"A pandemia veio causar mais sofrimento, mais dor às pessoas por não se despedirem do seu familiar" testemunha António José Flórido, coveiro no cemitério de Agramonte, no Porto. O movimento aumentou nos últimos dias, em paralelo com a subida dos óbitos. Nos funerais Covid, os coveiros protegem-se com fatos, luvas, máscaras. Ouvem desabafos de dor e revolta.
Há 17 anos que António José Flórido trabalha em Agramonte, um cemitério aberto desde 1855 , onde já foram sepultadas mais de um milhão de pessoas, entre elas Manoel de Oliveira e outras figuras notáveis do Porto.
António José Flórido encontra no espaço do cemitério uma paz que não trocava por um escritório. Photomaton para ver este sábado no Telejornal. Fotos de David Araújo.