António Guterres envia a Putin proposta para manter acordo dos cereais

por RTP
Reuters

O secretário-geral da ONU está a tentar manter em vigor o acordo dos cereais. António Guterres enviou, por carta, uma proposta a Vladimir Putin para facilitar a exportações russas e ucranianas de cereais e fertilizantes. Guterres agradeceu ainda o apoio contínuo dado pela Turquia na tentativa de chegar a um acordo.

A carta foi enviada ao presidente russo na terça-feira e pretende facilitar o acordo de cereais conseguido entre Ucrânia e Rússia, de acordo com Stéphane Dujarric, e manter a iniciativa a decorrer no Mar Negro.

“O objetivo é remover obstáculos que afetam as transações financeiras através do Banco Agrícola da Rússia, uma grande preocupação expressa pela Federação Russa e, simultaneamente, permitir o fluxo contínuo de cereais ucranianos através do Mar Negro”, explicou o porta-voz de António Guterres.

O secretário-geral da ONU tem tentado manter o acesso contínuo ao mercado global de alimentos e exportação de fertilizantes na zona da Ucrânia e da Rússia para continuar a levar comida aos locais mais necessitados e manter a segurança alimentar em várias regiões do globo.

António Guterres pretende continuar a mostrar a importância de manter o acordo dos cereais para o resto do mundo.

"Juntos, os acordos têm contribuído para reduções sustentadas nos preços globais dos alimentos, que agora estão mais de 23% abaixo dos recordes alcançados em março do ano passado. O secretário-geral agradece o envolvimento contínuo da Turquia com o mesmo objetivo", continuou Dujarric.

Este é mais um esforço do secretário-geral da ONU depois de a Rússia ter afirmado que não havia razões para prorrogar o acordo devido a problemas nas exportações do país. O acordo termina no dia 17 deste mês.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, explicou que o Ocidente ainda precisa de resolver alguns obstáculos.

Para manter o acordo dos cereais a Federação Russa exige que o banco agrícola russo seja novamente reintegrado no sistema bancário SWIFT, que seja desbloqueada a logística de transportes e dos seguros e a abertura do oleoduto de amoníaco Togliatti-Odessa.

(c/ Lusa)
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