O presidente do Estrela da Amadora disse esta sexta-feira que a Segurança Social já aceitou o acordo proposto no PEC (Plano Extra-Jucicial de Conciliação), só faltando a Administração Fiscal. Tudo indica que o pedido seja diferido na próxima quarta-feira.
"A Segurança Social já aceitou a proposta para pagamento da dívida de cerca de dois milhões de euros, que desde o primeiro dia se mostrou disponível. Estamos pendentes da Administração Fiscal. 75% do que estava em dívida é de anos anteriores à nossa gestão. Fomos nós que, em 2004, repusemos esta situação e isso ninguém vê", sublinhou.
O dirigente espera que as finanças tenham "bom senso de ver que o Estrela tem pago os seus impostos diariamente, no acordo já feito, e que não é totalmente incumpridor" e que, "se por alguma razão, o clube falhar após a resposta positiva ao PEC, só tem que voltar a penhorar tudo de novo".
António Oliveira adiantou ainda que no final da tarde de quinta-feira vários pais de atletas o aguardavam no estádio para saber em que ponto está a situação.
"Não pude adiantar muito. Se isto não for para a frente não temos forma de sustentar a formação e estamos a falar de 400 atletas. E o Estado aqui não entra com um tostão. A verba que a Câmara da Amadora dá também está penhorada", frisou.
Na quinta-feira, Anselmo rescindiu contrato com o clube, por justa causa, e António Oliveira lamenta esta situação, até porque "era um jogador que poderia render algum dinheiro" e desmente qualquer intenção de fazer os jogadores assinarem um documento em como tudo está liquidado.
"Nunca pediria nada disso aos jogadores. Ou pago tudo e eles continuam, mas nunca assinarem algo que não é verdade. Nem que faltassem 10 cêntimos. Se tiver que descer para a II Divisão, desço", finalizou o presidente do clube.
c/ Lusa