A aceleração do contrato selado entre a FC Porto SAD e a sociedade espanhola Ithaka Infra III para a exploração comercial do Estádio do Dragão causou descontentamento a André Villas-Boas, candidato às próximas eleições do clube.
A oficialização do acordo por 25 anos com a Ithaka foi concretizada ao final da tarde de quinta-feira, em comunicado enviado pela FC Porto SAD à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), praticamente ao mesmo tempo em que André Villas-Boas iniciava a sessão de apresentação do espanhol Andoni Zubizarreta e de Jorge Costa, antigo capitão do clube, como candidatos da lista B à chefia desportiva e do futebol profissional, respetivamente.
“É mais uma aceleração de um processo que esta direção encarará. Há que conhecer as pessoas quando lá chegarmos e perceber os porquês disto. Custa quando se vende por inoperância. Quando se vende a nove dias das eleições, é grave para os sócios”, frisou.
André Villas-Boas lamentou ainda as notícias difundidas na segunda-feira acerca de um eventual incumprimento por parte dos vice-campeões nacionais das regras do regime de "fair play" financeiro da UEFA, no período compreendido entre outubro de 2023 e janeiro.
“Ainda esta semana tivemos novas notícias sobre incumprimentos. As perguntas ficaram novamente por responder: houve ou não incumprimento? Há ou não uma coima (de dois milhões de euros) a caminho? Há ou não risco de pena suspensa (de participação) nas competições europeias?” atirou, incidindo num dos negócios estruturantes abordados na missiva que dirigiu à administração da SAD liderada por Pinto da Costa em 14 de março.
Na segunda-feira, o FC Porto negou que tenha infringido ou que possa estar em risco de incumprir o "fair play" financeiro, assegurando que cumpria todos os requisitos em 31 de março e que já recebeu a licença para competir nas provas europeias da próxima época.
Em resposta por escrito à agência Lusa, fonte oficial da UEFA afirmou “não ter nenhum comentário ou informação a dar nesta altura” sobre a situação financeira azul e branca.
Questões do candidato da Lista B
“É falso que o FC Porto incumpriu em determinados períodos, mas não nesses. Essa é a questão e faltam-nos respostas. Ninguém se desloca à UEFA para tomar café. Estamos muito preocupados. Todos vimos o presidente agarrado de uma forma muito tática a um comunicado, mas há essas questões muito fáceis de responder. Parece-nos que poderá haver uma surpresa negativa a caminho, o que é muito grave”, notou André Villas-Boas.
As eleições dos órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028 são disputadas por três candidaturas, encabeçadas pelo atual presidente ‘azul e branco’, Pinto da Costa (lista A), André Villas-Boas (B) e Nuno Lobo (C), empresário e professor, incluindo ainda uma lista independente ao Conselho Superior comandada por Miguel Brás da Cunha (D).
“Ontem (na quarta-feira), tivemos a informação de que, neste momento, apenas cerca de 40.000 sócios já estão com capacidade eleitoral. Ou seja, 30.000 têm a quota (de março) para regularizar. É importante baixar esse número massivo para que estas se tornem as eleições mais concorridas de sempre. Na verdade, muitas pessoas votarão pela primeira vez e poderemos estar perante um caos operacional para a renovação de quotas, que as pode impedir de fazer essa regularização no próprio dia”, alertou o ex-treinador do clube.
O ato eleitoral decorre em 27 de abril, das 9h00 até às 20h00, no Estádio do Dragão, no Porto, numa altura em que Pinto da Costa está a cumprir o 15.º mandato seguido, desde 1982, detendo o estatuto de dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial
“É falso que o FC Porto incumpriu em determinados períodos, mas não nesses. Essa é a questão e faltam-nos respostas. Ninguém se desloca à UEFA para tomar café. Estamos muito preocupados. Todos vimos o presidente agarrado de uma forma muito tática a um comunicado, mas há essas questões muito fáceis de responder. Parece-nos que poderá haver uma surpresa negativa a caminho, o que é muito grave”, notou André Villas-Boas.
As eleições dos órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028 são disputadas por três candidaturas, encabeçadas pelo atual presidente ‘azul e branco’, Pinto da Costa (lista A), André Villas-Boas (B) e Nuno Lobo (C), empresário e professor, incluindo ainda uma lista independente ao Conselho Superior comandada por Miguel Brás da Cunha (D).
“Ontem (na quarta-feira), tivemos a informação de que, neste momento, apenas cerca de 40.000 sócios já estão com capacidade eleitoral. Ou seja, 30.000 têm a quota (de março) para regularizar. É importante baixar esse número massivo para que estas se tornem as eleições mais concorridas de sempre. Na verdade, muitas pessoas votarão pela primeira vez e poderemos estar perante um caos operacional para a renovação de quotas, que as pode impedir de fazer essa regularização no próprio dia”, alertou o ex-treinador do clube.
O ato eleitoral decorre em 27 de abril, das 9h00 até às 20h00, no Estádio do Dragão, no Porto, numa altura em que Pinto da Costa está a cumprir o 15.º mandato seguido, desde 1982, detendo o estatuto de dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial