Quarenta pessoas foram detidas na quinta-feira à margem do jogo de futebol da Liga das Nações entre a França e Israel, rodeado de invulgares medidas de segurança, devido aos diversos conflitos militares no Médio Oriente.
Os tumultos verificados há dias em Amesterdão após o jogo do Ajax com o Maccabi Telavive para a Liga Europa levaram as autoridades francesas a montar um dispositivo de extrema segurança em torno do desafio entre as duas seleções.
De igual modo, o governo israelita, que enviou para os Países Baixos aviões para resgatar os seguidores do Maccabi, desaconselhou os seus cidadãos a ir ao jogo de Paris.
Foram destacados 4.000 polícias para um encontro que contou com somente 16.000 espetadores, um quinto da lotação do Stade de France (81.338 oficiais), a mais baixa assistência da história da seleção gaulesa no seu recinto mítico.
O jogo, considerado de alto risco, e para o qual foi tomado um conjunto de medidas de prevenção, entre as quais a proibição de exibição de bandeiras da Palestina, decorreu “muito bem do ponto de vista de segurança”, disse o responsável da polícia de Paris, Laurent Nunez.
Destacou um incidente nas bancadas entre adeptos das duas equipas, mas que foi “imediatamente sanado pelos agentes”: uma pessoa foi detida de imediato e um outro envolvido posteriormente identificado através das câmaras de vigilância, sem que a nacionalidade de ambos fosse revela.
A polícia esclareceu que os incidentes resultaram de “atitudes sentidas como provocações” e garantiu que não foram registados incidentes em torno do estádio.
Os desacatos verificados em Amesterdão já motivaram cerca de 70 detidos e levaram a UEFA a alterar o jogo entre os turcos do Besiktas e os israelitas do Maccabi, também para a Liga Europa, que será disputado em terreno neutro, na Hungria.