A Confederação de Futebol Sul-americana (Conmebol) manifestou-se esta terça-feira solidária com o internacional uruguaio Edinson Cavani (Manchester United), suspenso por três jogos pela Federação Inglesa de futebol (FA) por racismo.
Segundo a Conmebol, a FA "claramente não considera as características culturais e o uso de certos termos na fala quotidiana do Uruguai", pode ler-se num comunicado divulgado por aquela confederação.
O "contexto" das declarações e as "peculiaridades culturais de cada jogador e país" devem ser tidas em conta, defendem, referindo que o "caso pontual" de Cavani "não configura" uma "manifestação racista ou discriminatória", que querem "condenar sempre".
A posição da Conmebol segue-se a uma posição crítica tomada tanto pelo Sindicato dos Futebolistas Uruguaios (AFU) como pela Academia de Letras do Uruguai, que consideraram a decisão discriminatória e "ignorante".
Nem Cavani, que pediu desculpa, nem o Manchester United apelaram da decisão, por quererem respeitar os esforços do futebol inglês contra o racismo, com o jogador a pagar ainda uma multa de mais de 111 mil euros e a ter de marcar presença numa ação de formação educacional.