O treinador do FC Porto confessou estar feliz com a conquista da Taça de Portugal frente ao Desportivo de Chaves e deixou elogios ao adversário. Em relação à sua continuidade no Dragão, Jesualdo Ferreira recusou falar sobre o assunto.
"Vamos encerrar o assunto de uma forma muito simples. As minhas questões pessoais dizem respeito a mim e resolvo-as eu sem qualquer publicidade. A minha vida pessoal e profissional resolvo-a eu e a minha entidade patronal, que neste momento é o FC Porto. Não há mais nada a dizer sobre esta matéria e sobre um filme que foi constante durante quatro anos", afirmou, abandonando de seguida a sala de imprensa do Estádio Nacional.
Em relação ao jogo desta tarde, o treinador disse estar feliz com o troféu. "O FC Porto fez a sua obrigação. Ganhámos um jogo que era previsível. Ganhámos mais um troféu. Pessoalmente é o sexto. Estou muito feliz por isso e estou feliz pelos jogadores, que trabalharam muito durante a época. Aqui neste momento o que eu tenho que fazer é valorizar os exemplos de hoje e não o que está para trás ou vem para a frente", frisou logo a seguir ao término do encontro, em declarações à TVI, estação televisiva que transmitiu a partida.
O técnico deixou elogios ao adversário: "Excelente equipa, excelente prestação. Foi uma equipa que nunca se atemorizou. Na primeira parte podia estar a perder por mais golos de diferença. Aliás, na primeira parte o FC Porto podia ter feito um resultado volumoso. Tivemos ocasiões para isso. Com 2-0 na segunda parte acabámos por sair do jogo".
"Fizemos um mau jogo na segunda parte. O Desportivo de Chaves percebeu que podia discutir a conquista da Taça connosco e fê-lo muito bem. Por isso, tenho que dirigir ao Desportivo de Chaves os meus parabéns. Lamento muito que tenham descido de divisão. É uma excelente equipa, que tem capacidade para se manter na Liga de Honra", defendeu.
Jesualdo Ferreira explicou que a sua equipa desperdiçou muitas oportunidades de golo, porque estava à procura de Falcao, a quem faltavam poucos golos para igualar a melhor marca do clube.
"A primeira parte ficou marcada pela quantidade de golos que perdemos. O Hulk podia ter feito uma grande partida. Acabou também por haver uma situação caricata. A equipa hoje jogava para Falcao, porque tem uma marca de 34 golos e se fizesse 35 ou 36 igualava a melhor marca do FC Porto", observou.
"Por isso, a equipa, e nomeadamente o Hulk, procurava Falcao em vez de fazer logo o golo. Evidentemente que quando uma equipa funciona assim o jogo perde lógica e coerência. Fizemos um mau jogo na segunda parte por culpa do Desportivo de Chaves e por nossa culpa", reconheceu.
