Schmidt feliz por ter Di María, promete futebol de ataque e elogia reforços
O treinador do Benfica, Roger Schmidt, promete jogar um futebol de ataque na próxima época, mostrou-se feliz por Di Maria continuar pela sua qualidade e mentalidade e falou sobre o que os novos reforços podem aportar à equipa.
Ainda acerca do estilo de jogo que quer implantar na próxima época, Schmidt considera importante que esse trabalho seja feito "de forma muito consistente, em conjunto e que todos os jogadores estejam envolvidos e assumam também a responsabilidade".
"Quando se quer jogar um futebol ativo, com muita pressão e com momentos de transição, todos os jogadores têm de estar envolvidos. Mas, para mim, o mais importante é que os jogadores estejam preparados e motivados para pôr em prática a forma como queremos jogar", explicou Schmidt, que se confessou feliz por Ángel Di Maria continuar mais um ano na Luz.
O treinador encarnado elogia o extremo argentino, que poderia fazer tantas coisas diferentes, de ir atrás de mais dinheiro, e que, pelo contrário, tomou a decisão de voltar ao clube onde tudo começou na Europa.
Para Schmidt, isso é revelador do seu caráter e dá um exemplo: "Se o vissem todos os dias nos treinos... Gosto muito de o ver porque ele é um exemplo para todos os jogadores, para os jogadores que estão a crescer e que observam um jogador que já teve uma carreira fantástica, mas que ainda quer ganhar em todos os treinos. Está muito motivado e continua a jogar ao mais alto nível. E acho que ele nos dá tanta, tanta qualidade e mentalidade".
Desafiado por Toni a fazer um balanço acerca da duas primeiras semanas de treino e dos jogos de preparação da pré-época , o alemão mostrou-se satisfeito: "Acho que as duas primeiras semanas de treino foram excelentes. Gostei da motivação dos jogadores e também da qualidade. Penso que estivemos bem nos jogos amigáveis, mas claro que não foram perfeitos. Já se vê que, mesmo quando temos muitos jogadores jovens connosco nesta pré-época, somos capazes de jogar como queremos".
Schmidt abordou ainda a saída de Rafa, "um jogador com um perfil único, quase impossível de encontrar", e os reforços que o Benfica contratou para esta época, desde o ponta de lança grego Vangelis Pavlidis, ao lateral esquerdo alemão Beste ao médio Leandro Barreiro.
"O Pavlidis é um jogador que mostrou, sobretudo nas duas últimas épocas no AZ Alkmaar, que é um avançado muito completo, com muita qualidade na finalização, a marcar golos e a fazer assistências, mas também um jogador muito trabalhador. Penso que é um jogador que tem o perfil para jogar este tipo de futebol ativo e de alta pressão e o que já demonstrou nas duas primeiras semanas, que também tem a mentalidade necessária para mostrar isso em campo", afirmou o treinador alemão.
Já sobre Leandro Barreiro, considerou que se trata de um jogador "muito fiável e muito semelhante ao Florentino", e que ambos, "no que diz respeito à concentração tática, à qualidade, à força física, são capazes de jogar este tipo de futebol", uma vez que são muito bons a recuperar bolas, que é algo que é necessário na equipa para criar o equilíbrio certo".
Reconhece que são necessários alguns artistas, alguns jogadores que "façam a diferença no ataque", mas, ao mesmo tempo, realça a necessidade de a equipa ter jogadores que "ofereçam a estabilidade necessária para jogar um bom futebol tático".
Finalmente, traçou o perfil do seu compatriota Niklas Beste: "É um jogador que jogou as duas últimas épocas a um nível muito elevado, tem um pé esquerdo fantástico na finalização, nas bolas paradas, nos cruzamentos, e é muito poderoso também nos 'sprints' e nas corridas de alta intensidade. Acho que estes jogadores são capazes de jogar o futebol que nós queremos jogar. Foi por isso que os escolhemos para o Benfica".