Fernando Madureira demite-se da direção dos Super Dragões

por RTP
Foto: José Coelho - Lusa

Fernando Madureira e a mulher, Sandra Madureira, demitiram-se da direção da claque Super Dragões "na sequência da pressão mediática originada pelos processos judiciais em curso". A filha, até agora presidente da Mesa da Assembleia Geral, demite-se igualmente.

Isso mesmo consta da convocatória para uma Assembleia Geral Extraordinária para a eleições de novos membros da direção da claque.

Refere a convocatória que ambos “têm vindo a ser alvo de difamação, perseguição e ameaças (extensíveis a familiares e amigos), não reunindo as condições necessárias para se manterem no desempenho dos referidos cargos” de presidente e vice-presidente da claque.

Madureira está em prisão no âmbito da Operação Pretoriano.

Igualmente se demite o presidente da Mesa da Assembleia Geral, a filha do casal, Catarina Madureira.

A família Madureira está também envolvida em suspeitas numa outra operação, a "Bilhete Dourado", que surgiu na sequência da Operação Pretoriano.



Para 15 de julho é convocada uma reunião da Assembleia Geral para deliberar sobre a eleição de uma nova direção, conselho fiscal e meda da assembleia geral.

A data apontada para a apresentação de candidaturas aos referidos cargos é 1 de julho.

A Operação Pretoriano, no âmbito da qual Fernando Madureira está detido, investiga os incidentes ocorridos na Assembleia Geral (AG) do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, sustentando o MP que a claque Super Dragões pretendeu "criar um clima de intimidação e medo", para que fosse aprovada a revisão estatutária "do interesse" da então direção `azul e branca`, liderada por Pinto da Costa.

Em 31 de janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito desta Operação.

Em causa estão crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação.

c/Lusa
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