O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e a SAD do clube lisboeta foram constituídos arguidos pelo crime de fraude fiscal, no âmbito da operação `saco azul`, confirmou hoje à Lusa fonte oficial dos `encarnados`.
Contactada pela Lusa, fonte oficial dos `encarnados` confirmou que a SAD do Benfica é um dos dois arguidos coletivos cuja constituição foi revelada hoje pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e que Luís Filipe Vieira é o único arguido individual, por presidir à sociedade.
A mesma fonte disse que os advogados dos `encarnados` apresentaram um requerimento, a fim de saberem se o processo está em segredo de justiça, ressalvando que em causa está um processo de crime fiscal, que nada tem a ver com questões desportivas ou `sacos azuis`.
Já hoje, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) suspendeu a negociação de ações da Benfica SAD, por aguardar divulgação de informação relevante ao mercado.
O inquérito é dirigido pelo Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) e investiga factos suscetíveis de integrarem crime de fraude fiscal, segundo a PGR.
A investigação da Autoridade Tributária (AT) remonta a 2018, quando foram feitas buscas às instalações `encarnadas`, por suspeitas da emissão de faturas de serviços fictícios de uma empresa informática, que o Benfica pagou.
O jornal A Bola noticia hoje que Luís Filipe Vieira foi ouvido na segunda-feira, tendo sido constituído arguido, acrescentando que outros dirigentes `encarnados` devem ser ouvidos nos próximos dias, casos do administrador executivo da SAD, Domingos Soares de Oliveira, e do diretor financeiro, Miguel Moreira.
Em causa estarão 1,8 milhões de euros que terão sido pagos pelas sociedades `encarnadas`, durante seis meses, para pagar serviços que não foram prestados.
Fonte oficial do Benfica já tinha confirmado à Lusa que Luís Filipe Vieira tinha sido ouvido na segunda-feira, acrescentando tratar-se de uma questão relacionada com o pagamento de IVA e IRC.