O árbitro Paulo Costa, que dirigiu este domingo a final da Taça de Portugal, confessou ter ficado "cinco segundos com tonturas e sem ver nada" quando levou com uma bolada à "queima-roupa" de Rodriguez na primeira parte do FC Porto-Paços de Ferreira.
O internacional uruguaio Cristian Rodriguez afirmou no final do jogo que "pediu desculpa" ao árbitro e que o lance "não foi intencional".
Quanto ao jogo, Paulo Costa achou que lhe "correu bem", visto que já tinha obtido a confirmação através das imagens televisivas de que não houve ‘casos', nem tão pouco expulsões, motivo suficiente para o deixar "satisfeito".
Em relação ao lance no último minuto, uma pretensa falta perto da área do FC Porto sobre um jogador pacense, que gerou enérgica contestação por parte dos jogadores e dirigentes do Paços de Ferreira, Paulo Costa procurou justificar essa reacção pelo facto de o jogo "estar a terminar" e de as "emoções e tensões" estarem ao rubro.
"Não me pareceu falta e por isso não marquei", disse Paulo Costa, acrescentando "compreender a reacção" dos jogadores do Paços de Ferreira.
Filipe Anunciação critica Paulo Costa
O jogador pacense Filipe Anunciação foi uma das vozes críticas em relação ao juiz, afirmando mesmo que "o árbitro não marcou a faltou porque não quis", uma vez que "até se ouviu o barulho da pancada na caneleira".
Filipe Anunciação foi mesmo mais longe ao afirmar que "houve coisas que não deixaram" o Paços de Ferreira "ir mais além" na segunda parte, período em que o médio pacense admitiu que a equipa dirigida por Paulo Sérgio, também ele crítico do trabalho de Paulo Costa, "não foi tão ofensiva".
Entretanto, para Paulo Costa esta final foi "um dos pontos mais altos" da sua carreira, pois é sempre um jogo "marcante" para qualquer árbitro, revelando-se satisfeito com a "época positiva" que fez.
c/ Lusa