João Alves apresentou-se ao trabalho e tinha o lugar ocupado

por Mário Aleixo - RTP
João Alves apresentou-se ao trabalho e já tinha um substituto RTP

O treinador João Alves apresentou-se no início dos trabalhos do Cova da Piedade na época 2020/21 da II Liga portuguesa de futebol, para defender os seus “interesses e responsabilidades”, disse à agência Lusa.

O "luvas pretas" assinou, em janeiro, um contrato de uma época e meia, condicionado à manutenção da equipa na II Liga, mas os piedenses apresentaram em julho um sucessor, Toni Pereira, num período em que estavam destinados a disputar o Campeonato de Portugal, depois de a liga de clubes ter decidido o cancelamento do segundo escalão e a despromoção dos dois últimos classificados, Cova da Piedade e Casa Pia.

Apresentei-me, porque era a minha obrigação. Quando temos contratos assinados, temos responsabilidades, por isso fui saber o ponto da situação e fiquei a saber que o Cova da Piedade já tem outro treinador contratado, como já era, aliás, do conhecimento público”, explicou o treinador, de 67 anos.

O técnico recordou que tem um contrato que é “válido para a II Liga em 2020/21, está registado na Federação Portuguesa de Futebol, na Liga de Clubes e na Associação Nacional de Treinadores de Futebol” e lamentou “que situações destas possam acontecer no futebol”.

Não tem nada a ver com o Toni Pereira, de quem, aliás, sou amigo há mais de 30 anos. Só quero que as coisas se clarifiquem. Não posso impedir o Cova da Piedade de contratar o treinador ‘A, B ou C’, mas obviamente tenho de defender não só os meus interesses, como, sobretudo, as responsabilidades que assumi quando assinei o contrato”, explicou.

O técnico apresentou-se “no estádio, onde estava prevista a apresentação dos jogadores” e deslocou-se, depois, à sede da SAD piedense, perto do Estádio José Martins Vieira, onde falou com os dirigentes e lhe foi confirmado que Toni Pereira vai assumir o comando da equipa na nova época.

O assunto está, agora, entregue à sua advogada, uma vez que “a partir do momento em que deixa de ser dentro das quatro linhas, há outras pessoas que estão mais bem preparadas para analisar o que é correto, justo e legal”.

Eu próprio, quando assino um contrato, tenho responsabilidades e não quero ser penalizado, por isso fiz o que me competia”, concluiu o técnico.

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