A seleção portuguesa de futsal não se cansa de vencer e juntou a primeira edição da Finalíssima ao bicampeonato europeu e ao título mundial, todos depois de superar a Espanha, desta vez nas grandes penalidades.
A congénere espanhola era vista como uma malapata para a equipa das quinas, mas a história tem sido outra nos últimos anos, com Portugal a superar, sempre de maneira épica, os vizinhos nos momentos decisivos: 3-2 (no tempo extra) na final do Europeu de 2018, 4-2 (também no prolongamento) nos "quartos" do Mundial de 2021 e 3-2 nas ‘meias’ do Europeu de 2022. Todas estas provas terminaram com a conquista lusitana.
Declarações Após o jogo Espanha-Portugal (1-1 após prolongamento, 2-4 no desempate por grandes penalidades), da final da Finalíssima de futsal, realizado no domingo no Parque Roca, em Buenos Aires, foi tempo de registar as opiniões dos protagonistas.
Jorge Braz (selecionador de Portugal): “Há um orgulho tremendo. É indescritível o orgulho que sinto em tudo, em toda a estrutura, toda a família FPF, este ‘staff’ todo fantástico. Depois, nos jogadores, estes e os que não vieram, todos os jogadores portugueses.
Este título, que é o coroar e o juntar de vários títulos e tentar alcançar este acima, é dedicado a todos os jogadores portugueses, pelo que fazem, pelo que se desenvolvem e pelo que têm feito. Todos, não só os da seleção.
Também é muito português, às vezes, hesitarmos. Se vamos passar ali o ‘Cabo das Tormentas’ ou não, hesitamos. Mas depois, o que é certo é que passamos sempre, pelo menos no nosso processo, no nosso jogar, no acreditar, no ir à procura de inverter um golo e, depois, ir à procura de mais. Quisemos muito jogar e, a partir do momento em que começámos a ser Portugal, acho que é inteiramente justo.
O decisivo foi percebermos que temos de jogar o nosso futsal. Cada país tem as suas vantagens e desvantagens. Não estávamos a ser nós, a acreditar no nosso futsal e no que temos de jogar, com bola no chão e desfrutar. A partir do momento em que eles acreditaram e voltaram a sentir muito orgulho no que fazem e na competência que têm, acho que foi totalmente merecedor levarmos a taça para Portugal.
A qualidade destas quatro seleções é muito idêntica. A Espanha e fortíssima, a Argentina é das seleções mais competitivas do mundo, senão a mais, e o Paraguai está com uma qualidade brutal. Que orgulho no que eles fizeram e no que acreditaram. Foram buscar mais um bocadinho e jogaram de sorriso nos lábios, de frente, para tentar mudar as coisas”.
João Matos (jogador de Portugal): “Esta equipa tem uma alma gigante. A importância deste torneio fomos nós que a criámos. Depois, a forma como encarámos os adversários e o processo e a forma como trabalhámos para estarmos na melhor forma possível para este torneio foi incrível.
Depois de uma primeira parte não tão bem conseguida, com algum receio de ter bola e de jogar, crescemos muito na segunda parte. Tivemos uma alma portuguesa enorme. Mais do que qualidade, demonstrámos mais uma vez a união que esta equipa tem nos momentos decisivos, quando corre atrás do resultado.
Depois fomos aos penáltis de uma forma que diria quase injusta, pelo que fizemos, mas muito tranquilos pelos batedores que tínhamos e pelo gigante Edu que tínhamos naquele momento. Estamos de parabéns, mais uma vez, desde 2018, que temos vindo nesta onda vitoriosa, mas porque temos qualidade e trabalhamos para isso".
Zicky Té (jogador de Portugal): “Não esperava tamanha receção, o povo argentino foi incrível. Portugal sentiu a força deles e sinto que foi mais um elemento para conseguirmos esta vitória tão gloriosa.
[A diferença foi] Sermos Portugal, percebermos que tínhamos de nos agarrar uns aos outros e estar muito unidos para conseguir vencer uma seleção tão forte como a Espanha. Tínhamos de ser nós próprios, jogarmos o que sabemos, fazer o que treinamos e, sobretudo, termos a união que nos faz, nesses momentos, conseguir dar a volta por cima. Não é o individual, mas sim o coletivo e a força de vontade para conseguir dar a volta ao resultado num jogo tão difícil.
As emoções são difíceis de descrever, é difícil encontrar palavras, mas é a realização de um sonho. Ambicionávamos chegar à equipa principal, ser internacionais e jogar com os melhores do mundo. Hoje, a maioria dos meus colegas na formação está comigo aqui na seleção AA. É um projeto, um acreditar em estar neste palco e desfrutar destes momentos, que são únicos”.
Jorge Braz (selecionador de Portugal): “Há um orgulho tremendo. É indescritível o orgulho que sinto em tudo, em toda a estrutura, toda a família FPF, este ‘staff’ todo fantástico. Depois, nos jogadores, estes e os que não vieram, todos os jogadores portugueses.
Este título, que é o coroar e o juntar de vários títulos e tentar alcançar este acima, é dedicado a todos os jogadores portugueses, pelo que fazem, pelo que se desenvolvem e pelo que têm feito. Todos, não só os da seleção.
Também é muito português, às vezes, hesitarmos. Se vamos passar ali o ‘Cabo das Tormentas’ ou não, hesitamos. Mas depois, o que é certo é que passamos sempre, pelo menos no nosso processo, no nosso jogar, no acreditar, no ir à procura de inverter um golo e, depois, ir à procura de mais. Quisemos muito jogar e, a partir do momento em que começámos a ser Portugal, acho que é inteiramente justo.
O decisivo foi percebermos que temos de jogar o nosso futsal. Cada país tem as suas vantagens e desvantagens. Não estávamos a ser nós, a acreditar no nosso futsal e no que temos de jogar, com bola no chão e desfrutar. A partir do momento em que eles acreditaram e voltaram a sentir muito orgulho no que fazem e na competência que têm, acho que foi totalmente merecedor levarmos a taça para Portugal.
A qualidade destas quatro seleções é muito idêntica. A Espanha e fortíssima, a Argentina é das seleções mais competitivas do mundo, senão a mais, e o Paraguai está com uma qualidade brutal. Que orgulho no que eles fizeram e no que acreditaram. Foram buscar mais um bocadinho e jogaram de sorriso nos lábios, de frente, para tentar mudar as coisas”.
João Matos (jogador de Portugal): “Esta equipa tem uma alma gigante. A importância deste torneio fomos nós que a criámos. Depois, a forma como encarámos os adversários e o processo e a forma como trabalhámos para estarmos na melhor forma possível para este torneio foi incrível.
Depois de uma primeira parte não tão bem conseguida, com algum receio de ter bola e de jogar, crescemos muito na segunda parte. Tivemos uma alma portuguesa enorme. Mais do que qualidade, demonstrámos mais uma vez a união que esta equipa tem nos momentos decisivos, quando corre atrás do resultado.
Depois fomos aos penáltis de uma forma que diria quase injusta, pelo que fizemos, mas muito tranquilos pelos batedores que tínhamos e pelo gigante Edu que tínhamos naquele momento. Estamos de parabéns, mais uma vez, desde 2018, que temos vindo nesta onda vitoriosa, mas porque temos qualidade e trabalhamos para isso".
Zicky Té (jogador de Portugal): “Não esperava tamanha receção, o povo argentino foi incrível. Portugal sentiu a força deles e sinto que foi mais um elemento para conseguirmos esta vitória tão gloriosa.
[A diferença foi] Sermos Portugal, percebermos que tínhamos de nos agarrar uns aos outros e estar muito unidos para conseguir vencer uma seleção tão forte como a Espanha. Tínhamos de ser nós próprios, jogarmos o que sabemos, fazer o que treinamos e, sobretudo, termos a união que nos faz, nesses momentos, conseguir dar a volta por cima. Não é o individual, mas sim o coletivo e a força de vontade para conseguir dar a volta ao resultado num jogo tão difícil.
As emoções são difíceis de descrever, é difícil encontrar palavras, mas é a realização de um sonho. Ambicionávamos chegar à equipa principal, ser internacionais e jogar com os melhores do mundo. Hoje, a maioria dos meus colegas na formação está comigo aqui na seleção AA. É um projeto, um acreditar em estar neste palco e desfrutar destes momentos, que são únicos”.