Os 12 arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais o antigo líder dos Super Dragões Fernando Madureira e a mulher Sandra Madureira, vão começar esta segunda-feira a ser julgados no Tribunal de São João Novo, no Porto.
O histórico dirigente viria a ser derrotado em eleições, por André Villas-Boas, e os Super Dragões envolvidos noutra operação, "Bilhete Dourado".
Após a fase instrutória, o tribunal decidiu levar a julgamento todos os arguidos nos exatos termos da acusação deduzida pelo Ministério Público (MP), alegando que a prova documental, testemunhal e pericial é forte.
Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação.
Entre a dúzia de arguidos, Fernando Madureira é o único em prisão preventiva, a medida de coação mais forte, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases, incluindo Sandra Madureira, Fernando Saul, Vítor Catão ou Hugo Carneiro, igualmente com ligações à claque.
Depois do arranque de hoje, na terça-feira, pelas 9h30, será a vez dos legais representantes dos três assistentes do processo, FC Porto, SAD dos "dragões" e Henrique Ramos, seguidos das primeiras testemunhas a serem ouvidas, prosseguindo o julgamento na quinta-feira.
O julgamento continua em 24 e 25 de março, estando também agendadas sessões para abril e maio.
Na contestação, Fernando Madureira e Sandra Madureira apresentaram um rol de 54 testemunhas, mas a juíza frisou que o máximo é de 20, podendo, tal número, ser ultrapassado caso seja requerido ou justificado.