O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, fez esta sexta-feira a antevisão ao jogo com o Paços de Ferreira, partida da 29.ª jornada da I Liga, agendada para este sábado, às 20h30, na Capital do Móvel.
Sobre o que pode o FC Porto fazer de diferente em relação ao jogo com o Santa Clara respondeu: "Houve coisas que não correram tão bem com o Santa Clara, isso foi falado, foram situações com e sem bola. O Santa Clara chegou algumas vezes ao nosso terço defensivo e isso teve que ver com a nossa dinâmica em posse. Má ocupação do espaço, perdermos bola, tivemos pouca paciência para chegar com critério ao último terço... O que não fizemos com bola acabámos por sofrer sem ela".
Em caso de vitória o FC Porto fica a um ponto do líder. Será que é importante essa pressão sobre o Benfica? O técnico afirmou: "Já jogámos muitas vezes depois do adversário e algumas vezes antes. Isso não é nem mais nem menos pressão. Temos de vencer o nosso jogo. A motivação vai-se buscar ao trabalho diário, no campo e no balneário. Isso é o que dá confiança e motivação. O jogo é o resumo do que se faz. Algumas vezes não se consegue colocar em campo o que preparámos, queremos ser perfeitos e isso não acontece. Mas tem de haver motivação em função de um bom ambiente provocado pelos adeptos. Tenho de agradecer aos que forem à Mata Real, porque são uma mais-valia para nós. Mas a nossa motivação não tem a ver com as pessoas ou os adversários, mas sim com o que fazemos diariamente".
E que comentário lhe merece o processo disciplinar que lhe foi instaurado, a si e a Vítor Baía? Sérgio Conceição frisou: "Acabei por dizer na última conferência que levaria um processo. Só vim hoje aqui por respeito porque vocês já estavam convocados, provavelmente não faria a conferência e não era para fugir de nada. O meu silêncio iria provocar mais ruído do que fazendo a conferência. Estes casos e casinhos, estes processos... Fui processado por dizer que quero que todos estejam no seu melhor. Vocês estão aqui, analisam as conferências de outros treinadores, podem errar no vosso trabalho de forma inconsciente e está tudo bem. No fundo é isto que digo. O que me admira mais é o Rui Costa levantar isto, é um homem do futebol, foi meu colega. É o que me admira, tive de o dizer, estava aqui entalado".
Afinal onde vai ser decidido o campeonato? Dentro ou fora do relvado? Eis a resposta: "A minha esperança é que não seja assim, que seja resolvido dentro das quatro linhas. Erros toda a gente comete, quem intervém no jogo vai sempre cometer. Mas no fundo, espero que o que seja decisivo no final do campeonato seja o que se passa dentro das quatro linhas entre duas equipas de futebol, em que uma tenta ganhar à outra. Não estou a falar da terceira equipa, a da arbitragem, senão levo mais um processo..."