em vários pontos", o russo sublinhou haver "um diálogo" para ajudar a "ultrapassar esses desacordos"."Também discutimos uma possível cooperação no Ártico, nos metais raros e noutros setores, como o voo tripulado para Marte", acrescentou.
Dmitriev frisou ainda que a Rússia vê “com toda a clareza que a administração do presidente está empenhada em resolver as questões, ao contrário do presidente Biden. Eles comportam-se com grande respeito, fazem muitas perguntas, encontram compromissos”.
“Com a Administração Trump, estamos agora a pensar no que é possível, no que pode realmente funcionar e como podemos encontrar uma solução a longo prazo”, disse Dmitriev. “Eu acho que (uma) solução de longo prazo é o que é necessário, porque também estamos pensando em segurança global, como garantir que as preocupações de segurança russa sejam levadas em consideração”.
O enviado de Putin frisou ainda que, com a nova Administração norte-americana, “há perspetivas de uma solução diplomática para a guerra na Ucrânia”.Dmitriev, que está pessoalmente sob sanções norte-americanas desde 2022 e precisou de uma suspensão temporária dessas restrições para rumar aos Estados Unidos, foi um dos negociadores russos nas conversações de 18 de fevereiro na Arábia Saudita, dias após o primeiro telefonema entre Vladimir Putin e Donald Trump.
Segundo as agências russas, Dmitriev revelou ainda que “as empresas americanas estavam interessadas na Rússia” e “queriam preencher os nichos das empresas europeias que saíram. Vemos que as limitações ideológicas que existem entre as empresas europeias poderiam permitir às empresas americanas preencher uma série de nichos”.
Nascido em Kiev, na era da URSS, Kirill Dmitriev conhece bem os Estados Unidos, onde fez carreira, tendo trabalhado anteriormente no banco Goldman Sachs, em Nova Iorque, e na consultora McKinsey. É licenciado pela Universidade de Stanford e passou pela Harvard Business School.Mais uma noite de troca de drones
Na última noite, as forças russas lançaram mais um ataque com drones contra a Ucrânia, que provocou as mortes de quatro pessoas em Kharkiv.
O ataque desta madrugada a Kharkiv, que também provocou 35 feridos, é o quarto esta semana, com drones russos a atingirem bairros residenciais, danificando vários blocos de apartamentos de vários andares e provocando vários incêndios.
O gabinete do procurador-geral disse que os promotores estavam trabalhando para identificar os que foram mortos, e que três crianças estavam entre os feridos nos ataques com drones.
As defesas aéreas ucranianas abateram 42 dos 78 drones lançados pela Rússia, revelou a Força Aérea ucraniana.
As regiões centrais de Dnipropetrovsk e Kiev e também a região de Zaporizhia, no sudeste, sofreram igualmente danos com os ataques de drones, disseram os militares ucranianos e autoridades regionais. Moscovo abateu 107 drones ucranianos
As defesas aéreas russas abateram 107 drones ucranianos na última madrugada sobre 11 locais do país, incluindo a região de Moscovo, declarou o Ministério russo da Defesa na rede social Telegram. Segundo os militares russos, o ataque em massa ocorreu entre as 21h00 e as 5h00, horário de Moscovo (entre as 19h00 e as 3h00 em Lisboa).
Três dos aparelhos aéreos não tripulados foram destruídos na noite de quinta-feira na região de Moscovo.Na região de Bryansk, o ataque ucraniano provocou um morto e um ferido, ambos civis segundo o governador da região, Alexander Bogomaz.
O comando militar indicou que mais de metade dos drones foram abatidos sobre as regiões russas de Kursk (34) – onde estão, desde agosto, tropas ucranianas a lutar no terreno - e Oriol (30).
O ataque aéreo, um dos mais extensos em termos geográficos em mais de três anos de guerra, abrangeu um total de dez áreas federais da Rússia.
As defesas antiaéreas abateram ainda drones ucranianos nas regiões de Lipetsk (18), Kaluga (sete), Rostov (quatro), Tambov, Briansk (dois), Voronezh (um) e Tula (um).
Outros três foram destruídos nas águas do Mar de Azov.
O enviado do Kremlin considera que “ainda será necessária uma série de reuniões para resolvermos todas as nossas diferenças. Mas o mais importante é que vemos uma atitude positiva e criativa”.
Admitindo "desacordos em vários pontos", o russo sublinhou haver "um diálogo" para ajudar a "ultrapassar esses desacordos"."Também discutimos uma possível cooperação no Ártico, nos metais raros e noutros setores, como o voo tripulado para Marte", acrescentou.
Dmitriev frisou ainda que a Rússia vê “com toda a clareza que a administração do presidente está empenhada em resolver as questões, ao contrário do presidente Biden. Eles comportam-se com grande respeito, fazem muitas perguntas, encontram compromissos”.
“Com a Administração Trump, estamos agora a pensar no que é possível, no que pode realmente funcionar e como podemos encontrar uma solução a longo prazo”, disse Dmitriev. “Eu acho que (uma) solução de longo prazo é o que é necessário, porque também estamos pensando em segurança global, como garantir que as preocupações de segurança russa sejam levadas em consideração”.
O enviado de Putin frisou ainda que, com a nova Administração norte-americana, “há perspetivas de uma solução diplomática para a guerra na Ucrânia”.Dmitriev, que está pessoalmente sob sanções norte-americanas desde 2022 e precisou de uma suspensão temporária dessas restrições para rumar aos Estados Unidos, foi um dos negociadores russos nas conversações de 18 de fevereiro na Arábia Saudita, dias após o primeiro telefonema entre Vladimir Putin e Donald Trump.
Segundo as agências russas, Dmitriev revelou ainda que “as empresas americanas estavam interessadas na Rússia” e “queriam preencher os nichos das empresas europeias que saíram. Vemos que as limitações ideológicas que existem entre as empresas europeias poderiam permitir às empresas americanas preencher uma série de nichos”.
Nascido em Kiev, na era da URSS, Kirill Dmitriev conhece bem os Estados Unidos, onde fez carreira, tendo trabalhado anteriormente no banco Goldman Sachs, em Nova Iorque, e na consultora McKinsey. É licenciado pela Universidade de Stanford e passou pela Harvard Business School.Mais uma noite de troca de drones
Na última noite, as forças russas lançaram mais um ataque com drones contra a Ucrânia, que provocou as mortes de quatro pessoas em Kharkiv.
O ataque desta madrugada a Kharkiv, que também provocou 35 feridos, é o quarto esta semana, com drones russos a atingirem bairros residenciais, danificando vários blocos de apartamentos de vários andares e provocando vários incêndios.
As equipas de salvamento percorreram os escombros durante toda a noite, à procura de sobreviventes.
Kharkiv tem sido alvo de ataques de drones
russos quase noturnos na última semana. Em ataques anteriores, as
empresas industriais e as infraestruturas da cidade foram danificadas,
disseram as autoridades.
“A partir desta manhã, infelizmente, já há quatro mortos. O corpo de mais uma pessoa morta pelo agressor russo foi (retirado) dos escombros”, disse o presidente da câmara de Kharkiv, IhorTerekhov, na aplicação Telegram. “Também temos 35 feridos”.
O gabinete do procurador-geral disse que os promotores estavam trabalhando para identificar os que foram mortos, e que três crianças estavam entre os feridos nos ataques com drones.
As defesas aéreas ucranianas abateram 42 dos 78 drones lançados pela Rússia, revelou a Força Aérea ucraniana.
As regiões centrais de Dnipropetrovsk e Kiev e também a região de Zaporizhia, no sudeste, sofreram igualmente danos com os ataques de drones, disseram os militares ucranianos e autoridades regionais. Moscovo abateu 107 drones ucranianos
As defesas aéreas russas abateram 107 drones ucranianos na última madrugada sobre 11 locais do país, incluindo a região de Moscovo, declarou o Ministério russo da Defesa na rede social Telegram. Segundo os militares russos, o ataque em massa ocorreu entre as 21h00 e as 5h00, horário de Moscovo (entre as 19h00 e as 3h00 em Lisboa).
Três dos aparelhos aéreos não tripulados foram destruídos na noite de quinta-feira na região de Moscovo.Na região de Bryansk, o ataque ucraniano provocou um morto e um ferido, ambos civis segundo o governador da região, Alexander Bogomaz.
O comando militar indicou que mais de metade dos drones foram abatidos sobre as regiões russas de Kursk (34) – onde estão, desde agosto, tropas ucranianas a lutar no terreno - e Oriol (30).
O ataque aéreo, um dos mais extensos em termos geográficos em mais de três anos de guerra, abrangeu um total de dez áreas federais da Rússia.
As defesas antiaéreas abateram ainda drones ucranianos nas regiões de Lipetsk (18), Kaluga (sete), Rostov (quatro), Tambov, Briansk (dois), Voronezh (um) e Tula (um).
Outros três foram destruídos nas águas do Mar de Azov.
Um representante da Rosaviatsiya, a agência federal de transportes, disse que os aeroportos Vnukovo, Domodedovo e Zhukovsky da capital foram encerrados temporariamente.
c/ agências
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