O futebolista francês Wissam Ben Yedder, antigo capitão do Mónaco, foi condenado a dois anos de prisão, com pena suspensa, pelo tribunal criminal de Nice, no sul de França, por agressão sexual.
Todavia, Ben Yedder vai recorrer da decisão, contestando a classificação de agressão sexual mantida pelo tribunal penal, explicaram em comunicado os seus advogados, Hasna Louzé e Marie Roumiantseva.
O jogador, que não esteve presente na deliberação do tribunal, terá ainda de pagar 5.000 euros de indemnização à vítima, bem como uma multa de 5.000 euros por infração de trânsito.
Além de ter sido incluído no registo de autores de violência sexual, ficou também privado da carta de condução durante seis meses e sujeito a uma obrigação de assistência.
Na noite de 6 de setembro de 2023, Ben Yedder, embriagado, levou uma jovem de 23 anos para o seu carro e no parque de estacionamento da sua casa, perto do Mónaco, terá protagonizado as agressões sexuais de que foi acusado e agora condenado.
A vítima fugiu e chamou a polícia e depois de se recusar a obedecer, o jogador foi finalmente detido durante a noite, em frente à sua casa, com uma taxa de alcoolemia de 0,76 mg/l de ar expirado, ou 1,52 g/l de sangue.
“Não me lembro de nada, não sei dizer se fiz isto, é por causa do álcool que estou aqui”, declarou o jogador, durante o julgamento.
Ben Yedder submeteu-se, entretanto, a um programa de desintoxicação no Hospital Universitário de Nice, com a esperança de regressar a um clube este inverno, mas o jogador deparou-se com novos problemas judiciais.
Condenado por fraude fiscal em Espanha, onde jogou entre 2016 e 2019 pelo Sevilha, Ben Yedder deverá ser julgado em 27 de dezembro por violência psicológica contra a sua mulher e está ainda implicado num caso de violação pelo qual foi acusado no verão de 2023.