Nelson, antigo jogador do Estrela da Amadora, estranha a decisão do fisco de recusar a adesão do clube ao Procedimento Extrajudicial de Conciliação (PEC). O ex-capitão da equipa aponta o dedo à Câmara Municipal da Amadora por não ter ajudado o emblema.
Questionado se esperava apoio da autarquia, o jogador acusa o Executivo camarário de alheamento em relação ao Estrela da Amadora: "Esperávamos apoio de todo o lado. O Estrela está muito isolado no concelho da Amadora. Perdendo o clube mais representativo, pode ser que isso tenha algum impacto e os faça pensar".
O antigo capitão do clube da Reboleira não compreende a decisão da Direcção-geral dos Impostos - que alegou falta de viabilidade do projecto apresentado - de indeferir o pedido de adesão ao PEC.
"Não sei quais são os fundamentos que levam as finanças a tomar essa medida, porque não havendo PEC o clube não tem dinheiro para pagar as dívidas. Assim, a dívida vai ficar lá e provavelmente nunca mais vai ser paga", prevê.
Nelson diz também não perceber por que razões as propostas de outros clubes foram aceites e fala em dois pesos e duas medidas. "Está na altura de gente séria pôr a mão no futebol português, e não pessoas que usem o futebol para se promoverem", atira.
"Fomos dignos durante toda a época. Simbolizámos o que deve ser um clube profissional de futebol na parte desportiva. Alguém não quer que continuem a haver esses bons exemplos. Estou bastante triste e tenho pena que o Estrela da Amadora não possa participar na Liga principal na época que vem, porque os seus jogadores tudo fizeram nesse sentido", recorda.