O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) disse esperar que a inédita nomeação de Catarina Campos para a I Liga, no caso o jogo Casa Pia-Rio Ave, no sábado, inspire novas gerações.
“Este é um momento que simboliza progresso, igualdade e reconhecimento do talento da arbitragem feminina em Portugal. Esta nomeação reflete o excelente trabalho desenvolvido ao longo dos anos no futebol feminino e a crescente valorização das nossas árbitras, que demonstram, jogo após jogo, competência, dedicação e profissionalismo”, afirmou José Borges.
No encontro, Catarina Campos, que no último mês e meio também foi pioneira ao arbitrar dois jogos da II Liga, vai contar com as assistentes Andreia Sousa e Vanessa Gomes.
“A APAF acredita que esta nomeação pode inspirar as novas gerações da nossa arbitragem”, rematou líder da APAF.
Na história já estava Andreia Sousa, de 38 anos, que se tornou a primeira assistente a figurar numa ficha de arbitragem de um jogo da I Liga em 13 de agosto de 2023, quando o Rio Ave triunfou na receção ao Desportivo de Chaves (2-0), da jornada inaugural da edição 2023/24.
Sandra Bastos segue o mesmo caminho
O Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), agora liderado por Luciano Gonçalves, que presidia à APAF, nomeou ainda Sandra Bastos para o jogo entre Benfica B e Académico de Viseu, da 27.ª jornada da II Liga.
A árbitra da associação de Aveiro, de 47 anos, que em 2019, se tornou na única portuguesa nomeada até agora para um Mundial feminino, vai ser a segunda a dirigir um jogo das competições profissionais nacionais, depois de Catarina Campos.
Sandra Bastos vai contar com Sandrine Bastos e Vasco Marques como assistentes nesse encontro, marcado para segunda-feira, às 18h00, enquanto Iancu Vasilica vai ser o quarto árbitro, estando Pedro Ferreira no VAR, auxiliado por Luciano Maia.
A primeira mulher a arbitrar um jogo das competições nacionais masculinas seniores em Portugal foi Ana Raquel Brochado, que, em 17 de setembro de 2006, dirigiu o embate entre Bombarralense e Monsanto (1-1), da III Divisão, então o quarto escalão nacional.