O Real Madrid, o Manchester City e o Manchester United, treinado pelo português Ruben Amorim, são possíveis agitadores da janela de transferências de futebolistas em janeiro de 2025, perspetiva Gonçalo Tristão Santos, gestor de conteúdos do portal Transfermarkt.
Meio ano depois de ter aumentado o seu historial de "galácticos" com a aquisição como jogador livre de Kylian Mbappé, referência atacante do tricampeão francês Paris Saint-Germain nas sete temporadas anteriores, o campeão mundial, europeu e espanhol Real Madrid está no segundo lugar de La Liga, a um ponto do líder Atlético de Madrid, e é 20.º classificado a duas jornadas do fim da reformulada fase de liga da Liga dos Campeões.
“Embora seja um clube que tem contratado de forma muito cirúrgica nos últimos anos, o (presidente) Florentino Pérez não tem propriamente adquirido muitos jogadores. Nunca sabemos se não aproveitará esta reabertura de mercado para fazer ajustes, não só pelo facto de o Real Madrid estar a desiludir na Liga dos Campeões, mas também porque a luta com FC Barcelona e Atlético de Madrid pela Liga espanhola está renhida”, analisou.
Os "merengues" estão distantes das oito vagas de entrada direta nos oitavos de final da "Champions", tal como o tetracampeão inglês Manchester City, que ocupa a 22.ª posição da fase de liga, antepenúltima de acesso ao play-off disputado a duas mãos entre os clubes posicionados do nono ao 24.º lugares, enquanto os restantes 12 ficam afastados.
Man. City precisa de abanão
“O Manchester City tem uma capacidade muito grande para investir e poderá fazê-lo em janeiro. Precisa de um abanão e de novos jogadores”, admitiu Gonçalo Tristão Santos, numa altura em que a equipa de Rúben Dias, Matheus Nunes e Bernardo Silva é quinta colocada da Liga inglesa e só venceu dois dos derradeiros 14 jogos em todas as provas.
Man. United procura qualidade
Em pior situação está o rival citadino Manchester United, que segue na 14.ª posição da Premier League e vem de quatro derrotas nas últimas cinco rondas, todas já com Ruben Amorim, que se juntou ao capitão Bruno Fernandes e a Diogo Dalot em novembro, após ter deixado o Sporting, ao serviço do qual foi campeão português em 2020/21 e 2023/24.
“Não só precisa de qualidade, porque a equipa não tem o nível que se exige num clube desta dimensão, mas, sobretudo, de atletas que encaixem nas ideias do novo treinador”, frisou, com os "red devils" posicionados ainda em sétimo na fase de liga da Liga Europa, que dá acesso direto aos oitavos de final.
Importância do Mundial de Clubes
Nos principais campeonatos europeus, o mercado de inverno vigorará até à transição de janeiro para fevereiro e abre um segundo período de inscrições a meio da época, mas os clubes “apresentam normalmente mais resistência na hora de vender os seus jogadores mais cobiçados, pois não querem correr o risco de comprometer os objetivos definidos”.
“Esta janela poderá ser um pouco diferente em 2025, já que haverá um Mundial no verão. Se os clubes quiserem apostar na conquista da prova, a janela de inverno será a última grande oportunidade para realizarem investimentos”, enquadrou Gonçalo Tristão Santos.
Disputado anualmente desde 2005 pelos seis campeões continentais, mais um emblema do país anfitrião, o Mundial adotará uma frequência quadrienal a partir de 2025 em pleno final de época na Europa e realiza-se de 15 de junho a 13 de julho, nos Estados Unidos.
Entre 1 e 10 de junho, antes do torneio organizado pela FIFA, que integra Benfica e FC Porto entre os 12 representantes europeus, as federações-membro dos 32 participantes têm a opção de abrir uma janela de transferências extraordinária para todos os filiados.
“É um período muito curto. Não dará para fazer grandes contratações nem acredito que aconteçam muitas naquela altura, porque haverá pouco tempo para trabalhar”, advertiu.
Jogadores em final de contrato
Para já, Gonçalo Tristão Santos lembra que vários jogadores vão entrar nos derradeiros seis meses dos respetivos vínculos a partir de quarta-feira e podem comprometer-se com outros emblemas para 2025/26, num lote encabeçado por Trent Alexander-Arnold, Virgil van Dijk e Mohamed Salah (Liverpool), Kevin De Bruyne (Manchester City), Alphonso Davies, Joshua Kimmich e Leroy Sané (Bayern Munique) e Heung-min Son (Tottenham).
“São futebolistas muito interessantes, alguns já mais veteranos, outros ainda com algum potencial. Não creio que sejam libertados nesta fase, mas, se as duas partes envolvidas assumirem que não existe acordo para a renovação contratual, poderá haver uma venda até a baixo custo já em janeiro, de forma que o clube detentor do passe do atleta ainda consiga dentro do possível um encaixe financeiro minimamente interessante”, finalizou.
Para já, Gonçalo Tristão Santos lembra que vários jogadores vão entrar nos derradeiros seis meses dos respetivos vínculos a partir de quarta-feira e podem comprometer-se com outros emblemas para 2025/26, num lote encabeçado por Trent Alexander-Arnold, Virgil van Dijk e Mohamed Salah (Liverpool), Kevin De Bruyne (Manchester City), Alphonso Davies, Joshua Kimmich e Leroy Sané (Bayern Munique) e Heung-min Son (Tottenham).
“São futebolistas muito interessantes, alguns já mais veteranos, outros ainda com algum potencial. Não creio que sejam libertados nesta fase, mas, se as duas partes envolvidas assumirem que não existe acordo para a renovação contratual, poderá haver uma venda até a baixo custo já em janeiro, de forma que o clube detentor do passe do atleta ainda consiga dentro do possível um encaixe financeiro minimamente interessante”, finalizou.