Pedro Henriques compreende posição dos árbitros portugueses

por RTP
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Os árbitros admitem parar na 26.ª jornada dos campeonatos profissionais de futebol, caso não exista contenção verbal por parte de dirigentes, jogadores e treinadores. A decisão foi comunicada após uma reunião entre vários árbitros internacionais e uma delegação da Associação de Árbitros de Futebol Profissional (APAF), e a direção da FPF. Pedro Henriques diz que "situações extremas devem ser evitadas", mas sublinha que "esta é diferente das que se vivem em outros anos".

O ex-árbitro português admitiu "alguma hipocrisia por parte de alguns dirigentes", e explicou que os clubes só criticam a arbitragem quando os erros penalizam a sua equipa. "Depois vêm as férias, e esquece-se tudo", concluiu.

A situação atual é, segundo Pedro Henriques, diferente daquelas que se vivem nos outros anos, já que foram divulgados dados pessoais e a segurança de familiares foi posta em causa. Por esse motivo, o antigo juíz e comentador concorda com a posição tomada.

Pedro Henriques sublinha "que não há ninguém que esteja acima da crítica, e os árbitros também não o estão. O problema é quando são criticados lances em que a decisão foi a correta".

Apesar de compreender a tomada de posição dos árbitros, Pedro Henriques preferia que "não avançassem com a greve". "O futebol é atualmente, em Portugal, a atividade de maior sucesso em todos os aspetos. E é deste produto que todos têm de tratar; dirigentes e árbitros", conclui. 
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