O Presidente da República condenou hoje os insultos racistas de que o jogador do FC Porto Marega foi alvo no domingo, lembrando que a Constituição da República é muito clara na condenação do racismo, xenofobia e discriminação. António Costa veio condenar "todos e quaisquer atos de racismo, em quaisquer circunstâncias".
"A Constituição da República Portuguesa é muito clara na condenação do racismo, assim como de outras formas de xenofobia e discriminação, e o povo português sabe, até por experiência histórica, que o caminho do racismo, da xenofobia, e da discriminação, além de representar a violação da dignidade da pessoa humana e dos seus direitos fundamentais, é um caminho dramático em termos de cultura, civilização e de paz social", considerou Marcelo Rebelo de Sousa, numa declaração à agência Lusa.
Também o primeiro-ministro António Costa já veio expressar "total solidariedade" para com Marega, considerando que "todos e quaisquer atos de racismo são crime e intoleráveis".
Todos e quaisquer atos de racismo são crime e intoleráveis. Nenhum ser humano deve ser sujeito a esta humilhação. Ninguém pode ficar indiferente. Condeno todos e quaisquer atos de racismo, em quaisquer circunstâncias.
— António Costa (@antoniocostapm) February 17, 2020
O jogador do FC Porto Marega pediu para ser substituído ao minuto 71 da partida com o Guimarães, por ter ouvido cânticos e gritos racistas de adeptos da formação vimaranense, numa altura em que os `dragões` venciam por 2-1, resultado com que terminaria o encontro.
Na declaração à Lusa, o Presidente da República sublinhou que só pode "condenar, como sempre, veementemente, todas as manifestações racistas, quaisquer que sejam".
Marcelo Rebelo de Sousa apelou ainda "à ética, ao sentido cívico e ao bom senso, para que se evitem em Portugal escaladas que violem valores básicos da nossa comunidade e só possam contribuir para a divisão fratricida entre os portugueses".
O Presidente da República falava à Lusa no Dubai, no regresso a Lisboa da visita que fez à Índia.
C/Lusa