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Ligas Europeias e FIFPRO apresentam queixa na Comissão Europeia contra a FIFA

por Lusa
Foto: Reuters

A Associação de Ligas Europeias, presidida pelo português Pedro Proença, e a Federação Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPRO) apresentaram hoje uma queixa formal na Comissão Europeia contra a FIFA, devido à sobrecarga do calendário internacional.

"O calendário supersaturado do futebol internacional coloca em risco a segurança e o bem-estar dos jogadores e ameaça a sustentabilidade económica e social de importantes competições nacionais, que têm sido apreciadas há anos por várias gerações de adeptos na Europa e no mundo", denunciam, em comunicado conjunto.

Os dois organismos acusam a FIFA de "abuso de posição dominante" e a queixa apresentada em Bruxelas incide diretamente sobre o alargamento das competições internacionais, das quais se destacam o Campeonato do Mundo de 2026 e o Mundial de clubes de 2025, no qual vão participar Benfica e FC Porto.

"Na queixa, é explicado como a imposição de decisões sobre o calendário internacional por parte da FIFA constitui um abuso de posição dominante e viola as leis da União Europeia [UE]", indica o comunicado, alertando para o "conflito de interesses" existente entre as funções de organismo regulador da modalidade e de organizador de provas.

A associação liderada pelo presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a representante dos futebolistas lembram as decisões da justiça europeia nos casos da Superliga e do antigo internacional francês Lassana Diarra, contrárias às pretensões da FIFA.

"Tornou-se evidente que, dado o conflito de interesses, a FIFA deve exercer a sua função regulatória de forma transparente, objetiva, não discriminatória e proporcional, a fim de neutralizar este conflito de interesses", advertem.

As ligas europeias e os jogadores pretendem ser "incluídos nos processos de decisão relacionados com a elaboração dos calendários", algo que deve ter "força de lei", defendendo que a situação atual, de "falta de envolvimento dos parceiros sociais, infringe o direito da concorrência da UE".

 

 

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