A candidatura de Filipe Miranda às eleições do Boavista exigiu à Mesa da Assembleia Geral (MAG) do clube da I Liga de futebol a marcação de uma sessão extraordinária deliberativa das contas dos exercícios 2021/22 e 2022/23.
“Solicitamos a sua melhor atenção, por ser de todo conveniente que os exercícios sejam apresentados e votados antes do ato eleitoral, sob pena de estarem subvertidos os procedimentos legalmente exigidos”, lê-se na missiva, à qual a agência Lusa teve acesso.
O líder do Conselho Geral do Boavista, Arnaldo Figueiredo, também foi notificado do documento, que é subscrito por Filipe Miranda, Álvaro Braga Júnior e Jorge Ribeiro, candidatos à presidência da direção, do Conselho Fiscal e da MAG, respetivamente.
A lista encabeçada pelo antigo guarda-redes e capitão e atual diretor desportivo do futsal do Boavista às eleições para o triénio 2025-2027 aguardará até 25 de outubro por uma resposta de Manuel Tavares Rijo, que confirmou à Lusa ter recebido a missiva e prometeu tomar uma posição.
“No entendimento racional, penso que a Assembleia Geral (AG) será realizada antes (das eleições). No entanto, e por agora, não tenho data nenhuma na cabeça. Há formalismos legais que têm de ser seguidos. Em primeiro lugar, é preciso saber se as contas estão em condições de ser apresentadas. Tenho de recolher essa informação junto da direção. Depois, há que perceber qual é a disponibilidade do Conselho Fiscal para apresentar o parecer sobre as mesmas”, explicou.
Em 26 de abril, os associados do Boavista reprovaram o relatório e contas de 2021/22, com 63 votos contra, 29 a favor e 43 abstenções, numa AG decorrida no Estádio do Bessa, no Porto.
Filipe Miranda é, para já, o único candidato assumido às eleições dos órgãos sociais do Boavista, presidido desde dezembro de 2018 por Vítor Murta, que terminou em maio um período de quatro anos à frente da SAD, sendo substituído pelo ex-futebolista senegalês Fary Faye.