À entrada para a cimeira da NATO, em Bruxelas, o primeiro-ministro britânico acusou esta quinta-feira o presidente russo, Vladimir Putin, de ter já ultrapassado "uma linha vermelha em termos de barbárie" na invasão da Ucrânia.
Boris Johnson propugnou um acentuar das sanções contra "o regime de Putin". O chefe do Executivo britânico afirmou que essa é a melhor via para pôr cobro à guerra que perdura há exatamente um mês.
"Vamos ver o que mais podemos fazer para ajudar o povo da Ucrânia a proteger-se, o que mais podemos fazer para reforçar as sanções económicas ao regime russo. Penso que é muito importante que trabalhemos juntos", prosseguiu o primeiro-ministro do Reino Unido, que falava aos jornalistas à chegada à reunião extraordinária de líderes da Aliança Atlântica - a primeira cimeira presencial da NATO desde a eclosão da guerra. Nas palavras de Boris Johnson, "quanto mais duras forem as sanções ao regime de Putin, mais depressa isto pode chegar ao fim".
Nesta cimeira - a primeira de três que acontecem no mesmo dia em Bruxelas (NATO, G7 e Conselho Europeu) -, os países-membros da NATO discutem o reforço de meios militares de dissuasão no leste da Europa, desde logo o "empenhamento de quatro novos grupos de combate" na Bulgária, na Hungria, na Roménia e na Eslováquia.
Os 30 aliados tratarão igualmente de se comprometer com o envio de mais material de guerra para a Ucrânia, nomeadamente "assistência cibernética de segurança" e equipamento de proteção "contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares".
"A mais grave crise numa geração"