No domingo, o ministro russo da Defesa expressou a sua preocupação com a possibilidade de a Ucrânia estar a preparar-se para usar uma "bomba suja" em território ucraniano para responsabilizar a Rússia pelo alegado ataque. O presidente ucraniano negou qualquer ataque iminente, considerando as acusações "absurdas". E numa comunicação conjunta, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido juntaram-se a Kiev para recusar a preparação de qualquer tipo de ataque.
"Ainda mais, contra o nosso país, que renunciou ao seu arsenal nuclear", acrescentou.
Russian lies about Ukraine allegedly planning to use a ‘dirty bomb’ are as absurd as they are dangerous. Firstly, Ukraine is a committed NPT member: we neither have any ‘dirty bombs’, nor plan to acquire any. Secondly, Russians often accuse others of what they plan themselves.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) October 23, 2022
Ocidente nega "bomba suja" da Ucrânia
"O mundo entenderia qualquer tentativa de usar essa alegação como pretexto para uma escalada. Rejeitamos ainda qualquer pretexto para uma escalada por parte da Rússia".
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países signatários deste documento reiteraram ainda o "firme apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia diante da agressão contínua da Rússia".
"Continuamos comprometidos em continuar a apoiar os esforços da Ucrânia para defender o seu território pelo tempo que for necessário".
Os Estados Unidos rejeitam "as acusações claramente falsas do ministro [da Defesa russo, Serguei] Shoigu, segundo quem a Ucrânia se prepara para utilizar uma 'bomba suja' no seu próprio território", afirmou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, num comunicado.
"O mundo não será enganado em caso de tentativa de utilizar tal acusação como pretexto para uma escalada" no conflito, advertiu.
"A situação na Ucrânia, que tem uma tendência constante para uma escalada ainda mais descontrolada, foi discutida", lê-se.
Segundo a agência espanhola Efe, o ministro da Defesa russo transmitiu a ambos os ministros "a sua preocupação com possíveis provocações por parte da Ucrânia com o uso de uma 'bomba suja'", referindo-se a engenhos explosivos capazes de dispersar elementos radioativos.