Diferendo entre Jesualdo Ferreira e Zamalek resolvido

por Mário Aleixo - RTP
Jesualdo Ferreira e restante equipa técnica ganharam um diferendo com o Zamalek Foto: Jason Cairnduff - Action Images via Reuters

O diferendo que opunha Jesualdo Ferreira e o Zamalek, após a saída do técnico em novembro de 2015, foi resolvido ao fim de cinco anos após uma sanção da FIFA aos egípcios, contou o advogado do português.

Segundo Gonçalo Almeida, que representou o agora treinador do Santos e três portugueses que compunham a sua equipa técnica, uma intervenção do Comité Disciplinar da FIFA, que decretou "o impedimento de registo de jogadores a nível nacional e internacional" forçou o pagamento de uma compensação aos quatro portugueses, entretanto já saldada.

O processo entre o antigo treinador do FC Porto e o Zamalek, um dos maiores clubes do Egito e de África, começou poucos meses depois da rescisão unilateral, por parte dos técnicos, com o clube, em novembro de 2015.

O processo foi parar à FIFA, onde o Comité do Estatuto do Jogador decidiu a favor dos portugueses, tendo sido "estipulada uma compensação a ser paga pelo clube aos quatro" treinadores.

Esta foi "uma vitória excelente", tendo surgido numa altura em que Jesualdo Ferreira prosseguia carreira no Qatar, com o Al Sadd, onde juntou um título nacional aos que tinha conquistado no Egito e em Portugal.

Ainda assim, o clube "teimava em não proceder ao pagamento", pelo que foi necessária a intervenção do Comité Disciplinar da FIFA, que desbloqueou a questão após "uma batalha tremenda".

"Envolveu recursos para o Tribunal Arbitral do Desporto, intervenção do Comité Disciplinar, outros recursos para o TAS, depois desta decisão... foi uma longa batalha", atira o ex-advogado FIFA.

Segundo Gonçalo Almeida, o fim do diferendo foi recebido "com enorme regozijo e alívio por toda a equipa técnica", pela resolução satisfatória de um processo ganho nas várias instâncias.

Jesualdo Ferreira, de 74 anos, está desde o início do ano à frente dos brasileiros do Santos, após quatro anos no Al Sadd que se seguiram a pouco mais de uma época no Zamalek, do Egito, numa carreira em que orientou os "três grandes" de Portugal, o Sporting de Braga, o Málaga (Espanha) ou o Panathinaikos (Grécia), entre outros.

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