Zelensky dá `luz verde` ao arranque do campeonato de futebol em agosto

por Lusa
EPA

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, autorizou hoje a federação de futebol daquele país a preparar o regresso das competições profissionais, paradas desde a ofensiva militar da Rússia, lançada em 24 de fevereiro, com o início apontado para agosto.

"Falei com o nosso presidente, Volodymyr Zelensky, sobre o grande poder do futebol para ajudar as pessoas a pensar no futuro, porque todos estão focados na guerra. Por isso, tomámos a decisão com o presidente de retomar o campeonato ucraniano em agosto", revelou Andriy Pavelko, presidente da federação ucraniana de futebol, em entrevista à agência Associated Press (AP).

O dirigente adiantou que vão ser reatadas as competições profissionais em todos os níveis: primeira, segunda e terceira divisões masculinas, bem como a primeira divisão feminina.

"Todas as ligas vão começar em agosto. A decisão foi tomada com o presidente da Ucrânia", reforçou Pavelko.

A Liga ucraniana de futebol foi interrompida à 18.ª jornada, numa altura em que o Shakhtar Donetsk liderava a prova, com 47 pontos, mais dois do que o Dinamo Kiev, segundo colocado.

Posteriormente, no final de abril, os clubes ucranianos decidiram terminar antecipadamente a época de futebol sem atribuir o título de campeão, sendo que a classificação que se registava por altura da paragem foi decretada como a classificação final da época 2021/2022.

Apesar da liderança que ocupava, o Shakhtar Donetsk não conquista assim o título de campeão, mas deve herdar o primeiro lugar no acesso à fase de qualificação da Liga dos Campeões, tal como o Dinamo Kiev.

A invasão da Ucrânia impediu o regresso à atividade do campeonato ucraniano no final das férias de inverno e levou, por exemplo, os jogadores do Shakhtar Donetsk a saírem do país.

A Rússia lançou em fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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