O extremo Matías Lacava afirmou que uma “pressão alta” executada de “forma correta” pode ajudar o Vizela a derrotar o Benfica ou “pelo menos a pontuar” frente ao líder da I Liga portuguesa de futebol, no sábado, em desafio da 22.ª jornada.
“Temos os nossos pontos fortes e vamos encarar o jogo da maneira habitual. O objetivo é ganhar ou, se não for possível, pontuar (…) A pressão alta pode ser algo muito importante. Se a fizermos de forma correta, podemos criar problemas ao Benfica. O Vizela é uma equipa que gosta de ter bola e que se sente confortável quando a recupera”, vincou.
Antes de ingressar no Vizela, o ala jogou, em Portugal, pelo Tondela, na época 2021/22 e na primeira metade de 2022/23, também cedido pela Academia Puerto Cabello, e pela equipa sub-17 do Benfica em 2018/19, experiência que o ajudou a perceber as diferenças entre o futebol europeu e o sul-americano, tal como as passagens pelo Barcelona, entre 2013 e 2016, e pela Lazio, entre 2016 e 2018.
“Foi importante passar pelo Benfica, como também pela Lazio e pelo Barcelona. O futebol europeu é muito diferente do da Venezuela e do da América Latina em geral. Não basta ter qualidade individual. É preciso trabalhar muito sem bola. Sem esse trabalho, não é possível fazer parte de uma equipa de forma regular”, descreveu à Lusa.
Disposto a ajudar o 10.º classificado da I Liga com as suas “características”, entre as quais lista a rapidez, o “ataque à profundidade” e a tendência a “tentar lances de um para um”, Matías Lacava reconhece que, em Portugal, “um extremo tem de estar sempre disponível para ajudar um lateral” e para “ajustar posicionamentos”, circunstância em que reconhece o auxílio do treinador, Tulipa.
“O 'mister' Tulipa tem-me dado conselhos para melhorar, principalmente no posicionamento. Tem-me ajudado muito a ser ativo sem bola e não só com bola. Na América do Sul, essa é uma parte a que não se dá tanto valor”, realçou.
Convencido de que a mudança do Tondela, equipa do segundo escalão, para o Vizela foi “um passo muito importante” para a sua carreira, o extremo admitiu o desejo de “chegar a uma das ligas de topo”, como a de Espanha, por exemplo, mas, para já, afirmou-se focado em ajudar o clube minhoto a atingir os objetivos para a temporada em curso.
“Se o Vizela está bem, eu estou bem. Quero que o clube tenha uma boa classificação, no lugar mais acima possível, quem sabe numa posição de qualificação para uma competição internacional (europeia)”, disse, enaltecendo ainda o contributo dos colegas de setor, Nuno Moreira e Kiko Bondoso, para “elevar” o seu nível como ala.