Estados Unidos, bicampeões em título, e Países Baixos, finalistas em 2019, mantiveram-se na liderança partilhada do Grupo E do Mundial feminino de futebol de 2023, que inclui Portugal, ao empatarem 1-1, na segunda jornada.
A reedição da final da última edição do Mundial, que tinha sido dominada pelas líderes do ranking da FIFA (2-0), significou o fim do recorde de 13 vitórias consecutivas das norte-americanas em fases finais de Mundiais, apesar de estarem agora invictas há 19 duelos.
Os Estados Unidos e os Países Baixos têm quatro pontos e prosseguem juntos nas duas primeiras posições do grupo - com superioridade das bicampeãs na diferença de golos -, algumas horas antes de Portugal e Vietname se defrontarem na cidade neozelandesa de Hamilton, após terem começado com derrotas as respetivas estreias absolutas na prova.
Quatro dias depois de terem batido as portuguesas (1-0), as neerlandesas voltaram a neutralizar um arranque pressionante das adversárias, expresso numa tentativa de Savannah DeMelo, e foram eficazes a aproveitar uma ‘arrancada’ de Lieke Martens, tendo Victoria Pelova tocado para Jill Roord atirar longe do alcance de Alyssa Naeher, aos 17 minutos.
As norte-americanas, que vinham de um triunfo na estreia sobre o Vietname (3-0), já não estavam em desvantagem em fases finais há 12 anos e rarearam em fluidez na primeira parte, com Trinity Rodman a importunar de fora da área a guarda-redes Van Domselaar.
Alex Morgan e Lindsey Horan criaram um par de investidas desenquadradas, sem gerar desconforto nos Países Baixos, que foram sustendo com bola as intenções dos Estados Unidos e quase elevaram a surpresa num remate de Dominique Janssen perto da trave.
A partida cresceu de ritmo depois do intervalo e regressou ao ponto de equilíbrio aos 62 minutos, quando Horan correspondeu de cabeça ao pontapé de canto cobrado na direita pela recém-entrada Rose Lavelle, marcando pela segunda ronda seguida neste Mundial.
Alternando alturas de brilhantismo e de hesitação, os Estados Unidos galvanizaram-se e viram Alex Morgan introduzir a bola na baliza contrária em posição ilegal, aos 66 minutos, enquanto Julie Ertz impediu que Esmee Brugts marcasse para os Países Baixos, aos 80.
A nona classificada do ranking mundial foi cedendo a nível físico e enfrentou as ameaças de reviravolta de Rodman, aos 82 minutos, e de Sophia Smith, "heroína" do duelo com o Vietname, que viu Martens negar em cima da linha de golo a sua única ocasião, aos 84.