Polémica na eleição do presidente da federação guineense de futebol vai à FIFA
A polémica em volta da eleição do presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) vai ser dirimida pela FIFA disse à Lusa a secretária-geral da instituição guineense, Virgínia da Cruz.
Dias depois, vários presidentes de clubes que supostamente participaram na eleição enviaram cartas à secretaria-geral da FFGB a demarcarem-se do ato que consideram ilegal, indicou Virgínia da Cruz.
Na segunda-feira, um outro grupo de clubes e associações endereçou uma petição à federação a pedir a marcação de uma nova data para a realização de eleições para a presidência da instituição.
Perante os dois posicionamentos, Virgínia da Cruz disse ter sido mandatada pelo Comité Executivo (órgão dirigente) da FFGB para informar a FIFA e aguardar instruções sobre qual o melhor procedimento.
A secretária-geral indicou à Lusa que o Governo e o Ministério Público também têm vindo a solicitar informações para analisar a polémica que se agudizou no momento em que o Comité de Ética da FIFA suspendeu, durante 10 anos, Manuel Lopes, presidente cessante e que se preparava para se candidatar a um terceiro mandato à frente da FFGB.
Manuel Lopes foi acusado de comportamento antiético de um dirigente desportivo, ao não prestar apoio moral e físico a um homem que estava a ser alvo de ataques por populares num bairro de Bissau.
Fontes da FFGB precisaram à Lusa que Manuel Lopes viajou para Europa com a finalidade de interpor um recurso sobre a suspensão junto das instâncias da FIFA.
O grupo de associados da FFGB que reclama ter eleito Fernando Tavares, até aqui presidente da Liga Guineense de Clubes de Futebol, acusa o Comité Executivo de manobras para não realizar a eleição, com adiamentos sucessivos da reunião, na esperança de que Manuel Lopes consiga o levantamento da sua suspensão e possa voltar a apresentar-se à corrida.