Gilberto Coimbra reeleito presidente do Tondela

por Lusa
Gilberto Coimbra deseja revitalizar o Tondela CD Tondela

Gilberto Coimbra foi reeleito para mais um biénio à frente do Tondela, clube da II Liga de futebol que preside desde 2001, e, aos sócios que aprovaram as contas de 2023, pediu apoio e candidatos para 2026.

Vai sendo tempo de haver outra direção, não convém ser sempre a mesma, há coisas novas a fazer, há ideias novas. Não podem ser sempre com os mesmos, a partir de determinada altura começa a cansar a mim mas também a todos”, apelou.

Gilberto Coimbra falava na sessão ordinária da Assembleia Geral (AG) do Tondela, após a sua reeleição, para o mandato 2024-2026, e depois de serem aprovadas, também por unanimidade, as contas de 2023, com um resultado liquido de 77.985 euros.

É tempo de o clube, que bem merece, ser sujeito a duas, três, quatro listas e bem dito seria haver aqui uma discussão entre quatro listas, porque seria ótimo para o clube, para o desporto e para a cidade”, acrescentou o presidente e único candidato.

Presidente do clube desde 2001, há dois anos, quando foi reconduzido para mais um mandato, Gilberto Coimbra tinha assumido que assim que o centro de estágio estivesse concluído que deixaria a liderança do clube.

Investidores precisam-se

Hoje, nenhum sócio pediu um ponto de situação do centro de estágios, nem de possíveis investidores para a compra da SAD, que está a ser presidida pelo clube, mas, à agência Lusa, o presidente disse que “falta dinheiro para acabar a obra”.

Havendo um investidor para a SAD, o dinheiro irá direitinho para a conclusão da academia. Falta levantar paredes dos balneários e os campos. Faltam ali uns milhões de euros para terminar”, adiantou.

Sobre possíveis investidores no clube beirão, Gilberto Coimbra reconheceu à agência Lusa que está a “trabalhar nisso” e que “há várias luzes e não só ao fundo do túnel, mas umas fundem-se ao nascer e outras fundem-se no caminho”.

Somos um clube sério, de bom nome, de boa postura e boas contas, tudo transparente, mas também é verdade que não estamos em Lisboa nem no Porto. Não estamos em nenhuma área metropolitana”, afirmou.

Gilberto Coimbra considerou que “estar a 80 ou 90 quilómetros do litoral não é ser interior, mas, em Portugal é” e, por isso, admitiu que “há alguma relutância que não tem permitido levar a bom porto” a venda da SAD que, “financeiramente, não está nada bem”.

Por um lado somos verdadeiros campeões, porque não há dúvida que estamos em Tondela e temos das cidades mais pacatas, mas, futebolisticamente falando, já há entraves”, afirmou.

No decorrer da AG, o presidente lembrou que a direção “é um só corpo a comandar duas entidades, o clube e a SAD” e, por isso, é também responsável pela equipa técnica e jogadores e, nesse sentido, apelou ao “apoio de todos no estádio”.
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