Li Tie, antigo treinador da seleção nacional de futebol da China, foi condenado a 20 anos de prisão, no âmbito de uma campanha para erradicar a corrupção da modalidade, anunciou a imprensa oficial chinesa.
O treinador da seleção chinesa, entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021, declarou-se culpado no início de 2024, admitindo ter recebido mais de dez milhões de dólares (9,5 milhões de euros) em subornos.
Li alinhou também nos ingleses do Sheffield e foi internacional quase cem vezes pela seleção da China, antes de seguir uma carreira de treinador.
Em janeiro passado, Li, com 47 anos, participou num documentário sobre a corrupção generalizada no futebol chinês, transmitido pelo canal estatal CCTV.
Li confessou perante as câmaras que ajudou a manipular vários jogos para permitir que as equipas da segunda divisão chinesa que dirigia chegassem à Superliga.
O antigo jogador admitiu também que tinha pago três milhões de yuan (394 mil euros) para garantir o cargo selecionador.
"Estou muito arrependido”, disse Li. "Eu deveria ter mantido a cabeça fria e seguido o caminho certo, mas na altura, algumas coisas eram prática comum no futebol”, explicou.
Esta condenação é a mais recente de uma série de sentenças anunciadas no âmbito de uma ampla campanha contra a corrupção no futebol chinês, que puniu também Liu Jun, o antigo presidente da Superliga (CSL, na sigla em inglês), a prova máxima do futebol na China, e Chen Xuyuan, o antigo presidente da Associação de Futebol da China (CFA), Chen Xuyuan.